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Rio Grande do Sul receberá cinco novos campi de Institutos Federais


O governo federal anunciou a criação de cinco novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em solo gaúcho. Os novos campi serão construídos em municípios que não possuem unidades ou que têm baixa cobertura de educação profissional: Porto Alegre; Caçapava do Sul; São Luiz Gonzaga; São Leopoldo; e Gramado. 

O Rio Grande do Sul conta com três Institutos Federais: do Rio Grande do Sul (IFRS), Farroupilha (IFFar) e Sul-rio-grandense (IFSul), que, juntos, somam 44 campi.  Ainda não foi divulgado pelo governo a divisão dos campi entre os IFs do Estado. 

O investimento estimado para construção das novas unidades é de R$ 125 milhões. Devem ser geradas 7.000 vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.   

Em todo o país serão 100 novos campi distribuídos nas unidades da Federação, gerando 140 mil novas vagas. A região sul do país vai receber 13 campi. O nordeste, 38; o sudeste, 27; o norte, 12; e o centro-oeste, 10. 

O anúncio da expansão foi feito nesta terça-feira, 12 de março de 2024, em cerimônia realizada em Brasília/DF, a qual contou com a presença do reitor do IFRS, Júlio Xandro Heck. 

Anúncio da expansão da Rede Federal – Foto: Jefferson Sampaio, Dicom-IFB

“Foi um momento muito importante na história da rede, porque o presidente anunciou a criação de 100 novas unidades e nós sabemos do papel transformador que cada uma tem nos territórios em que se localizam. Portanto, temos a certeza, a convicção e a esperança que essas novas unidades farão profundas transformações em cada um destes locais. Promovendo uma educação pública, gratuita, de qualidade, inclusiva e também colaborando para o desenvolvimento de todo o arranjo produtivo”. Júlio também destacou a necessidade de consolidação das unidades já existentes. “É importante que tenhamos investimentos para que as unidades já existentes também possam ter o devido valor e desenvolvimento e possam cumprir o papel que nós tanto esperamos de cada uma delas. Por isso, expansão e consolidação devidamente saudadas e comemoradas tanto pelo presidente quanto pelo ministro. Por conta disso, sem dúvida nenhuma, mais um dia histórico para a rede federal”, comemora.

Gramado e Porto Alegre podem ter campi do IFRS

Questionado sobre o IFRS receber algum campus em um dos municípios anunciados para o Estado, o Reitor respondeu: “Olha, o Ministério anunciou apenas as cidades, no entanto, é bastante inevitável que a gente faça inferências sobre quais serão de cada instituto. E a mim, pessoalmente, parece-me absolutamente razoável e até óbvio, eu diria, que os campi Porto Alegre, porque já estamos na cidade com duas unidades: Porto Alegre Centro e Restinga e, também, Gramado pela nossa inserção histórica na Serra Gaúcha. Já que estamos presentes em Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Vacaria e Veranópolis, então me parece natural também que o campus da região das Hortênsias seja do IFRS. Então, no meu ponto de vista, Gramado e Porto Alegre serão, ao natural, unidades do IFRS”.

Investimentos na educação

Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), serão investidos R$ 3,9 bilhões em obras. Desse total, R$ 2,5 bilhões são para criar novos campi e R$ 1,4 bilhão para consolidar unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos. A iniciativa envolve o Ministério da Educação (MEC), a Casa Civil, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).  

Impacto e retomada

O objetivo da nova expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica (EPT) e criar oportunidades para jovens e adultos. A construção de novos campi impacta o setor da construção civil, além de gerar emprego e renda. As novas escolas, quando em funcionamento, levarão desenvolvimento local e regional.

O programa de expansão dos IFs marca a retomada de investimentos na criação de novas unidades no Brasil, quase 10 anos após a última expansão estruturada da Rede Federal. Essa política educacional permitiu que a educação pública de qualidade chegasse às localidades mais distantes dos grandes centros e da capital dos estados, tornando-se uma das redes mais capilarizadas na oferta de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.

 

Com informações do Governo Federal e do Ministério da Educação

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