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[Dia dos Povos Indígenas] Mostra Artística expõe trabalhos de estudantes sobre a etnia Kaingáng


Para celebrar o dia nacional dos povos indígenas (19 de abril), a disciplina de Artes do curso Técnico em Comércio – modalidade Proeja – promoveu uma Mostra Artística composta por trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, a maioria deles da etnia Kaingáng (que residem na Vila do Incra, em Sertão). A Mostra foi organizada no saguão do prédio central e também contou com trabalhos de estudantes do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio.

Conforme a professora de Artes Elisa Iop, o principal objeto de estudo foi a etnia Kaingáng e a lenda dos gêmeos Kame e kanhru. “A tradição dos Kaingáng diz que os primeiros da sua nação surgiram do solo (por isso tem a cor da terra) chefiados por dois irmãos, Kame e Kanhru. Esses dois irmãos e a sua gente criaram as plantas e os animais e povoaram a terra. Tudo nesse mundo pertence ou à metade Kame ou à metade Kanhru, conhecendo-se a sua descendência já pelos traços físicos, pelo temperamento, sendo também visíveis nas marcas (rá) presentes na pintura corporal kaingáng e nas cestarias e/ou balaios. Os kanhru possuem o rá fechado, ou circular (ror), e os Kame possuem o rá aberto ou em formato de riscos abertos (téj), conforme nos explicam estudantes indígenas Kaingángs do Curso Técnico em Comércio – Modalidade Proeja.  Essas duas metades, exogâmicas, patrilineares, complementares e assimétricas, Kame e Kanhru, ainda hoje influenciam a forma de organização social do povo Kaingáng, assim como os grafismos presentes na pintura corporal e nas cestarias” explica Elisa.

Os estudantes do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio foram convidados a recriar as marcas que representam as duas  metades do povo kaingáng (kame e kanhru) e, os do curso Técnico em Comércio Modalidade Proeja (não indígenas), a compreenderem a arte do trançado e da tecelagem Kaingáng mediante a realização da tessitura em papel.

Na Mostra Artística também foram apresentados objetos artesanais produzidos pelos estudantes da etnia Kaingang, cestarias, filtros dos sonhos e cocares.  Na abertura da Mostra, no dia 19 de abril, os presentes tiveram a oportunidade de assistir a apresentação de uma dança/cântico Kaingáng. A Mostra ainda conta com fotografias dos vestígios da “Casa Subterrânea de Tradição Taquara Kaingang” que fica na área da instituição (ainda sem comprovação científica).

Elisa agradece aos estudantes da etnia Kaingáng por compartilharem seus conhecimentos e o apoio da Coordenação do Técnico em Comércio – Modalidade Proeja e deixa o convite para a comunidade acadêmica prestigiar a Mostra Artística.

 

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