Início do conteúdo

IFRS integra novo ciclo do projeto Mais Ciência na Escola


Ação conjunta com as Universidades Federais do Rio Grande e de Pelotas o projeto prevê a implantação de 45 laboratórios makers em escolas públicas de 17 municípios do Rio Grande do Sul.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) é uma das instituições contempladas na expansão do projeto Mais Ciência na Escola (MCE), anunciada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa recebeu suplemento de R$ 96 milhões para a seleção de novos projetos de Laboratórios Maker e ações de fomento à prática científica no ambiente escolar. A assinatura da autorização para início do programa ocorreu no dia 1º de dezembro de 2025.

O MCE integra uma ação nacional do Governo Federal dentro do Programa de Popularização da Ciência através do acesso de estudantes à cultura maker, à ciência e à tecnologia.

Parceria entre as instituições

A execução da proposta é realizada de forma integrada entre as três instituições IFRS Campus Rio Grande, Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que atuam como parceiras em igualdade em todas as etapas de concepção, implementação e execução do projeto. A complementaridade de expertises e a capilaridade territorial ampliada fortalecem a rede Conecta MakeRS, que articula os laboratórios makers e as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) envolvidas, explica o servidor do Campus Serguei Nogueira da Silva, proponente da ação que receberá o montante de R$ 4.499.970,34 para condução do projeto.

Embora o IFRS seja a instituição executora do convênio, as três instituições assumem papéis equivalentes na orientação metodológica, no acompanhamento das escolas e no suporte científico-tecnológico às ações da rede.

Estrutura dos laboratórios makers e escolas atendidas 

O projeto prevê a implantação de 45 laboratórios makers em escolas públicas de 17 municípios do Rio Grande do Sul: Bento Gonçalves, Canoas, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Erechim, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Rolante, Santa Vitória do Palmar, Santo Antônio da Patrulha, São José do Norte, São Lourenço do Sul, Sertão, Vacaria e Viamão. 

Cada laboratório será equipado com:

  • impressoras 3D

  • cortadoras a laser

  • notebooks

  • kits de robótica

  • ferramentas manuais

  • smart TVs

Esses espaços serão ambientes de experimentação, aprendizagem ativa e desenvolvimento de projetos de ciência, tecnologia e inovação.

 Rede Conecta MakeRS

Para apoiar as ações, será estruturada a Rede ConectaRS / Conecta MakeRS, formada pelas três ICTs, pelas escolas participantes e por instituições parceiras. Atualmente, 84 pesquisadores integram a iniciativa, além da previsão de contratação de 18 bolsistas de Iniciação Científica.

A rede irá promover formação continuada de docentes, feiras de iniciação tecnológica, intercâmbio de experiências e ações conjuntas de ensino, pesquisa e extensão. O objetivo é consolidar um ecossistema de inovação que permaneça ativo após o encerramento do convênio.

Bolsas e fortalecimento das escolas

Cada escola participante receberá:

  • 1 bolsa para professor coordenador do laboratório

  • 10 bolsas para estudantes

No total, serão concedidas 45 bolsas para docentes e 450 para alunos, garantindo o funcionamento dos espaços durante os 12 meses de implementação.

De acordo com Serguei, as ações dialogam diretamente com as habilidades previstas nas Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na BNCC  da Computação, contribuindo para o atendimento das demandas das Secretarias Municipais de Educação e para a promoção do protagonismo estudantil.

Impacto para as Instituições e para o Rio Grande do Sul

Para as Instituições de Ciência e Tecnologia envolvidas (IFRS, Furg e UFPel), o projeto representa um marco na estruturação de uma rede interinstitucional voltada à educação científica e tecnológica. No contexto do Rio Grande do Sul, a iniciativa fortalece o letramento digital, amplia a inclusão social e aproxima as instituições de educação das escolas públicas e das realidades locais, afirma Serguei.

O professor completa que “A rede qualifica ações de pesquisa, extensão e ensino; estimula a inovação e o empreendedorismo; e contribui para o desenvolvimento de competências que permitem melhorias concretas nos contextos regionais, especialmente para estudantes em situação de vulnerabilidade social”.

Cronograma
  • Assinatura da autorização: realizada emde dezembro de 2025
  • Estruturação do projeto: entre janeiro e maio de 2026 com a assinatura dos convênios com os municípios, compra de equipamentos, montagem dos laboratórios, preparação das formações e experiências pedagógicas;

  • Operalização do projeto: de maio de 2026 à abril de 2027 com a inauguração dos 45 laboratórios makers nas escolas públicas. Iniciam-se o período de bolsas para 1 professor articulador e 10 alunos em cada uma das escola, tendo início a realização de formações e experiências pedagógicas programadas, feiras e mostras científicas, hackathons e visitas técnicas envolvendo as ICTs e Instituições parceiras

  • Consolidação da rede Maker: após maio de 2027, desafio de consolidar a Rede Conecta Makers, mantendo os laboratórios ativos em tempo integral e fortalecendo as parcerias com as ICTs através de ações de ensino, pesquisa e extensão.

Fim do conteúdo