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Alternativas forrageiras para o Planalto Médio do RS


Em 2017, com apoio da EMBRAPA Gado de Corte – Campo Grande/MS, o professor Jorge Nunes Portela, alunos do curso de Zootecnia e servidores do Campus, criaram um grupo de pesquisa em forrageiras tropicais perenes utilizadas para alimentação de gado de leite, com intenção de estudar a viabilidade destas forrageiras e sua resistência ao clima da região.

O grupo trabalhou com 8 diferentes cultivares de panicum maximum jacq: tanzânia, aruana, mombaça, gatton panic, massai, tamani, zuri e quênia.

Após o plantio, as forrageiras levaram cerca de 3 meses para atingirem a altura de pastejo pela primeira vez e posteriormente demonstraram crescimento intenso. A produção surpreendeu ao grupo, sendo que algumas cultivares, como a zuri e a quênia, chegaram a completar 9 ciclos de pastejo (atingiram altura de corte por 9 vezes) durante os 5 meses de experimento (3 meses de verão e 2 meses do outono) e tiveram uma produção total de 16,5 kg e 17,5 kg de matéria seca por hectare no ano de implantação. Destaca-se que o período de implantação da pesquisa foi mais chuvoso do que a média histórica, o que pode ter causado a morte da cultivar tanzânia, que foi acometida por um fungo (o bipolaris maydis).

Durante o outono, na mesma área, deu-se continuidade à pesquisa a fim de verificar a possibilidade de consórcio entre estas forrageiras perenes de verão com forrageiras anuais de inverno. Foram semeadas por sobressemeadura: aveia preta, azevém, centeio, trevo vesiculoso e ervilhaca. As áreas com cultivares de verão que melhor disponibilizaram a produção de matéria seca das forrageiras de inverno foram as das cultivares aruana e gatton panic. E a forrageira de inverno que demonstrou melhor resultado em produção e persistência neste consórcio foi o azevém.

Ao passar o inverno constatou-se a irresistência das cultivares massai e tamani. A cultivar massai não sobreviveu ao frio e a tamani sofreu grandes prejuízos com a geada, provavelmente por ter sofrido desfolhação pouco antes, levando muitos meses para voltar a produzir.

Ao iniciar a primavera seguinte, em outubro de 2018, cinco cultivares de panicum maximum (quenia, zuri, aruana, mombaça e gatton panic) começaram a atingir altura de corte novamente e seguiram com farta produção de forragem por 7 meses. As cultivares gatton e mombaça tiveram uma produção de matéria seca acima de 30.000kg/há e as outras três atingiram cerca de 28.000 kg/há.

Sobre o grupo de pesquisa em forrageiras tropicais perenes utilizadas para alimentação de gado de leite: O grupo de pesquisa, iniciado em 2017, já produziu seis Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), uma Dissertação de Mestrado e atualmente conta com a colaboração de alunos dos cursos superiores em Zootecnia, Agronegócio e Agronomia e do curso Técnico em Agropecuária. Ainda, estão em andamento quatro novos TCCs e iniciaram-se estudos para pesquisar outros gêneros de forrageiras de verão e de inverno.

*TCCs concluídos: Janaína Sauthier, Jéssica Rampazzo, Michelen Teixeira, Ricardo Durante, Renan Endres e Wagner Escher.

*Dissertação concluída: Jamile Sada, Med. Veterinária do IFRS – Campus Sertão.

*TCCs em andamento: César Pilonetto, Eduardo Silva, Giordana Stumer e Maiara Zancan.

Alunos voluntários: Ana Cristina Vivian, Artur Zanin, Cleidiane Corral, Darlan Cesca, Duane do Nascimento, Eduardo Cusin, Iasanã Girardi, Jordan Zago, Maiara Falcade, Maria Isabel Bammesberger, Pablo Winkel, Renan Filippi, Renata Affeldt, Rodrigo Napp, Tainã Girardi, Vinicius Casagrande, Wagner Agostini e William Santiago.

 

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