Geral
Pró-reitorias fazem balanço e destacam prioridades para nova gestão
O que marcou as Pró-reitorias do IFRS e a relação dessas com os campi na gestão 2018/2020? Para a gestão que se inicia, quais são as prioridades já definidas por cada uma das cinco Pró-Reitorias? Para responder essas perguntas, serão publicadas nas próximas semanas breves entrevistas com os pró-reitores do IFRS, que se mantêm os mesmos do primeira gestão do reitor Júlio Xandro Heck. A série começa pelo pró-reitor de Ensino, Lucas Coradini. Confira:
O que você destaca como balanço das principais realizações da Pró-reitoria de Ensino na gestão anterior (de junho de 2018 a fevereiro de 2020):
Lucas Coradini, pró-reitor de Ensino do IFRS – As ações de ensino têm sido pautadas pela democratização do acesso à instituição e atenção ao estudante em todas as suas dimensões, buscando criar melhores condições para permanência e êxito em sua trajetória escolar.
Apesar do curto período, diversos avanços foram possíveis na última gestão, como a criação da Diretoria de Assuntos Estudantis, a aprovação do Plano Estratégico de Permanência e Êxito e a realização do primeiro Estudo de Diagnóstico Discente, que buscou traçar o perfil do estudante do IFRS e fornecer subsídios para o desenvolvimento de ações voltadas à qualificação da assistência estudantil.
Em relação à democratização do acesso, destacam-se a aprovação da Política de Ingresso Especial e Permanência dos Estudantes Indígenas e a mudança ocorrida sobre a Política de Ingresso Discente, que passou a contar com a possibilidade de sorteio para os cursos técnicos (para os cursos superiores há legislação específica que exige a realização de prova).
A democratização do acesso à educação se dá também através do uso de tecnologias: utilizando ferramentas de Educação a Distância, ampliamos as matrículas em cursos de curta duração (formação inicial e continuada) de 18 mil para 350 mil!
Outra ação importante diz respeito à criação da Política Institucional para os Cursos de Ensino Médio Integrado do IFRS, que consolida um modelo de ensino e fortalece a nossa concepção de formação humana e integral.
A preocupação com os processos inclusivos na instituição tem sido outro ponto de atenção, o que levou, entre outras ações, à criação do Plano Educacional Individualizado, instrumento que prevê adaptações curriculares para estudantes que possuem condições limitantes de aprendizado.
Por fim, e não menos importante, cabe destacar a aquisição da Biblioteca Digital, que permite o acesso on-line a milhares de títulos das mais diferentes áreas do conhecimento, facilitando o contato dos estudantes com as bibliografias dos seus cursos.
Quais as prioridades para essa gestão que se inicia na Proen:
Lucas Coradini, pró-reitor de Ensino do IFRS – Esta gestão se inicia em um contexto político delicado, em que é preciso afirmar, antes de mais nada, o caráter público da instituição e a necessidade de fortalecimento dos processos democráticos que sempre constituíram nossa identidade institucional. A atenção aos estudantes e a aproximação com as comunidades continuam sendo as prioridades da Pró-reitoria de Ensino, uma vez que são elementos basilares do programa de gestão referendado pela comunidade no último processo eleitoral.
Novas ações voltadas à permanência e êxito estudantil serão desenvolvidas, levando a uma reestruturação do Programa Institucional de Bolsas de Ensino – Piben, que terá um enfoque maior na qualificação da experiência educacional do estudante, dando maior apoio à participação em monitorias, atividades de reforço escolar, em laboratórios de apoio didático e em projetos artísticos, desportivos e culturais.
Procuraremos avançar também nas políticas de ações afirmativas e nas ações inclusivas, consolidando o IFRS como um espaço que valoriza e promove a pluralidade e a diversidade.
Durante esta gestão, passaremos a ter, pela primeira vez no IFRS, ensino médio integrado em todos os campi, e assumiremos então como próximo compromisso o fortalecimento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e dos cursos de formação de professores, uma vez que a instituição precisa cumprir percentuais mínimos de matrículas estabelecidos em lei para essas duas modalidades.
Daremos prosseguimento também aos trabalhos do Observatório de Permanência e Êxito do IFRS, profissionalizando a produção e a análise dos indicadores educacionais da instituição.
Cabe destacar ainda o desenvolvimento de dois projetos importantes, que têm tudo a ver com nossa identidade e missão institucional: o Projeto Alvorada, que oferece oportunidade de profissionalização a egressos do sistema prisional, e o Projeto do Centro de Referência em Tecnologia Assistiva (CRTA), que dissemina o conhecimento sobre o uso e o desenvolvimento de tecnologias assistivas para pessoas com deficiência em todo o Brasil, gerando um knowhow especialmente importante para o atendimento dos nossos estudantes.
Apesar de todas as adversidades enfrentadas pela educação no país, seguiremos trabalhando para construir um IFRS cada vez mais público, gratuito, plural, inclusivo, laico, socialmente referenciado, e com o ensino de qualidade que sempre nos foi motivo de orgulho.