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Projeto do IFRS com haitianos e africanos recebe Prêmio Direitos Humanos 2018
Texto: João Faxina, jornalista do Campus Erechim
Na próxima quarta-feira, dia 21 de novembro de 2018, um projeto de extensão do Campus Erechim do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) receberá, em Brasília, o Prêmio Direitos Humanos 2018, categoria Migrantes e Refugiados, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos. Sob coordenação da professora Adriana Troczinski Storti e do estudante bolsista Thales Ruan Piovezan, o projeto buscou capacitar um grupo de cerca de 120 estrangeiros – haitianos e africanos – com cursos de informática básica e costura, ministrados no campus ao longo deste ano.
As atividades foram pensadas a partir de um diálogo com outras instituições da região e coube ao IFRS contribuir, por meio de formações na área da educação, aproveitando os cursos oferecidos pelo campus e seus profissionais. Para a coordenadora do projeto, os estrangeiros puderam agregar aos seus currículos mais elementos de qualificação para busca de empregabilidade no mercado, já que trabalhos de costura, por exemplo, são demandados por empresas do setor do vestuário que não encontram brasileiros suficientes para essas atividades.
Segundo a coordenadora, outro elemento importante é a valorização dos saberes desses estrangeiros, que oferecem como contrapartida aulas de língua francesa para estudantes e servidores do campus e para a comunidade externa, até o final do ano. “Um projeto lindo e relevante para todos nós. Receber este prêmio é o reconhecimento e o incentivo para que continuemos juntos, lutando pelos Direitos Humanos de todos, porque quem recebe ajuda é grato, mas quem ajuda é ainda mais beneficiado por fazer o bem”, comenta Adriana.
Com este prêmio, a coordenadora vê a oportunidade de tornar os cursos um programa de extensão, para que exista a continuidade das atividades ofertadas em 2018 e para que novas ações sejam formuladas para os próximos anos.
Serão 48 entidades e personalidades de todo o país agraciadas com o reconhecimento.
O bolsista do projeto do Campus Erechim irá receber o prêmio em Brasília, com as despesas custeadas pela Pró-reitoria de Extensão do IFRS.