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Estudantes do 3º ano de Meio Ambiente conhecem o Parque Natural Morro do Osso


No dia 13 de dezembro de 2022, a turma do 3º ano do curso Técnico de Meio Ambiente realizou saída de campo onde puderam conhecer o Parque Natural Morro do Osso em Porto Alegre. O grupo foi acompanhado pela professora Carmynie Barros e Xavier.

No local os alunos puderam reconhecer um dos espaços naturais mais importantes da capital gaúcha, o olhar atento frente às medidas protetivas pode provocar a reflexão sobre como sensibilizar toda a sociedade diante de Unidades de Conservação. O Morro do Osso conta com 143m de altura, faz parte da cadeia dos morros graníticos existentes em Porto Alegre e localiza-se próximo à margem do Lago Guaíba. O parque possui 220 hectares de área natural e constitui-se num importante reduto biológico, praticamente isolado pela urbanização de diferentes bairros  da zona sul da cidade, adjacentes ao morro. Para entender como é o funcionamento do Parque, a engenheira agrônoma e gestora local, Claudia Ruschel, realizou palestra evidenciando a importância e contextualização do espaço, permitindo a compreensão não só dos Biomas Mata Atlântica e Pampa, como também dos atributos dos mesmos, tais como as diversas espécies da flora e fauna em risco de extinção presentes no Parque. Também foi realizada uma caminhada pela trilha de educação e interpretação ambiental, orientada pelos servidores Rubilar Jobim e Antônio Gadenz.

Historicamente a criação do Parque Natural Morro do Osso foi resultante de uma demanda da população, em especial dos moradores dos bairros lindeiros e de ambientalistas. Em vários atos públicos na metade da década de 1980, eles reivindicaram a criação do parque devido ao variado conjunto de atributos naturais e embasados no Plano Diretor vigente na época, que classificou o local como “área de preservação ecológica” (LC n° 43, de 21 de julho de 1979).

A área do morro, principalmente em seu topo e em algumas encostas, foi, até a década de 1980, alvo de exploração de pedreiras. Estas atividades eram acompanhadas por queimadas, corte de vegetação e abertura de vias para o transporte das pedras feito por caminhões e carroças. A partir da década de 90, um dos maiores problemas para o Morro do Osso passou a ser a expansão urbana, que praticamente cercou a área prevista para o parque, tornando-a insular, com a retirada de vegetação florestal para a construção de casas e condomínios fechados.

Estes empreendimentos são responsáveis, atualmente, pela maior derrubada de árvores, pois as construções ocupam, muitas vezes, mais de 90% da área de cada terreno. Para a formação do estudante, tais pontos colaboram com o reconhecimento das medidas que garantem um amparo de preservação dos componentes da Unidade de Conservação situado em centro urbano.

Os estudantes puderam compreender que o bem estar nas cidades, no contexto urbano, muitas vezes está vinculado ao contexto florestal e à preservação dos ecossistemas. As Unidades de Conservação são grandes protetoras de nascentes e mananciais que formam bacias hidrográficas e que, por sua vez, abastecem grandes cidades. Ou seja, a aproximação dos alunos do curso de meio ambiente evidenciou até mesmo as possibilidades de atuação profissional deles, desde como efetivar a criação de unidades de conservação; políticas e medidas para a preservação dos ecossistemas; realização de pesquisas científicas específicas sobre manejo e educação ambiental na busca pela conservação do meio ambiente.

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