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Projetos ambientais são tema de parceria entre prefeitura e Campus Canoas


Parcerias envolvendo projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre questão ambiental começaram a ser tratadas entre a prefeitura de Canoas e o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Na manhã desta quarta-feira, dia 23, o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Gustavo Rabaioli da Silva, esteve na instituição para conversar com pesquisadores do instituto. A intenção, além de replicar em órgãos da prefeitura alguns projetos já instalados no campus, é ampliar a parceria entre as duas instituições públicas com capacitação de servidores municipais e desenvolvimento de pesquisas em busca de soluções para questões práticas e reais demandadas pela cidade.

Recebido pelo diretor-geral, Mariano Nicolao, o secretário visitou o campus passando pelas novas instalações e pelas áreas de conservação ambiental existentes nos 52 mil metros quadrados onde está instalado o IFRS, no bairro Igara III. A professora Daniela Rodrigues da Silva, integrante da equipe de professores, explicou sobre o projeto Metamorfose, que é desenvolvido desde 2011 no Campus Canoas. O projeto envolve desde a arborização da unidade até a discussão de temas sobre consumismo, por exemplo. A intenção é ampliar as ações envolvendo a prefeitura que, desde o início do Metamorfose, tem se envolvido com doação de plantas, desenvolvimento de composteiras e envio de palestrantes para eventos no IFRS.

Com ações sendo planejadas para o próximo ano, o Metamorfose, atualmente catalogado como projeto de Ensino, prevê a possibilidade de atuar na formação de professores da Rede Municipal na questão da sustentabilidade. Dessa forma, os professores do instituto podem desenvolver cursos conceituais nas áreas de química e biologia, por exemplo, para dar maior aporte teórico e prático para que novos projetos sejam fomentados nas escolas de Canoas.

_ Nós também podemos atender a algumas demandas. Se a Administração Municipal perceber algo que precise de pesquisa, podemos ajudar. Estamos planejando as ações do próximo ano e podemos dar suporte _ indicou Daniela.

_ De qualquer forma, podemos apresentar um escopo de programação para que a prefeitura avalie como pode se inserir nos projetos, como palestrantes, por exemplo, e no que podem receber e colocar em prática nossa pesquisa. Afinal, essa é nossa vocação e parte de nossa finalidade: entregar à comunidade o retorno do que uma instituição pública de ensino recebe na forma de impostos _ explicou o diretor Mariano.

 

IFRS pode ajudar em demandas práticas da cidade

Com cerca de 1 mil estudantes, o Campus Canoas do IFRS pode ser considerado um centro de pesquisa para questões práticas cotidianas que necessitam de soluções. Durante a reunião, a coordenadora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, professora Jaqueline Terezinha Martins Corrêa Rodrigues, ressaltou que o campus está à disposição da comunidade:

_ Temos vários estudantes interessados em atuar nessa área [meio ambiente]. Eles estão sempre procurando demandas para pesquisar, casos reais que precisam de solução. Nós os direcionamos para casos práticos, não teóricos. É preciso que o conhecimento aqui gerado seja aplicado.

A coordenadora também relatou que vários estudantes da pós-graduação em Gestão de Projetos, já no primeiro semestre, relataram que estão mobilizados para que seus projetos de conclusão de curso envolvam questões reais e que possam ajudar à comunidade, que estão recebendo uma capacitação gratuita e que querem fazer algo para a cidade.

_ É interessante que uma instituição pública tome essa iniciativa e nos procurar. Somos frequentemente solicitados por outras instituições privadas e, por vezes, temos de enfrentar questões jurídicas. Há necessidade de editais que tornam o processo eventualmente mais moroso… Dessa forma, de instituição pública para outra pública, fica mais fácil _ sublinhou o secretário.

_ É uma questão cíclica. Nossos estudantes trabalham na pesquisa aplicada. O que estudamos têm de acontecer. Entendemos e fazemos um trabalho teórico, mas a viabilidade dessas ações é muito importante para nós, enquanto instituição pública _ ressaltou Mariano.

 

Experimentos prevem estação meteorológica e gerador eólico

Também presente na reunião, o professor Érico Kemper, um dos coordenadores do projeto Pátio de Projetos, que, além de outras atividades, capta a água da chuva para uso nos banheiros, limpeza e irrigação, explicou como funciona o processo no campus. Ele lembrou que pretende-se também a implantação de uma estação meteorológica na escola. Outra possibilidade que está sendo tratada entre os pesquisadores do IFRS é a construção de um minigerador de energia eólica, principalmente envolvendo os cursos de Eletrônica e Automação Industrial e, futuramente em um curso de Engenharia no campus.

_ Não será um gerador, mas se pudermos gerar energia para uma sala de aula já teremos material para pesquisa. Além disso, dispositivos como esse não são difíceis de desenvolver se compararmos a um motor de combustão, por exemplo _ explicou o professor.

_ Certamente precisamos de projetos inovadores. Não temos recursos financeiros suficientes, mas precisamos cada vez mais de projetos para que possamos ir em busca desses recursos. Com certeza, vai haver parcerias e vamos fazer muitos projetos juntos _ garantiu o secretário.

 

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