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Estudantes participam de visita técnica em Santa Catarina


Entre os dias 14 e 16 de março os estudantes do último semestre do curso de Tecnologia em Viticultura e Enologia realizaram uma visita técnica aos vinhedos e às vinícolas localizadas em Terroirs de Altitude de Santa Catarina. A visita foi realizada pela professor Leonardo Cury, sendo que ocorre desde 2011.

De acordo com o professor, a visita proporciona aos alunos uma visão diferenciada de uma parte da vitivinicultura brasileira, pois os mesmos não têm muito contato durante o curso, mas apresenta grande importância na vitivinicultura nacional. “Proporcionar aos alunos estes momentos de integração entre eles e poder dividir experiências com enólogos, que outrora foram nossos alunos, é uma oportunidade ímpar e deve ser mantida” reafirma Cury. Neste ano, estas experiências puderam ser ainda mais marcantes com a participação do professor Alexandre da Silva, que explorou temas voltados à Economia Rural naquele ambiente. A visita teve início no dia 14 na Vinícola Abreu Garcia, em Campo Belo do Sul, em uma altitude de 1.100 metros em relação ao nível do mar. A comitiva foi recepcionada pelo enólogo Leonardo Ferrari, egresso da instituição, que apresentou ao grupo as metodologias de marcação de cachos no campo e acompanhamento de maturação das bagas. Na mesma oportunidade o professor Cury realizou uma prática de degustação de bagas, que pode ser realizada pelos alunos, de forma individual, nas demais visitas durante a viagem. Após a visita ao campo os alunos puderam acompanhar os sistemas de vinificação e realizar uma avaliação sensorial dos produtos da vinícola, com participação direta dos alunos nas descrições.

No dia 15 pela manhã os estudantes e professores foram recepcionados pelo pesquisador da Epagri, Emílio Brighenti, que mostrou a coleção de variedades autóctones italianas e resistentes (PIWI) sob condição de altitude de 1.400 metros, ambas atividades em parceria com institutos de pesquisa italianos e alemães. Os alunos tiveram a oportunidade de avaliar sensorialmente vinhos elaborados de variedades viníferas e resistentes, e desta forma compará-los e perceber que realmente não há diferenças entre os vinhos. “Pudemos ter a grata surpresa de avaliar e comprovar a inexistência de sabores e odores provenientes da grande maioria das variedades híbridas existentes no mercado”, relatou um dos estudantes. No período da tarde a visita foi nos vinhedos da Empresa Leone di Venezia e foram recepcionados pela enóloga Maikely, que mostrou as condições de maturação e sobrematuração das uvas autóctones italianas produzidas na vinícola em vinhedos com 1.250 metros de altitude. Ao fim do dia a proprietária dos Vinhedos do Monte Agudo recepcionou o grupo e lá pode-se realizar uma visita aos vinhedos sob sustentação em Ípsilon sob cobertura de telas anti-granizo e acompanhar a maturação das bagas nas variedades Merlot e Cabernet Sauvignon em vinhedos com 1.200 metros de altitude.

Por fim, no último dia de visita técnica, o grupo pode visualizar uma condição diferenciada, em vinhedos com altitude média de 950 metros, de propriedade de Ana Paula Zilli, da marca Serra do Sol Vinhos Finos, sob sustentação em Ípsilon e espaldeira de variedades autóctones italianas. Neste ambiente pode-se realizar degustações de bagas, acompanhamento de maturação e houve uma grande discussão sobre as diferenças econômicas e técnicas entre os vinhedos em um meso Terroir. No período da tarde o grupo foi recepcionado pela Enóloga Flavia Cavalcanti, também egressa do campus Bento Gonçalves, que mostrou o projeto proposto pela vinícola Thera, em que os alunos puderam vivenciar a recuperação de vinhedos e uma proposta de vinhos de butique referenciada e de grande magnitude em relação aos investimentos a serem realizados.

Ao finalizar a visita técnica os estudantes puderam contribuir com críticas e houve um momento de discussões acerca dos vinhedos e vinícolas visitadas e, neste mesmo momento, tanto o professor Alexandre, como o professor Leonardo puderam fazer um fechamento. “A visita é de fundamental importância para a vida acadêmica e profissional do aluno e uma grande oportunidade de contatos para futuros projetos profissionais e institucionais entre as empresas visitadas”, finaliza Cury.

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