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Pesquisa de docente do Campus apresenta novo método de suporte à educação de adultos mais velhos


A docente do Campus Sertão Lis Ângela De Bortoli, em parceria com as pesquisadoras Ana Carolina Bertoletti De Marchi (Universidade de Passo Fundo) e Barbara Barbosa Neves (Sydney Centre for Healthy Societies da University of Sydney), desenvolveram um estudo focado na educação de adultos mais velhos, o qual foi publicado no Journal of Education and Information Technologies (EAIT) nesta quinta-feira, 19/12. O periódico é internacionalmente reconhecido por abordar a intersecção entre educação e tecnologia e é publicado em parceria com a UNESCO e o Comitê Técnico de Educação da Federação Internacional para Processamento de Informação (IFIP).

A pesquisa apresentou uma abordagem pioneira chamada Agil-Idade, que utiliza princípios da cultura ágil para promover o aprendizado contínuo e o engajamento significativo desse público. A cultura ágil busca aprimorar a agilidade, flexibilidade e eficiência nos processos de trabalho, tornando-os mais adaptáveis às mudanças do mercado. De acordo com Lis Ângela De Bortoli, o Agil-Idade visa oferecer uma estrutura de educação não formal que valorize a colaboração e o compartilhamento de experiências. “Nosso objetivo foi desenvolver uma proposta educacional que apoie o aprendizado ao longo da vida, incentivando a satisfação pessoal e o engajamento dos participantes”, explicou.

Desenvolvimento e resultados do estudo

O estudo foi realizado em parceria com o Centro de Referência e Atenção ao Idoso (Creati) da UPF e contou com a participação de seis adultos, com idades entre 60 e 83 anos, ao longo de 14 semanas. Lis relata que o processo de pesquisa incluiu co-design, levantamento bibliográfico e mapeamento de literatura. As análises envolveram questionários, entrevistas semiestruturadas e métodos mistos de análise de dados, combinando ferramentas como o ATLAS.ti e a inteligência artificial.

Os resultados destacaram melhorias significativas em áreas como colaboração, comunicação, engajamento e satisfação pessoal, conforme a docente.  “A pesquisa demonstrou o potencial da cultura ágil para aprimorar práticas educacionais, contribuindo tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para o avanço da literatura sobre educação não formal voltada a adultos mais velhos”, destaca.

Novo projeto

A pesquisa de Lis terá aplicabilidade direta em 2025 no Projeto de Extensão “Envelhecimento Saudável: ações na comunidade do Englert”, desenvolvido pelo Campus Sertão com o Grupo de Idosos de Engenheiro Luiz Englert. O projeto é coordenado pelo professor Emerson de Oliveira com a colaboração da docente.

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