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Napne e Neabi utilizam atividade artesanal para abordar questões relacionadas à identidade, ao pertencimento e à inclusão


O Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) realizaram no dia 16 de agosto uma ação conjunta abordando os seguintes temas: identidade, pertencimento e inclusão.

Na ocasião, a Coordenadora do Neabi, Sirlei Bortolini, ministrou uma “oficina de confecção de boneca negra”, trazendo para a atividade a reflexão sobre essas temáticas. Participaram da atividade alunos que estudam no Campus e familiares, além do monitor que atua no Napne, Nicolas Lavinicki, que deu apoio aos estudantes com necessidades específicas.

O modelo de boneca mais representado em nosso meio cultural é o da loira de cabelos lisos, com olhos azuis e a cor da pele clara. Porém, com essa representação as crianças negras perdem sua referência, sentindo-se excluídas do meio social, e não valorizam sua beleza. Por isso, depois de muitas lutas e conquistas, as bonecas negras começaram a aparecer no mercado. Hoje podemos encontrar diversos modelos nas prateleiras das lojas e as mudanças de visual e conceitos começam a aparecer, comenta Sirlei.

Ela explica que, devido à temática envolver a inclusão em seu aspecto mais abrangente, o trabalho aconteceu em conjunto com o Napne, para uma sensibilização sobre a questão da inclusão em todos os âmbitos e níveis.

A professora que atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE) no Napne, Rosangela Silveira Garcia, considera que “ações como essas dão força à construção de uma cultura da inclusão, essencial para que não precisemos – em algum momento de nosso futuro – de leis para garantir o pertencimento e a visibilidade daqueles que hoje estão excluídos, e de palavras para designá-los”.

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