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Alunos de EJA realizam cursos profissionalizantes em sete campi


Aula no Campus Restinga

Estimular a continuidade nos estudos e uma inserção qualificada no mundo do trabalho são objetivos do Programa Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional (EJA/EPT). O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) faz parte da iniciativa, que é promovida pelo Ministério da Educação (MEC). 

Neste ano, sete campi do IFRS oferecem cursos profissionalizantes a alunos de EJA de ensino fundamental e médio das redes municipais e estadual. São mais de 200 participantes nas turmas de “Assistente Administrativo” (nos campi Alvorada, Porto Alegre e Rolante); “Operador de Computador” (em Canoas, Osório e Restinga); e “Agricultor Familiar” (no Campus Sertão). Os cursos têm duração de 200 horas e aliam conteúdos teóricos, atividades práticas e a realização de uma visita técnica. 

Segundo a coordenadora pedagógica do Programa na instituição, Greicimara Vogt, incentivar os participantes a permanecer no IFRS, tentando o ingresso no ensino técnico ou superior, também é uma das intenções. “Considerando a EJA uma modalidade de ensino destinada a estudantes que em muitos casos tiveram o acesso à educação negado, a modalidade chega como nova possibilidade de escolarização e reinserção social. Nos sentimos honrados em participar do Programa”, aponta Greicimara.

Atividade no Campus Osório

A oferta é realizada em parceria com outras instituições de ensino públicas. A Escola Estadual de Ensino Médio Albatroz é parceria do Campus Osório pelo segundo ano. Com isso, promove uma sensibilização e convida os estudantes de ensino médio na modalidade EJA a frequentarem o curso de qualificação. A diretora da Albatroz, Aline Cardoso, elogia a iniciativa. “O programa é muito produtivo, pois qualifica nossos alunos para melhores oportunidades no mercado de trabalho e, além disso, incentiva  a frequência escolar.” 

 

Diversidade que enriquece

A diversidade em idades e experiências de vida é uma característica das turmas. Aluno do curso Operador de Computador do Campus Canoas, Danyel de Campos da Silva tem 16 anos e faz o oitavo ano do ensino fundamental na Escola Municipal Guajuviras. Ele considerou a qualificação no Programa EJA/EPT uma oportunidade de aprendizado e uma possibilidade de abrir portas para o futuro. “Estou gostando muito. A parte que mais gosto é o momento em que aprendemos na prática”, observa. Danyel conta que já sonha em terminar o ensino médio e fazer uma faculdade de Engenharia de Software.

Turma do Campus Alvorada

No Campus Alvorada, o curso Assistente Administrativo tem a maioria dos alunos com idade entre 25 e 45 anos. Segundo a coordenadora, Danielle Azevedo, apesar de trazer desafios, essas diferenças “enriquecem as trocas em sala de aula e ampliam a dimensão social do curso”.

Alvorada já teve outras turmas de EJA/EPT e a experiência tem estimulado um maior envolvimento da comunidade local com a unidade, diz a coordenadora. “Para o campus, fica o aprendizado constante sobre como tornar o ensino mais acessível, significativo e conectado com a realidade dos estudantes da EJA.” Em relação aos alunos, conforme Daniele, muitos relataram ganhos em autoestima, autonomia e perspectiva de futuro. Ela complementa ainda que, ao final dos cursos, é possível perceber “um sentimento de conquista, pertencimento e desejo de continuidade nos estudos”. 

 

IFRS no EJA/EPT

Com o objetivo de ampliar o acesso, a permanência e a conclusão na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Programa EJA/EPT busca oferecer uma educação integrada à formação profissional e alinhada aos arranjos produtivos locais. Para participar, as instituições interessadas precisam apresentar uma proposta em prazo definido por edital do MEC. Se selecionadas, recebem os recursos necessários para a oferta de turmas. O IFRS foi selecionado em dois editais e organizou a oferta de cursos nos anos de 2022, 2024 e neste ano de 2025.

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