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Professora do campus participa da 39ª Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
A professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves, Cláudia Soave, contemplada com fomento interno do IFRS para afastamento, e a professora Daniela Corte Real (CAPES/PROSUC), ambas estudantes do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade de Caxias do Sul (PPG-EDU) participaram da 39ª Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), realizada de 20 a 24 de outubro de 2019, em Niterói/RJ. O evento teve como tema Educação pública e pesquisa: ataques e resistências.
A Associação Nacional de Pós-Graduação em Pesquisa em Educação (ANPED) é uma entidade sem fins lucrativos que tem por finalidade o desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura, dentro dos princípios da participação democrática, da liberdade e da justiça social. Dentre seus objetivos destacam-se: fortalecer e promover o desenvolvimento do ensino de pós-graduação e da pesquisa em educação, procurando contribuir para sua consolidação e aperfeiçoamento, além do estímulo a experiências novas na área; incentivar a pesquisa educacional e os temas a ela relacionados; promover a participação das comunidades acadêmica e científica na formulação e desenvolvimento da política educacional do País, especialmente no tocante à pós-graduação.
As professoras Cláudia e Daniela apresentaram o trabalho Antígona: ante o silêncio e o clamor do coro (povo) – reflexões sobre educação, política, estado e redes sociais no Grupo de Trabalho 05 (GT05) – Estado e Política. Provocaram os presentes a partir de uma apresentação considerada “fora dos padrões” e inovadora, na qual abordaram a necessidade do equilíbrio configurado na figura do coro (povo) na tragédia grega e na atualidade, analisando implicações na atuação docente (Antígona). Trouxeram para o debate discursos que ressaltam a importância da participação política e equilibram silêncio e manifestação, observada a articulação entre a necessidade de cuidado de si, como forma de contraconduta, e do conhecimento como resistência, entendendo que, mesmo não havendo solução conciliatória, Coro/povo e Antígona/professores podem protagonizar ações com prudência e ativismo.
Durante a semana de realização da 39ª Reunião Cláudia e Daniela entregaram para os professores Sílvio Gallo (da UNICAMP) e Boaventura de Souza Santos (UPorto) os livros: Formação de Professores na Educação Latino-Americana e Educação e Emancipação do Pensamento Latino-Americano, organizados pelos professores Geraldo Antonio Da Rosa, Amarildo Luis Trevisan, Margarita Sgró, Cláudia Soave e Daniela Corte Real, publicados pela EDUCS e lançados em 2018, no I Seminário Internacional Educação, Biopolítica e Formação de Professores na América Latina & II Jornada Interuniversitária de Pós-Graduação em Educação Brasil/Argentina (I SIBFORP & II JPPGE), promovidos pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Os livros são resultado da Missão Acadêmica Brasil-Argentina (2017), realizada sob a coordenação dos professores Geraldo e Amarildo em parceria com a UNICEN – Tandil/AR e UNTREF – Buenos Aires/AR.
Cláudia, que participou pela primeira vez da ANPED Nacional, descreve sua participação como uma rica experiência que permeia a realização do doutorado. Além de ser um momento oportuno para apresentar e compartilhar reflexões decorrentes das pesquisas de sua tese, juntamente com as da colega Drª Daniela Corte Real, caracterizando a junção de investigações dentro das duas linhas de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGEdu-UCS): História e Filosofia da Educação e Educação, Linguagem e Tecnologia. As investigações de ambas se articularam para serem apresentadas diante de experientes pesquisadores e colegas de profissão, integrando discussões atuais na esfera da educação, que necessitam de constantes reflexões e ações.
Nesse aspecto, Cláudia conclui que fazer parte do evento e desse movimento contribui para valorização de sua pesquisa, para a qual recebe o apoio de afastamento do IFRS, e abre perspectivas para seguir confiante na realização do trabalho como docente e pesquisadora, mesmo diante de condições que podem se mostrar adversas, mas que dependem de engajamento e comprometimento permanentes com a pesquisa, com o ensino e com a sociedade.
