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6º Salão: orgulho dos projetos desenvolvidos no IFRS marca o encerramento


A sexta edição do Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS foi finalizada no início da tarde desta quinta-feira, 9 de dezembro de 2021. O orgulho pelos projetos desenvolvidos por estudantes e servidores foi destacado na fala do reitor, Júlio Xandro Heck, durante o ato de encerramento do evento. Júlio salientou que a qualidade dos mais de 400 trabalhos apresentados deixam evidente a importância do IFRS nas cidades onde está instalado e também o protagonismo da instituição na educação pública e na produção de conhecimentos no Estado.

Esta foi a segunda vez que o Salão ocorreu em formato virtual, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. No entanto, Júlio destacou que este final de ano “chega com as esperanças renovadas”, e afirmou a expectativa de que em 2022 este grande evento possa ocorrer no formato presencial. Participaram também da solenidade de encerramento os pró-reitores Eduardo Girotto (Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação); Marlova Benedetti (Extensão); e Lucas Coradini (Ensino).

O Salão é um espaço para que estudantes que participam de projetos de ensino, pesquisa ou extensão nos 17 campi do IFRS possam apresentar seus trabalhos, serem avaliados, trocar ideias e reflexões. Este ano, foram mais de 400 projetos inscritos no 10º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (Sict); 9º Seminário de Extensão (Semex); 8º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (Semept); 6º Seminário de Pós-Graduação; 6º Seminário de Internacionalização; Sessão de Indissociabilidade; Mostra de Inovação e Tecnologias (MIT); Mostra dos Produtos da Pós-graduação (MPPG) e Concurso Literário, que, juntos, compõem o Salão.

 O evento teve como  tema central “100 anos de Paulo Freire: ensino, pesquisa e extensão para uma educação popular e crítica”. Contou com uma intensa programação de palestras e painéis no palco principal, abertas apenas para os inscritos, mas que dentro de alguns dias poderão ser conferidas no Canal IFRS – Oficial do YouTube.  Além disso, teve uma série de apresentações artísticas gravadas em vídeos pelos estudantes do IFRS (acesse a lista e os links para os vídeos abaixo).

Confira um pouco do terceiro e último dia do maior evento institucional do IFRS:

Nesta quinta-feira, o Salão iniciou as atividades em clima de despedida. Na programação da manhã no palco principal, ocorreram uma palestra, um painel e várias apresentações culturais. Nas salas de apresentações de trabalhos, foi a vez de os estudantes inscritos no 8º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (Semept) e na Sessão de Indissociabilidade apresentaram seus projetos.

> O diálogo como princípio educativo 

O professor de Sociologia da Universidade Federal Fronteira Sul  (UFFS) Thiago Ingrassia Pereira ministrou a palestra “O Diálogo como princípio educativo” no palco do Salão. Ele abordou perspectivas Freireanas para exemplificar o diálogo como mecanismo entre sujeitos que trocam saberes, que são capazes de aprender e ensinar. Acrescentou que o diálogo precisa de relação e não se esgota apenas nas pessoas participantes, mas que, a partir da troca de ideias e da intersubjetividade, essas são capazes de avançar em suas ideias. “Portanto, o diálogo exige que as pessoas digam a sua palavra, mas também escutem a dos outros. Apenas dizer a palavra e silenciar a outra pessoa não é um diálogo autêntico”, completa.

A atividade foi mediada pelo pró-reitor de Ensino do IFRS, Lucas Coradini.

Extensão em Diálogo: Importância do acompanhamento dos egresso 

A atividade “Extensão em Diálogo: Importância do acompanhamento dos egressos” fechou a manhã desta quinta-feira no palco principal. Observar as trajetórias dos estudantes egressos, identificar quantos estão trabalhando, quantos não receberam propostas de trabalho e outras informações foram algumas das provocações realizadas por Roben Lunardi, professor do Campus Restinga. Ele apresentou modelos de acompanhamentos de dados de egressos utilizados por instituições estrangeiras. “Esses dados são importantes para propor mudanças nos cursos e verificar o que mais pode ser melhorado institucionalmente. Temos de entender que nosso papel institucional não acaba após o aluno receber o diploma”, frisou o painelista. 

Já Nilo Barcelos Alves, professor do Campus Viamão, apresentou o projeto que está sendo realizando na unidade para o acompanhamento de egressos e comentou que alguns campi possuem uma relação mais estreita com seus egressos. O painel foi mediado pela chefe do Departamento de Extensão, Leila Schwarz. (Conheça o Programa de Acompanhamento de Egressos do IFRS).  

📌Apresentações artísticas do 6º Salão:

 

📌Algumas imagens do último dia de evento

 

📌Os organizadores respondem: Como você avalia essa edição do Salão?

Pró-reitora de Extensão, Marlova Benedetti:

Toda organização de um evento,  seja ele realizado de forma on-line ou presencial, é um desafio. Nesse não foi diferente. Facilita  termos equipes de trabalho imensamente comprometidas e focadas em fazer o seu melhor. E as maravilhas que vimos nessa edição compensam tudo. Foram mais de 400 trabalhos apresentados e dezenas de palestras. Mas gostaria de focar nos trabalhos, que são a representação clara do excelente desempenho dos nossos estudantes e que nos enchem de orgulho.

Acompanhei de forma muito próxima as apresentações dos estudantes no Seminário de Extensão (Semex) e, mais uma vez, saí transbordando de orgulho pelos nossos extensionistas, que, mesmo com todas as adversidades impostas por um período pandêmico, se doam e contribuem por uma sociedade mais justa e igualitária. A escolha do Centenário de Paulo Freire como tema para o nosso evento foi bastante importante e pontuou várias das discussões que ocorreram no palco principal. Paulo Freire desenvolveu um pensamento pedagógico que defende que o objetivo da educação é conscientizar o estudante. E esse é também o objetivo do Salão do IFRS.

Pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Eduardo Girotto:

A avaliação do evento é muito positiva, com excelente participação e interação dos participantes. Foram três dias de discussões produtivas e reflexões relevantes. Os alunos, como sempre ocorre no Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS, deram um show a parte, com belas apresentações de seus trabalhos.

O evento superou as nossas expectativas, considerando as limitações e dinâmica particular de um evento virtual. Foi muito bom, mas esperamos e desejamos voltar a ter em 2022 o Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino em seu formato presencial, com a dinâmica e possibilidades de interações que só um evento presencial permite.

Pró-reitor de Ensino, Lucas Coradini:

Avaliamos muito positivamente esta edição virtual. Foi algo necessário nesses tempos de pandemia. O contexto não permitia realizar um evento de grande porte de forma presencial. Mas a interação virtual foi satisfatória. Tivemos uma plataforma muito interativa, funcionou adequadamente, um grande número de visitações, passando de 1000 neste período. Então, nesse sentido, o evento foi um sucesso e permitiu que os nossos estudantes pudessem apresentar seus trabalhos e compartilhar tudo o que é produzido no IFRS, em termos de Ensino, Pesquisa e Extensão. Aliás, esse é o grande mérito do evento, é um evento em que o protagonismo é dos nossos estudantes. São eles que têm visibilidade, voz e são eles que apresentam seus trabalhos e o resultado de seus projetos. Isso é o que acho mais interessante e positivo do evento.

Outro ponto positivo que destaco é o tema. Acertadamente a instituição escolheu homenagear uma personalidade, algo inédito, pois nunca tivemos um salão no IFRS que homenageou uma personalidade, uma figura pública, mas dessa vez o fizemos e foi justamente o patrono da educação brasileira, Paulo Freire. Acho que o atual contexto político, de avanço do conservadorismo, torna ainda mais emblemático que a gente faça um resgate da teoria, do legado de Paulo Freire, e reconheça a importância acadêmica e intelectual dessa grande personalidade brasileira. De uma forma muito inteligente, esse tema permeou toda a programação do Salão. Tivemos bons painéis, bons debates e se aprofundou uma reflexão pedagógica sobre o fazer docente, sobre o papel da escola, da educação, na perspectiva freineana, isso também foi muito interessante.

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