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Bocha paralímpica promove a inserção de pessoas com deficiência nos Jogos do IFRS


Três estudantes/atletas (dois meninos e uma menina) sentados em cadeira suas cadeiras de rodas. Os estudantes sorriem e seguram bolas de bocha.

Os estudantes Érik Nunes Lourenço, Matheus Costa Gambim e Bruna Menegat Dondé

Para a realização da bocha a estrutura contará com uma quadra para os Jogos do IFRS e mini quadras para os demais participantes. A ideia é que membros da comunidade interna tenham acesso e visibilidade do jogo

O esporte adaptado possibilita às pessoas com deficiência uma série de benefícios como a melhora da capacidade motora e da autoestima, oportunidades de envolvimento e de realização pessoal. Tendo por objetivos, promover a inclusão social, a valorização e o reconhecimento de estudantes com deficiência no esporte, a 9ª edição dos Jogos do IFRS inaugura um novo momento: a inserção de uma modalidade paralímpica. E para a estreia a opção foi a bocha, inicialmente na categoria “esporte de demonstração”. 

A razão da escolha foi porque desde 2018 há projetos de ensino envolvendo estudos e execução da bocha paralímpica no Campus Caxias do Sul. Também há registro de paratletas no Campus Restinga. Conforme a professora de educação física do Campus Caxias, Heloisa Santini, o propósito é difundir a bocha paralímpica como possibilidade de prática corporal para pessoas com deficiência física severa. “Da mesma forma apresentar aos  demais estudantes de modo que possam vivenciá-la, descobrindo que esse jogo associa precisão e estratégia.”

A professora explica que futuramente outras modalidades podem estar presentes nos Jogos, porém hoje, há no Instituto, um número reduzido de participantes para os esportes paralímpicos. “Uma rica possibilidade é o atletismo”, defende.  Para a realização da bocha paralímpica a estrutura contará com uma quadra para os Jogos do IFRS e mini quadras para os demais participantes. A ideia é que membros da comunidade interna tenham acesso e visibilidade do jogo. A organização e arbitragem será do projeto de Extensão Inclusão por meio da cultura corporal do Campus Caxias do Sul. 

 

Bocha paralímpica

A modalidade possui quatro classes: BC1, BC2, BC3 e BC4. O perfil BC1 e BC2  envolve pessoas com paralisia cerebral (quadriplegia). Na BC1 há a necessidade de uma pessoa para a movimentação da cadeira de rodas e para alcançar as bolas ao atleta. Já os da BC2 são aqueles que conseguem  mover-se e pegar as bolas sem auxílio.

A BC3 é a classe na qual os participantes são acometidos de paralisia cerebral ou outra deficiência de origem degenerativa (distrofia muscular, lesão medular, amputação ou má formação congênita). Eles podem se utilizar de dispositivos auxiliares como ponteiras, capacetes e rampas. Há um auxiliar que permanece na área de jogo do atleta, de costas para a partida e seguindo as orientações do competidor. 

A BC4 é a classe na qual os participantes apresentam lesão medular, distrofia muscular, AVC, esclerose múltipla, nanismo, dentre outras. São atletas que não apresentam mudança tônica ou distúrbio de movimento como característica primária.

No IFRS, há atualmente dois estudantes de ensino médio da classe BC2 e dois de graduação que são BC1 e BC2. Irá participar dos jogos um integrante da comunidade externa que faz parte do projeto de extensão do Campus Caxias do Sul. 

 

Jogos do IFRS

A edição de 2024 dos Jogos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) será dividida em duas etapas: a primeira dia 09 de setembro, em Bento Gonçalves e, a segunda, de 26 a 28 do mesmo mês, em Sertão. Em Bento Gonçalves, além da bocha paralímpica serão disputados atletismo, vôlei de praia, xadrez e tênis de mesa. No Campus Sertão ocorrem: vôlei de quadra, basquete, futsal e handebol. 

Mais informações na  aba Extensão.

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