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NEABI promove formação com a temática “Reflexões acerca dos estudantes afro-brasileiros e indígenas: o papel do docente”


O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus Sertão realizou um encontro com o objetivo de valorizar a história e a cultura afro-brasileira e dos povos indígenas do Brasil. O evento foi organizado para a formação docente de sexta-feira, 28 de julho, no turno da tarde, e contou com palestras abordando temas como identidade, história, língua e desafios do Povo Kaingang, além de propostas didático-metodológicas para abordar a temática indígena nas escolas e a importância da educação antirracista.

De acordo com a Resolução n° 21, de 25 de fevereiro de 2014, que regulamenta os núcleos de estudo afro-brasileiros e indígenas dos IFRS, a atividade tinha como objetivo promover a reflexão e capacitação de servidores para conhecer e valorizar a história e cultura dos povos africanos, da cultura afro-brasileira e da cultura indígena no país.

Além das palestras, o encontro também promoveu uma intervenção cultural com membros da comunidade indígena vizinha da Instituição, contando com a participação de alguns estudantes indígenas do Campus. “A ação teve como intuito valorizar a diversidade e a importância da cultura indígena, proporcionando um sentimento de pertencimento aos indivíduos dessa comunidade dentro da instituição pública de ensino”, aponta o coordenador do NEABI do Campus, professor Leandro Friedrich.

A programação iniciou com a intervenção cultural e na sequência o professor Danilo Braga proferiu a palestra “Povo Kaingang: identidade, história, língua e desafios”. Danilo é graduado em História pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), mestre e doutorando em História Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi professor de história, geografia e língua Kaingang na Terra Indígena Ventarra de 01/08/2014 a 05/2023 e atualmente atua como chefe da divisão técnica na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), coordenação de Passo Fundo.

Em seguida, a professora Maria Inês de Freitas fez uma fala sobre a temática indígena nas escolas e propostas didático-metodológicas. Graduada em Pedagogia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), Maria Inês é especialista em Educação de Adultos na Perspectiva da Educação Popular e mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, é estudante de Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atua como coordenadora regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e é a primeira mulher indígena a chefiar a superintendência da FUNAI no Rio Grande do Sul.

Encerrando a programação, a professora Francisca Izabel da Silva Bueno palestrou sobre educação antirrascista. A palestrante é licenciada em Ciências e Biologia, especialista em supervisão escolar e orientação educacional, especialista em direitos humanos e educação. É professora aposentada da rede estadual e trabalhou junto à Secretaria de Educação do Estado na trilha antirracista no ano de 2022. Atualmente, é mestranda em Educação pela Universidade de Passo Fundo e é conselheira municipal de saúde da mesma cidade. Tem experiência na área de educação, pesquisa e extensão, produção de material didático e formação de professores, militante e ativista do movimento negro, associada da Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN), além de atuar como membra da comissão de heteroidentificação do Campus.

O evento foi uma oportunidade de provocar reflexões sobre as temáticas e contribuir para a formação docente, além de reforçar o compromisso do Campus  em promover a valorização da diversidade cultural brasileira e a inclusão de diferentes perspectivas em sua comunidade acadêmica.

Fotos: Roberto Sander

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