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Secretaria de Meio Ambiente firma parceria com IFRS para o Projeto “Florescendo para a Vida”


“Era uma vez duas seres: um bebê, uma árvore. Ambos tinham a mesma idade e cresceram juntos, ajudando a restaurar o equilíbrio ambiental”. Esse pequeno mini-conto ou fábula muito sintética estabelece os valores éticos sobre o projeto da Secretaria do Meio Ambiente “Florescendo para a vida” que incentiva os cuidados para com as espécies do reino vegetal. Em tempos de sustentabilidade, onde essa palavra torna-se sinônimo de vida, a ação ganha contornos de cidadania, de princípios que norteiam a coexistência entre humanos e a natureza.

Criado pela Leis Municipais n° 4.227 e n°. 5.098 de 2007 e 2010, o projeto, que tem também como parceiro o Hospital Tacchini, transformou-se numa rede de cooperação para os ecossistemas. Desde o plantio e cuidados até a entrega às famílias, configura-se o processo de preservação da natureza, dando visibilidade às questões que permeiam as urgências para com o planeta. Assim, uma muda de árvore é disponibilizada aos pais do bebê, convidando-os a plantar um futuro melhor para as gerações, após a alta hospitalar.

Neste ano, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves integrou à ação potencializando esforços para a biodiversidade. Participando das atividades educacionais e de práticas dos alunos de disciplinas do Curso de Agronomia, as mudas de árvores nativas, como pitangueira, araçá e araucária, que são espécies de clima temperado, estão sendo cultivadas.

A iniciativa germinou quando uma aluna da instituição de ensino realizou estágio na Secretaria e entrou em contato com o projeto. Ela levou as sementes para a professora de Fruticultura e Silvicultura, Andressa Comiotto.

Assim, as sementes das árvores nativas e as garrafas pet são fornecidas pelo órgão, e o IFRS com o substrato e o viveiro no acompanhamento do desenvolvimento e transplante das mudas. Semestralmente, em torno de 100 estudantes participam do processo, formando uma rede ecológica em prol da sustentabilidade, da conscientização e da preservação, pois, após serem doadas às famílias, vão compensar a fauna.

“É preciso resgatar o contato com o verde, de reestabelecer essa conexão. O projeto tem esse viés afetivo de cultivar os cuidados juntos, criança e árvore. Vemos movimentos em prol desse estreitamento de relações com a natureza. A agenda internacional está preocupada com esse afastamento, mas temos tempo para restaurar. A semente vai transformar a coexistência das próximas gerações e o ‘Florescendo para a Vida’ traz a mensagem e o estímulo”, destaca a professora Andressa.

Ainda precisa de mais algum tempo para serem entregues as mudas para as famílias. A previsão é de mais um ano. A coordenadora da Educação Ambiental da SMAMM, Caroline Lazzarotto Todeschini, destaca que o projeto cresceu com a integração do IFRS e auxilia a mitigar os impactos ecológicos.

“É uma estratégia de sensibilização para combater a destruição da vida terrestre. Estamos vivendo uma fase emergencial de ações que possibilitam o restauro do equilíbrio dos ecossistemas. É um dever moral, pois a interdependência com a natureza atravessa a história humana. ‘Florescendo para a Vida’ expressa seu protagonismo frente a realidade sustentável e conjunta que fala diretamente à origem de tudo”, destaca Caroline.

O Secretário de Meio Ambiente, Volnei Tesser, foi o criador do projeto nos idos de 2007. A primeira bebê a ter sido agraciada tem o nome de Clara Regina. Para ele, a iniciativa, que também tem um viés afetivo, converge para mitigar os impactos negativos do desmatamento.

“O objetivo é proporcionar as crianças a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento de uma árvore juntamente com o seu, além de conscientizar sobre a importância de preservar do nosso ecossistema. É preciso estreitar a relação entre o ser humano e a natureza desde pequenos, principalmente nessa era das telas, onde se distancia os verdadeiros valores da vida, que nasceram desta interligação desde tempos imemoriais. Assim, o projeto cria um espaço de fomento para o despertar para a salvaguarda de nosso patrimônio maior que é a natureza”, destaca Volnei.

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