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Tecnologias desenvolvidas no IFRS para pessoas com necessidades específicas serão modelo nacional


Tecnologias desenvolvidas no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) para auxiliar as pessoas com necessidades específicas a terem mais autonomia em sua vida escolar ou nas atividades do dia a dia serão agora disseminadas para todas as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT). O Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA) do IFRS foi escolhido pelo Ministério da Educação (MEC) para ser referência em Tecnologia Assistiva.

Para tratar sobre os detalhes da implantação do Centro de Referência, o assessor especial para Inclusão Social Produtiva e Diversidade na Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Franclin Costa do Nascimento, visitou o CTA e a Reitoria do IFRS, em Bento Gonçalves, nesta quinta e sexta-feira, dias 7 e 8 de junho de 2018. Atualmente, o projeto está na fase de mapeamento das demandas que as instituições da Rede possuem relacionadas ao uso e ao desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (TA) para melhor atender seus estudantes e servidores.

“Viemos conversar sobre como toda a Rede Federal poderá usufruir do conhecimento e dos recursos de tecnologia assistiva desenvolvidos no IFRS, uma referência na área. Nossa expectativa é que, a partir da disseminação do que é feito aqui, as instituições vejam que é possível trabalhar com as pessoas com necessidades específicas desde que seja oferecida uma tecnologia adequada”, frisou Nascimento.

Os outros 37 institutos federais e os dois colégios federais da Rede receberam um formulário no qual podem informar demandas por recursos, dispositivos ou materiais adaptados, práticas, serviços, dicas e informações relacionadas a TAs ou a materiais didático-pedagógicos que sejam adaptados a diferentes necessidades de seus estudantes e servidores. A partir do levantamento, o CTA trabalhará na produção dos materiais e na promoção de atividades de capacitação. O Centro receberá recursos financeiros do MEC e os materiais produzidos não terão custo para as instituições.

O projeto é coordenado pela assessora de Ações Inclusivas do IFRS, Andréa Poletto Sonza, que explica: “A partir do mapeamento, iniciaremos a aquisição de matéria-prima e equipamentos necessários para a produção das tecnologias assistivas; a produção de TAs e/ou materiais didático-pedagógicos adaptados; a produção de vídeos, tutoriais, publicações e demais materiais informativos com o passo a passo para a produção de TA ou materiais adaptados; a publicização do que for produzido por meio de um portal que será o repositório dos itens produzidos; e o envio aos demandantes”.

Para isso, haverá um reforço na equipe do Centro, com a contratação de profissionais e estudantes para atuarem como bolsistas do projeto. Atualmente, o Centro conta com cinco servidores efetivos e parceria de pesquisadores de diferentes campi da instituição.

 O que são recursos de Tecnologia Assistiva

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15), Tecnologia Assistiva ou ajuda técnica refere-se a produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Um recurso de Tecnologia Assistiva pode ser algo muito simples como uma bengala até um complexo sistema computadorizado. De modo geral, há recursos que são utilizados como auxílios para a vida diária, recursos para a comunicação, para a mobilidade, para controle do ambiente, para uso do computador, para adequação postural, para esporte e lazer, adaptações e projetos arquitetônicos para acessibilidade, adaptações em veículos, órteses e próteses, entre outros.

Na área da educação, alguns recursos de TA bastante utilizados são os de acesso ao computador, auxílios para leitura e escrita, materiais pedagógicos adaptados, auxílios para mobilidade e adaptações para acessibilidade.

Sobre o CTA do IFRS

O Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA) do IFRS desenvolve metodologias para a implementação de soluções acessíveis para pessoas com deficiência; trabalha na produção de Tecnologia Assistiva de baixo custo; cria sites, portais e sistemas web acessíveis; realiza avaliação de acessibilidade virtual; constrói materiais didático-pedagógicos acessíveis/adaptados; promove cursos, capacitações, palestras e oficinas. O trabalho é voltado para a comunidade acadêmica do Instituto, mas o Centro adquiriu um reconhecimento externo e seguidamente instituições dos mais variados estados visitam o CTA ou convidam a equipe para apresentar o trabalho desenvolvido.

Saiba mais sobre o Centro no site http://cta.ifrs.edu.br/

 Sobre o IFRS

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) é uma instituição federal de ensino público e gratuito. Conta com cerca de 20 mil alunos e mais de 200 opções de Cursos Técnicos e Superiores de diferentes modalidades em vários municípios do Estado. Oferece também Cursos de Pós-graduação e dos Programas do governo federal.

O IFRS atua com uma estrutura multicampi. Possui os campi de Alvorada, Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Ibirubá, Osório, Porto Alegre, Restinga (Porto Alegre), Rio Grande, Rolante, Sertão, Vacaria, Veranópolis e Viamão. Entre seus objetivos está promover a educação profissional e tecnológica de excelência e impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões.

Foi criado em 29 de dezembro de 2008, pela lei 11.892, e pertence à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. A Reitoria está localizada em Bento Gonçalves. Saiba mais no endereço eletrônico www.ifrs.edu.br.

 

Franclin (esq.) reuniu-se com o reitor do IFRS, Júlio Xandro Heck; a pró-reitora de Extensão, Marlova Benedetti; e a assessora de Ações Inclusivas, Andrea Sonza

 

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