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Atividades ao ar livre integraram a programação do Salão do IFRS


Estudante montando a cavalo em pátio a céu aberto.

Quem participou da oitava edição do Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), nos dias 23 e 24 de novembro, pôde vivenciar ações realizadas ao ar livre, que proporcionaram conhecimento e integração. Entre elas ocorreram visitas guiadas por espaços do Campus Bento Gonçalves, que foi a sede do evento; oficinas de equoterapia; e uma exposição de protótipos de veículos de eficiência energética desenvolvidos nos campi.

Confira abaixo informações sobre essas ações.

 

Práticas com cavalos proporcionam benefícios para o corpo e a mente

Uma novidade deste Salão foi a Oficina de Equoterapia, que apresentou um pouco do trabalho realizado pelo Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo, do Campus Sertão. A atividade ocorreu nos dois dias do evento e teve uma prática com os cavalos, de forma guiada, e explicações sobre a indissociabilidade na extensão, no ensino e na pesquisa.

A bolsista Ana Caroline da Rosa, acadêmica do curso de Zootecnia, salientou que a equoterapia é um método terapêutico e educacional e entre seus benefícios estão o fortalecimento muscular, a saúde, o bem-estar, promovendo uma melhora na qualidade de vida dos praticantes. 

O projeto conta com parceria de cabanhas que doaram os cavalos, e de instituições que encaminham seus pacientes para realizar o acompanhamento através da atividade de equoterapia. 

A estudante do Campus Osório Clara Fogaça, que participou de seu último Salão, por estar se formando, falou sobre os sentimentos despertados na oficina de equoterapia. “Estava muito nervosa no início quando subi no cavalo, na primeira volta, mas depois foi muito bom, meu corpo relaxou e pude curtir as atividades. Estou saindo tranquila, calma”, comentou. Os colegas de Clara que participaram da atividade também comentaram ter adorado o momento.

A bolsista Erica Rissardo, instrutora das atividades práticas com cavalos, explicou que os movimentos realizados com os praticantes são para ajudar a desenvolver a mobilidade do corpo. Todos os gestos são pensados para auxiliar na motricidade, na movimentação dos músculos e também no desenvolvimento mental da pessoa. “Desenvolvendo as atividades indicadas na equoterapia o praticante se sente mais à vontade, confiante, além das melhorias comprovadas em relação a algumas doenças.” 

 

Produção de vinhos e projetos com abelhas e formigas foram atrações de visitas guiadas

As visitas guiadas ao Campus Bento Gonçalves ocorreram em quatro momentos, sendo duas no dia 23 de novembro e as outras duas no dia 24. Os visitantes puderam conhecer melhor alguns espaços e projetos desenvolvidos. 

A primeira parada ocorreu no meliponário, onde estão instaladas caixas de abelhas nativas sem ferrão. Foi apresentado o projeto “Abelhas do Bem”, que objetiva sensibilizar a população quanto à importância das abelhas para o equilíbrio dos ecossistemas, reconhecendo-as como fundamentais para a sobrevivência do planeta. O meliponário também serve para apreciação e complementação de conhecimento de estudantes, meliponicultores, apicultores, docentes e comunidade.

Outro local visitado foi o observatório de formigas, do projeto “A vida secreta das formigas”, o qual busca proporcionar conhecimentos a respeito das diferentes espécies de formigas e de sua relação com o homem, animais e o meio ambiente. 

Houve visitação também na Vinícola Escola. Inaugurado em 1979, o espaço é utilizado para as aulas práticas dos cursos de Viticultura e Enologia. Os visitantes conheceram a produção de suco de uva, vinhos, espumantes e destilados do campus, hoje em aproximadamente 5.000 litros. Os grupos estiveram na Enoteca, primeira coleção pública de vinhos do Brasil, e entraram em uma pipa desativada. A visitação passou ainda pela agroindústria e pelo laboratório Pipa IFMakeRS.

 

Equipes IFeco e Drop Team demonstraram inovações com benefícios ambientais e sociais

Foi apresentado no 8º Salão o protótipo de uma cadeira de rodas comum adaptada para ser motorizada, projeto da equipe IFeco, do Campus Rio Grande. O estudante Pedro Henrique Rocha Oliveira, integrante da IFeco, comentou que a Secretaria de Saúde do município procurou a equipe pedindo auxílio no concerto das cadeiras de rodas motorizadas e, assim, surgiu a ideia de fazer com que uma cadeira de rodas comum pudesse ser adaptada. O grupo está trabalhando nesse projeto desde 2022.

Segundo Pedro Henrique, no início foram utilizados no protótipo dois motores de bicicleta, mas não houve sucesso, pois eram muito pesados. Surgiu a ideia de acoplar um hoverboard (skate elétrico de duas rodas) à cadeira manual e esse protótipo está em fase de testes, com resultados positivos até agora. A ideia é que as pessoas consigam adaptar cadeiras de rodas em casa no futuro.

Participaram também da exposição os premiados protótipos automotivos da IFeco e da Drop Team, do Campus Erechim. O veículo de Erechim é tricampeão da Shell Eco-marathon Brasil em sua categoria (motor a combustão interna) e neste ano ganhou com uma marca de 716 quilômetros por litro (Km/l) de combustível.  O da IFeco participou da mesma competição, conquistando quarta colocação na categoria bateria elétrica, com a marca de 290 quilômetros por quilowatt-hora (Km/Kwh). Chamados popular e carinhosamente como “carrinhos”, eles não são adequados para andar em estradas de rodagem, são montados pelas equipes de estudantes dos campi para competir maratonas com o objetivo de percorrer a maior distância com a menor quantidade de combustível e ou energia. 

 

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