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De estudante para estudante: Júlia Tascheto Berlatto entrevista Ana Luiza Royer Annoni
“A análise de websites tornou o meu olhar mais crítico”, diz a aluna Ana Luiza Royer Annoni
Estudante do Técnico em Viticultura e Enologia fala sobre a experiência de participar de projeto de pesquisa no Instituto Federal – Campus Bento Gonçalves.
Por: Júlia Tascheto Berlatto
(2º ano do Curso Técnico em Administração)
Quando se pensa em Viticultura e Enologia logo se imagina uma videira carregada com uvas de boa qualidade, um enólogo elaborando um produto e/ou uma pessoa degustando um excelente vinho. Mas essa área vai muito além disso. Viticultura e Enologia envolve toda uma região geográfica da qual se colhe bons frutos. Também desperta o interesse de diversos turistas. Isso nos leva a um ramo que está em ascensão nos dias atuais: o enoturismo.
A divulgação nos mais diversos meios de comunicação faz com que cada vez mais as pessoas se encantem com o mundo do vinho, sendo esta uma das primeiras portas de entrada para que alguém queira conhecer determinada região enoturística.
Ana Luiza Royer Annoni é estudante do Técnico em Viticultura e Enologia do IFRS – Campus Bento Gonçalves. Ela, juntamente com outros bolsistas, voluntários e a orientadora do projeto, Hernanda Tonini, desenvolveram o projeto “Modelo de análise de websites de regiões enoturísticas”. O projeto consistia em analisar as informações e características dos websites institucionais das principais regiões de enoturismo do Brasil e do mundo, a fim de construir um modelo de análise que atenda às mais diversas necessidades do consumidor na atualidade.
A entrevistada, com apenas 15 anos, começou a adentrar o mundo de pesquisas e projetos. Hoje, aos 16 anos, Ana Luiza cursa o 2º ano do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio e nos conta um pouco sobre como foi a sua experiência de participar de um projeto de pesquisa que a transformou como ser humano e estudante.
Onde você estudou antes de ingressar no IFRS? Quando e por que surgiu seu interesse em ingressar no Campus Bento Gonçalves?
Estudei, anteriormente, na Escola Estadual de Ensino Médio Elisa Tramontina. No meu ponto de vista eu tanto era, como ainda sou, uma estudante organizada e dedicada. Meu interesse em ingressar no Campus Bento Gonçalves foi surgindo no ano de 2020, quando minha mãe me incentivou a estudar no IFRS. Acredito ter sido mais um interesse vindo dela.
Por que escolheu o curso Técnico em Viticultura e Enologia? O que levou você a escolher essa área técnica? Quando você ingressou no curso, pensava atuar na área?
Creio ter escolhido o curso Técnico em Viticultura e Enologia pelo fato de meu avô ter trabalhado bastante com uvas e videiras. Isso me levou a ter contato com essa área desde muito nova. Também considerei o fato de morarmos em uma região onde se tem grande valorização de vinhedos e de vinhos, além de existir uma grande porcentagem de seu consumo. Tudo isso acabou me influenciando e me levando a escolher essa área técnica.
Quando ingressou no IFRS, você já sabia da possibilidade de participar de projetos de pesquisa/extensão no campus? Você já pensava em participar de algum projeto?
Eu fiquei sabendo dessa possibilidade através dos encontros virtuais durante o período de aulas remotas, que tínhamos antes de retomarmos as aulas presenciais. Assim que fiquei sabendo dos projetos, logo no começo, não fiquei tão interessada e não era algo que eu queria muito. Mas, logo após a divulgação dos editais com os mais variados projetos, eu comecei a pensar que seria legal participar de algum. Foi então que eu me inscrevi.
Conte-me um pouco sobre o projeto que você desenvolveu. Qual era o objetivo do projeto e quais foram os resultados alcançados ou pretendidos do projeto?
Meu principal objetivo, bem como minhas expectativas, era obter novos conhecimentos voltados ao meu curso. O nome do projeto do qual eu participei como voluntária era “Modelo de Análise de Websites de Regiões Enoturísticas”. Ele tinha como objetivo analisar os websites das regiões enoturísticas do Brasil e do mundo, para que todos nós pudéssemos ter uma visão geral dos sites. Com isso, era possível ver o que podia ser melhorado para que o desenvolvimento do enoturismo tomasse um impulso. O projeto, através das informações que estariam no site, também dava ao visitante uma melhor escolha de planejamento para a sua viagem.
Para desenvolver seu trabalho no âmbito do projeto, que tarefas você precisou realizar? Consultou muitos artigos científicos? Trocou ideias com outros pesquisadores e bolsistas?
Além de participar das reuniões semanais que tínhamos, eu tive que ler alguns artigos sobre enoturismo e assim entender melhor o projeto que eu estava me envolvendo. Também tive que preparar apresentações sobre assuntos específicos; escrever, por exemplo, uma introdução sobre enoturismo; entre outras tarefas. Sempre que eu tinha alguma tarefa para entregar, eu pedia para minha coordenadora do projeto se o que eu tinha feito estava bom ou se eu precisava melhorar alguma coisa. Não foi preciso usar nenhum laboratório ou fazer algum experimento.
Como a sua participação no projeto influenciou no seu crescimento como estudante e como ser humano em formação? Que conhecimentos e competências você considera que adquiriu e desenvolveu ao longo da sua experiência como bolsista?
Fazer parte do projeto de pesquisa foi uma experiência totalmente nova para mim. Sinto que pude aprender bastante coisa. A análise de websites acabou tornando meu olhar mais crítico. Quanto a termos relacionados ao assunto, pude ter uma vasta experiência, além de aprender a utilizar editores de textos e planilhas.
Você considera importante o desenvolvimento de pesquisas por alunos do Campus? De que forma essa experiência agrega na formação do estudante?
Acredito que sim, considero importante. Esse tipo de desenvolvimento de pesquisa não somente agrega na formação dos pesquisadores, mas também faz com que outros estudantes adquiram novos conhecimentos. Isso tudo acaba incentivando os alunos a desenvolverem seus próprios projetos. Acredito que o projeto em si agregue bastante na formação acadêmica do aluno.
Quais são seus planos futuros? Você pretende continuar desenvolvendo projetos e participando de ações de pesquisa?
Em relação ao futuro, eu pretendo seguir na área do turismo ou da enologia. Acredito que eu vá tomar esta decisão depois que eu fizer o meu estágio. Já, em relação aos projetos, pretendo sim continuar desenvolvendo e participando; tanto que eu até me inscrevi na continuação do projeto do qual participei anteriormente e relatei aqui.
Você acabou comentando sobre a continuidade do projeto. Qual é a ideia desta continuidade? Como irá funcionar?
Sim, irei continuar participando. Eu até já fiz a entrevista e fui selecionada, mas desta vez foi como bolsista. O nome do projeto é “Qualidade dos Websites de vinícolas da região de Bento Gonçalves”. Eu acredito que irá seguir o mesmo modelo do projeto anterior.
Sua participação no projeto produziu impactos para seu futuro? Que conselhos você daria para um estudante que está ingressando no Campus? Deixe uma breve mensagem motivacional para os alunos interessados em ingressar no Campus.
Em relação ao futuro, o projeto me dá uma melhor escolha de qual área eu quero fazer meu estágio. Dentre elas estão o enoturismo e o enomarketing. Quanto aos interessados em ingressar no Campus, sugiro que logo no 1º ano se inscreva em projetos que o Instituto Federal oferece. Além de ser uma experiência muito legal, você irá adquirir muito conhecimento, o que nunca é demais. O IFRS – Campus Bento Gonçalves oferece uma aprendizagem excelente. Com isso, existe uma grande variedade de projetos que abrangem todas as áreas do conhecimento. São diversas as oportunidades. Então, estude e leia bastante, sempre com muita dedicação. Acredite nos seus sonhos e faça eles acontecerem!
Entrevistas das semanas anteriores:
- “Eu me descobri como pessoa”, diz a bolsista Allana Canacar Biscaia(Allana Canacar Biscaia é entrevistada por Heloiza de Oliveira)
- “Eu aprendi a me identificar como ser humano”, diz Juan Farias sobre sua experiência de participação em projetos no Campus Bento Gonçalves do IFRS (Juan Alexandre Pereira Farias é entrevistado por Gabrielle Ferronato Lütz)
- Estudante fala sobre suas experiências como participante de projetos promovidos pelo IFRS (Júlia Paese Faccin é entrevistada por Eduardo Franceschina Nunes)
- Tecnologias no Campus Bento Gonçalves proporcionam mais oportunidades para os estudantes(Brenda Luísa Dupont Sauthier é entrevistada por Ana Carolina Piacentini)
- A participação em projetos do IF é capaz de alterar o caminho a se seguir como profissional (Emanuela Marcon Bagnara é entrevistada por Sophia Chagas)