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Guia de Acessibilidade e Glossário em Libras do Enoturismo são lançados


Capa do Guia de Acessibilidade no Enoturismo e do Glossário em libras sinais do vinho.

Guia de Acessibilidade no Enoturismo e o Glossário em Libras do Enoturismo são os resultados do projeto do IFRS e da Vinícola Salton que busca a inclusão no turismo ligado à produção de vinhos.

O Guia de Acessibilidade no Enoturismo e o Glossário em Libras do Enoturismo são frutos do projeto que buscou a inclusão no turismo ligada à produção de vinho. As obras foram apresentadas para a comunidade em evento realizado na quinta-feira, 29 de agosto de 2024, na Casa di Pasto – Família Salton.  Mais informações sobre o projeto no final da matéria.

Equipe do Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA) do IFRS e da Vinícola Salton durante evento de lançamento dos produtos.

O Guia é um arquivo disponível de forma digital. Com mais de 100 páginas, possui ilustrações, orientações e dados que contribuem de forma prática para melhorar a experiência enoturística de diferentes públicos. As ações foram pensadas para pessoas com deficiência visual, auditiva, física, intelectual, múltipla, surdocegueira e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Nele consta orientações de acessibilidade em espaços físicos. É possível entender, por exemplo, o conceito de rota acessível, um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos e internos de espaços e edificações.

Dentre os detalhes, estão dicas de como escolher o mobiliário de um empreendimento turístico – as mesas devem ter dimensões adequadas para o usuário de cadeira de rodas, bem como as portas devem garantir um espaço suficiente para uma cadeira de rodas realizar o retorno. Além disso, é reforçada a importância de uma sinalização precisa, clara e completa.

Além de abordar a acessibilidade nos espaços físicos, o Guia de Acessibilidade no Enoturismo também esclarece sobre a acessibilidade nos espaços digitais.

Para mais detalhes, acesse o Guia de Acessibilidade no Enoturismo.

Para o coordenador do projeto no IFRS, Anderson Dall Agnol, que possui deficiência visual, pensar em enoturismo acessível significa buscar acessibilidade em todas as suas dimensões. “É assegurar que pessoas com deficiência possam agendar visitas, visitar lojas, realizar passeios, escolher produtos e entender conteúdos, ou seja, que não existam barreiras físicas, digitais, comunicacionais e principalmente atitudinais”, completa.

Saiba o que faz parte do Glossário em Libras do Enoturismo

O Glossário em Libras do Enoturismo contém informações, termos, conceitos e detalhes que agora ganham versão na língua de sinais para pessoas surdas desbravarem com domínio o universo do vinho. Isso porque a enologia está repleta de termos, conceitos e detalhes que podem ser desconhecidos ou gerar dúvidas entre os amantes da bebida.

Possui vídeos com sinais inéditos para comunicar palavras como enoturismo, vinho tinto, perlage, vinhedo, terroir e até variedades de vinhos e espumantes como brut e moscatel. Um dos diferenciais é o fato de a produção dele ter sido feita, desde o início, por especialistas juntamente com a comunidade surda. Isso possibilita a aplicação pelos principais interessados no assunto.

Acesse o Glossário em Libras – Sinais do vinho

Sobre o projeto

O projeto é uma parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), por meio do Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA), e a Vinícola Salton, com o objetivo de pensar estratégias e ações para incluir as pessoas com deficiência no enoturismo e no setor vitivinícola. As atividades ocorreram entre os meses de outubro de 2022 a outubro de 2023, envolvendo pessoas com deficiência, profissionais da área da inclusão, da arquitetura, do turismo, do design e da programação visual.

Dentre as etapas, estiveram a capacitação de estudantes, servidores e colaboradores dentro das temáticas de acessibilidade e inclusão. Além disso, foram mapeadas as barreiras existentes no enoturismo que impedem ou dificultam o acesso de pessoas com deficiência em ambientes físicos e digitais, a realização de pesquisas sobre turismo e enoturismo acessível, a proposição de experiências enoturísticas acessíveis, o estudo de normativas sobre acessibilidade física e digital e a sugestão de ações que possam reduzir ou eliminar as barreiras identificadas.

 

 

 

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