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Instalações da Estação Experimental de Tuiuty foram pauta de reunião do Comapa


Na quarta-feira, dia 20, o Conselho Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Comapa) realizou, pela manhã, uma reunião no Campus Bento Gonçalves. A pauta do encontro esteve concentrada nas possibilidades de utilização das instalações do abatedouro da Estação Experimental de Tuiuty.

De acordo com o Diretor de Administração do Campus, Thiago Grassel dos Reis, foi uma oportunidade de apresentar o relatório da Comissão encarregada de elaborar estudo sobre a viabilidade de utilização das instalações do abatedouro da Estação Experimental de Tuiuty para atividades de ensino, pesquisa e extensão e ouvir a comunidade externa sobre a questão.

As discussões no Comapa indicaram a percepção de que a matriz produtiva regional é baseada na fruticultura, em especial a viticultura, e que a produção animal está reduzindo com o passar do tempo. “O Conselho não vislumbrou oportunidades de utilização do abatedouro por terceiros, tendo em vista também os altos custos necessários para adequação e custeio do espaço, comparados à baixa demanda de utilização”, explica o Diretor de Administração.

Para além dos integrantes do Comapa, no qual o Campus é representado pelo Diretor-geral, Rodrigo Otávio Câmara Monteiro, a reunião contou com as presenças do Reitor do IFRS, Júlio Xandro Heck, e do Procurador-chefe, Albert Caravaca, da Procuradoria-Geral Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União, que atua junto ao IFRS.

A reunião contou também com as seguintes participações: Secretário Municipal de Desenvolvimento da Agricultura, Volnei Christófoli; Extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Neiton Perufo; Coordenador do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Cristiano Selbach; Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cedenir Postal; Presidente do Sindicato Rural da Serra Gaúcha, Elson Schneider; Gerente da Agência Agro do Sicredi Serrana, Marcelo Bettoni; Supervisor das Inspetorias de Defesa Agropecuária-  Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado do RS, William Augusto Smiderle.

 

Sobre os trabalhos da Comissão

Instituída pela Portaria 138, de 14 de julho de 2021, a Comissão encarregada de elaborar estudo sobre a viabilidade de utilização das instalações do abatedouro da Estação Experimental de Tuiuty para atividades de ensino, pesquisa e extensão apresentou o relatório para a Direção-geral do Campus em 22 de dezembro de 2021. No relatório, além do histórico da obra e a situação das questões sanitárias, ambientais e fiscais, a Comissão apresentou cenários para utilização do espaço.

O primeiro cenário levantado foi quanto à utilização do espaço conforme a sua concepção inicial, ou seja, como abatedouro de suínos e aves. Esse cenário seria o que necessitaria de maiores investimentos iniciais para adequação dos fluxos internos de processamento e abate, estimados em R$ 1 milhão. Além disso, os gastos com custeio seriam incrementados em aproximadamente R$ 200 mil.

Outro cenário estudado foi quanto à ativação apenas do abate de aves. Os investimentos seriam menores, porém ainda na faixa de R$ 200 mil, além de um incremento de R$ 160 mil nos gastos com custeio para utilização do espaço.

Além destas alternativas de ativação efetiva do abatedouro pelo Campus, ainda foram levantados outros dois cenários possíveis: a utilização do prédio para outras atividades de ensino, pesquisa, extensão e administrativas ou a concessão do prédio para uso de terceiros.

Após análise do relatório, foi levantado o interesse da comunidade interna e externa na ativação do abatedouro. Em reunião com os docentes da área foi constatado que a necessidade didática da ativação do abatedouro não traria uma efetiva melhora no processo de ensino das disciplinas envolvidas, pois podem ser substituídos por outras formas de apresentação, não justificando a aplicação dos recursos financeiros estimados.

O Diretor-geral do Campus explica que atualmente a gestão, em conjunto com os servidores docentes e técnicos que atuam na área, está avaliando o melhor uso daquela estrutura. Uma das possibilidades é que continue sendo, prioritariamente, um “laboratório” da área animal, a exemplo da sala de manuseio, embalagem e armazenamento de ovos e também de processamento de mel, mas não chegamos, ainda, a uma definição. É necessário mais discussões, esclarece Rodrigo Monteiro.

 

 

 

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