Início do conteúdo

Salão do IFRS: apresentações demonstram impactos dos projetos na trajetória dos estudantes e na vida das comunidades


O 8º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS reuniu uma amostra da diversidade de projetos realizados nos 17 campi. Os trabalhos apresentados comprovaram a variedade de áreas do conhecimento envolvidas, experiências proporcionadas e impactos na vida de estudantes e comunidades. O evento ocorreu em 23 e 24 de novembro de 2023, no Campus Bento Gonçalves.

Mais de 700 ações foram apresentadas por estudantes de ensino médio, técnico e superior em apenas cinco dos eventos que integraram o Salão: 12º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (Sict); 11º Seminário de Extensão (Semex); 10º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (Semept); Sessão de Indissociabilidade e 8º Seminário de Internacionalização. Todos os projetos do IFRS precisam envolver estudantes bolsistas, proporcionando aprendizados, desafios e experiências transformadoras.

Avaliadora do Semex, Margarete de Quevedo destacou a satisfação de presenciar esse momento. “É emocionante ver a postura dos estudantes apresentando seus trabalhos, falando das demandas das suas comunidades, demonstrando interesse por desenvolver algo que contribua com o seu entorno. É o IFRS cumprindo com seu papel social!”

Envolvimento com a comunidade

A estudante Eduarda Furlan Deconto, do técnico integrado em Informática para Internet do Campus Veranópolis, tem 16 anos e apresentou pela primeira vez, no Semex. “Eu estava muito nervosa, os dias iam passando e eu pensava, ‘Meu Deus, eu vou apresentar no salão?!’. Quando eu cheguei, me deparei com um ambiente muito acolhedor, vi pessoas tão nervosas quanto eu, ensaiando a apresentação, foi então que percebi que estávamos na mesma situação e me tranquilizei.” Eduarda é bolsista do projeto “Por dentro do campus: um olhar voltado à comunidade externa”.

Pela segunda vez no Salão, a aluna de Rolante Isa Kichler Neri, do curso técnico integrado em Agropecuária, disse que o evento trouxe experiências maravilhosas. Ela participou, em 2022, de um projeto de ensino e este ano esteve envolvida com extensão pela primeira vez, no trabalho “Plantas Bioativas: saberes de mulheres na promoção da saúde da família”. “Eu gostei muito porque envolve a comunidade da nossa região e de outras cidades e tem sido importante pra mim”, contou. Questionada sobre o motivo de ser importante, a estudante não titubeou em responder que é por ver o impacto do projeto. “Às vezes são pessoas que não têm muitas oportunidades e com isso demonstram satisfação pelas mudanças que ocorrem em suas vidas.”

Possibilidades da ciência

Iniciante na pesquisa, o estudante Cauã Fabrício Auler, do segundo ano do Técnico em Informática do Campus Feliz, apresentou no Sict. Ele começou como voluntário no início deste ano e hoje atua com bolsa no trabalho “O desenvolvimento de jogos digitais para fomentar reflexões sobre diversidade, equidade e inclusão”. “Pra mim tem sido muito legal aprender coisas novas, um jeito novo de fazer jogos, uma área que eu adoro. Pretendo continuar fazendo pesquisa. Antes nem sabia dessa possibilidade, não conhecia, não fazia ideia dessa parte da ciência.”

O estudante de Agronomia Cristiano Tonet, do Campus Ibirubá, esteve na Sessão de Ciências Biológicas com o trabalho intitulado “Influência do regulador de crescimento na cultura do trigo submetido a diferentes formas e doses de aplicação de nitrogênio”. Foi a primeira vez dele no evento em formato presencial. Cristiano hoje cursa o décimo semestre, mas faz pesquisa desde o primeiro ano da graduação. “O evento é muito bem organizado e o nível das apresentações está excelente. Fiquei um pouco nervoso no início, mas depois fluiu.”

No Sict foram apresentados 224 projetos de diferentes eixos tecnológicos.

Preparação para o futuro

O 10º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (Semept) teve 237 trabalhos. Os estudos trouxeram para discussão temas como ações de monitoria; importância do debate para o desenvolvimento crítico; residência pedagógica; educação inclusiva, letramentos e acessibilidade; saberes e práticas colaborativas na educação, entre outros.

A estudante bolsista Kalindi Goj Téj Ribeiro, do Campus Farroupilha, participa do projeto de ensino “Monitoria indígena: saberes e fazeres em diálogo” e percebeu a importância de políticas públicas direcionadas aos povos indígenas, e também de uma monitoria nas instituições de ensino que auxilie esse público e os motive. Em seu primeiro Salão, Kalindi comenta que participar é uma “experiência de vida, algo que está me  preparando para o futuro”.

O estudante Pedro Henrique Zorzi Guedes, do Campus Veranópolis, tem a mesma opinião. Também em seu primeiro salão, ele apresentou o trabalho “Laboratório de desenvolvimento de software”, que tem como objetivo elaborar soluções tecnológicas para o campus. “O ambiente (do evento) é prazeroso de estar e, apesar do nervosismo, há um conforto na sala de apresentações. Esse momento é uma experiência que agregará muito para o meu futuro.”

Integração e vivências

E o Salão tem ainda uma sessão que engloba os três pilares de atuação dos IFs: ensino, pesquisa e extensão. É a Sessão de Indissociabilidade. Foram 29 trabalhos de diferentes áreas do conhecimento apresentados. Manuella Rodrigues Muniz, do curso técnico integrado em Administração do Campus Viamão, apresentou o projeto em que é bolsista, intitulado “Promovendo integração e aprendizagem: Marketing e Empreendedorismo em Viamão”. A ação tem a finalidade de conectar os estudantes do ensino médio com a comunidade relacionando o conceito de marketing e empreendedorismo. Segundo ela, o projeto buscou exemplos locais e o estudo de caso ocorreu em uma empresa de tecnologia médica.

Outro evento dentro do Salão foi o 8º Seminário de Internacionalização, que contou com sete trabalhos apresentados em forma de relatos de experiências. Foram vivências dos alunos em instituições de ensino de Portugal e do Canadá, mas também as experienciadas por estudantes do Instituto com estrangeiros, a partir dos cursos ofertados pelo IFRS de Português como Língua Adicional, cujo público são pessoas de outros países que residem no Brasil.

Nas salas de apresentações de todos os eventos, ouvidos atentos e olhos curiosos para saber mais sobre tantas ações realizadas nos projetos do IFRS. Muitas salas ficaram lotadas. Além dos estudantes e orientadores envolvidos na atividade, vários ouvintes prestigiaram as apresentações.

 

Confira fotos de algumas apresentações:

Fim do conteúdo