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Projeto de estudante do IFRS vai representar o Brasil em premiação na Suécia


Camily, Flávia, Amanda e Laura durante o anúncio da premiação em evento.

Amanda se emociona no momento do anúncio do projeto vencedor - foto Divulgação ABES

Pelo segundo ano consecutivo, é do IFRS o projeto vencedor do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo – Etapa Brasil. A estudante de ensino médio Amanda Machado usou resíduos da fabricação de vinho para desenvolver um tratamento capaz de remover da água corantes da indústria de roupas

 

Mais uma vez, o Brasil será representado por um projeto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Osório na grande final do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, na Suécia. O vencedor da etapa nacional da premiação é o trabalho de pesquisa “Biogrape: Inovação para o Tratamento de Efluentes Têxteis a partir de Celulose Bacteriana do Vinho”, da estudante de ensino médio Amanda Ribeiro Machado, com orientação da professora Flávia Twardowski

O trabalho do Campus Osório foi um dos cinco finalistas nacionais, que passaram por uma série de avaliações até a escolha do primeiro colocado. O anúncio do vencedor ocorreu na noite desta segunda-feira, 22 de maio de 2023, durante o 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O Biogrape agora competirá na etapa internacional com projetos de jovens entre 15 e 20 anos de idade de aproximadamente 40 países. Este é o segundo ano consecutivo que um trabalho do IFRS-Campus Osório representa o Brasil no Jovem da Água de Estocolmo (leia mais abaixo). 

Sobre o Biogrape

Amanda mostra água antes e após o tratamento

No projeto “Biogrape: Inovação para o Tratamento de Efluentes Têxteis a partir de Celulose Bacteriana do Vinho”, Amanda pesquisou um material alternativo e ambientalmente sustentável para remover da água corantes utilizados pelas indústrias têxteis. Ela submeteu resíduos da produção de vinho a um processo de fermentação e com isso conseguiu desenvolver uma celulose bacteriana que foi capaz de fazer a remoção de materiais contaminantes da água. Assim, aproveitou resíduos gerados pela produção de vinhos e forneceu uma alternativa ecológica ao tratamento de efluentes das indústrias têxteis (Confira o vídeo do projeto – elaboração Bruno Acosta).

A estudante, que tem 18 anos e cursa o Técnico em Administração integrado ao ensino médio no Campus Osório, destaca o quanto a pesquisa e a premiação abrem novas perspectivas de futuro. “Foi uma emoção gigantesca ouvir o nome do projeto sendo anunciado como vencedor. Tenho enormes expectativas com essa oportunidade. Iremos conhecer outro país, outra cultura, jovens de diferentes lugares e com o mesmo propósito: fazer um mundo melhor. O projeto mudou a minha vida, assim como, tenho certeza, de que essa oportunidade irá mudar para sempre”, declarou. 

Professora e aluna serão as representantes do Brasil

Para ela, ao valorizar o protagonismo e acreditar no potencial da pesquisa jovem, desde o ensino médio, o prêmio incentiva os estudantes a continuarem contribuindo com a pesquisa brasileira. “A lição mais importante que esse projeto me trouxe foi saber onde é o meu lugar no mundo, saber que esse lugar é onde eu quiser, é o lugar que eu posso conquistar a partir do trabalho que eu fizer.” 

Amanda se aproximou da ciência ainda no ensino fundamental. Antes de ingressar no IFRS, em 2019, participou de um projeto desenvolvido na instituição, no Campus Osório, chamado Meninas nas Ciências. A atividade era coordenada pela professora Flávia, com fomento do CNPq. 

 

Pela segunda vez, IFRS é o Brasil em Estocolmo 

Laura e Camily compartilharam experiências

Em 2022, a pesquisa que representou o Brasil na etapa internacional foi a “SustainPads: Absorventes sustentáveis e acessíveis a partir de subprodutos industriais”, também do Campus Osório. O trabalho é de Laura Drebes e Camily Pereira, agora egressas do IFRS, orientado pela professora Flávia Twardowski. Na Suécia, elas conquistaram o Prêmio de Excelência. Este ano, Laura e Camily também participaram da cerimônia de premiação da etapa nacional do Jovem da Água, para falar de sua experiência (foto ao lado).

Para Flávia, a conquista pela segunda vez é um reconhecimento pelo trabalho de formação de estudantes conectada a demandas da sociedade. “Estar nas etapas nacional e internacional em 2022 foi inusitado, pois mostrou que um projeto pode ser plural ao trabalhar os aspectos social, ambiental e econômico, e não apenas com água e saneamento. Estar novamente em 2023 em ambas as etapas é ratificar que o IFRS trabalha continuamente na formação de estudantes em prol da solução de problemas”, aponta.

O Prêmio Jovem da Água

A final internacional do Stockholm Junior Water Prize é realizada durante a Semana Mundial da Água de Estocolmo, na Suécia. O prêmio é organizado pelo Stockholm International Water Institute (SIWI) desde 1997 e tem a Princesa Victoria da Suécia como patrona. Atualmente, 40 países participam do SJWP, dos quais um é o Brasil, que ingressou na competição em 2017 e está em sua sétima edição. No Brasil, a premiação é organizada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, por meio do programa Jovens Profissionais do Saneamento – JPS, em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio na Suécia.

 

 

Conheça mais sobre o Biogrape

 

📹 Assista também à cerimônia de Prêmio Jovem da Água Brasil 2023 no canal da ABES no YouTube (Em 2h27, anúncio do projeto vencedor)

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