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Amenizar mazelas das desigualdades sociais que ficaram evidentes na pandemia é também papel da extensão


Com tom de emoção em suas palavras e paixão pelo fazer extensionista, Flavi Ferreira Lisbôa Filho, pró-reitor de Extensão da UFSM, foi o convidado da segundo edição virtual do projeto Extensão em Diálogo. O encontro online promovido pela Proex do IFRS ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 27 de maio, com participação de 48 pessoas. 

Com o tema “As ações de extensão das instituições de ensino durante a pandemia em um cenário de região sul”, Flavi iniciou sua fala trazendo os cinco “is” da prática de extensão:  interação dialógica, indissociabilidade (entre ensino, pesquisa e extensão), interdisciplinaridade e interprofissionalidade, impacto na formação do estudante e transformação social. 

“A extensão não deve ser feita apenas no campus, mas junto com a sociedade. Ninguém faz extensão sozinho. Nossa extensão tem de estar conectada com as demandas da comunidade. O impacto ao estudante e a transformação é o que justifica nossas ações de extensão, que são formativas. Esse é o nosso papel”, ressaltou o pró-reitor. 

Na sequência, ele listou as principais ações de extensão que as 27 instituições públicas de ensino participantes do Fórum dos Pró-Reitores de Extensão da Região Sul (ForProex Sul) estão realizando durante o período da pandemia, como: produções de álcool em gel; máscaras de tecido; face shields; hospitais universitários atendendo casos; serviços de teleatendimento e teleacolhimento. Destacou também atividades que estão fazendo parte do período de isolamento, como as apresentações culturais nas redes sociais; cursos de formação online; campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos, material de limpeza e higiene; assessoria aos pequenos empreendimentos; produção de conteúdos sobre saúde mental nas mídias; combate às fake news

“Quando falta o básico na vida, na mesa dos cidadãos, é difícil de falar em transformação social, em autonomia do sujeito, com a barriga vazia. A extensão hoje tem um papel de formação cidadã e emancipação dos sujeitos para uma sociedade mais justa e igualitária, fazendo o que é necessário para amenizar as mazelas resultantes das desigualdades sociais e econômicas que ficaram mais evidentes com a pandemia”, completa Flavi. 

A pró-reitora de Extensão do IFFar, Raquel Lunardi, comentou, durante a troca de ideias, a importância da atenção das instituições às comunidades e cidades em que estão inseridas:  “É um momento de a gente retribuir à sociedade de alguma forma. Mesmo que seja com assistencialismo, a atuação dos institutos é fundamental, principalmente em cidades pequenas e pobres”.

O próximo encontro online do Extensão em Diálogo terá data e tema divulgados breve.

Lançamento da Revista Viver 

Durante o encontro online, foi oficialmente lançada a Revista Viver IFRS que, nesta sétima edição, traz uma entrevista com as pró-reitoras de Extensão dos três IFs gaúchos e relatos de experiência de projetos de extensão das instituições. 

A pró-reitora de Extensão do IFRS, Marlova Benedetti, destacou, em tom de alegria, que:  “mesmo sabendo não ser fácil aos colegas e estudantes pararem, escreverem e submeterem, em meio à rotina de trabalhos e estudos, tivemos um grande número submissões, muitas dos próprios estudantes!”

Ao todo foram 60 submissões de relatos, 44 selecionados e 21 publicados. Os demais textos aprovados serão publicados no próximo número.

A pró-reitora do IFSul, Gisela Loureiro Duarte, comentou sobre a união dos IFs: “Ano passado tivemos os cortes que mostraram a falta que faz o investimento em extensão. Já neste ano, com este problema da pandemia, a maioria das ações são de extensão. A revista resume como os três IFs gaúchos trabalham sincronizados e unidos”. 

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