Ensino
Batata-doce biofortificada do Campus pesa 6,5 quilos
No Campus Sertão, desde 2013, o Setor de Agricultura I (horta) cultiva bata-doce biofortificada e, entre outros resultados, colhe raiz com 6,5 quilos (foto).
A colheita é destinada ao refeitório da Instituição e faz parte do cardápio de estudantes e servidores. Contudo, devido à suspensão das atividades presenciais*, somente ontem, dia 15 de julho de 2020, foram doados 224 quilos de batata-doce biofortificada às entidades cadastradas na Chamada Pública.
A cultura da batata-doce é trabalhada na disciplina de Olericultura, na qual os estudantes recebem informações sobre a cadeia produtiva, desde o estabelecimento até a colheita, com foco no rendimento e na qualidade nutritiva diferenciada do alimento biofortificado. Os discentes participam de todas as etapas de cultivo, iniciando na escolha do material para propagação das mudas e finalizando com a colheita.
A batata-doce biofortificada apresenta rendimento significativo, é possível colher até 20 kg de raiz por planta. Entretanto, quando cultivada com espaçamento acima do recomendado as raízes apresentam tamanho diferenciado com peso de até 6,5 kg por raiz, como ocorrido nessa safra. Por outro lado, com espaçamento de 50 cm entre linhas por 50 cm entre plantas na linha, o peso das raízes é de 0,4 a 1,2 kg.
Ao longo dos anos, o Campus já distribuiu mudas da cultivar para aproximadamente 3.000 famílias, com o intuito de divulgação e multiplicação. As distribuições ocorrem em Dias de Campo e aos alunos interessados. A batata-doce biofortificada tem boa aceitação, recebendo muitos elogios devido suas características após o cozimento, além de ser cremosa, apresenta coloração alaranjada e sabor diferenciado.
Saiba mais: A biofortificação é uma técnica surgida, a partir de 1990, nos Estados Unidos com o objetivo de prevenir ou suplementar a deficiência de micronutrientes e vitaminas em espécies cultivadas, permitindo uma possibilidade sustentável e de baixo custo para alcançar as populações mais carentes. Alimentos biofortificados são resultantes do melhoramento de plantas da mesma espécie, por meio da seleção e cruzamento de materiais até a obtenção de cultivares com maior teor de ferro, zinco e pró-vitamina A; bem como, de características desejadas quanto à cor, textura e sabor.
No Brasil, os primeiros trabalhos tiveram início a partir do ano 2000. As espécies cultivadas com essa característica são abóbora, arroz, batata-doce, mandioca, feijão e milho. A rede BioForte, com a coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é a responsável pela pesquisa de alimentos biofortificados e difusão para que chegue aos produtores e consumidores. O objetivo do trabalho dessas Instituições é permitir que os agricultores trabalhem com cultivares biofortificadas de espécies com qualidade e aceitação no mercado de alimentos que fazem parte da dieta da população, permitindo incremento de minerais e vitamina que contribuem na saúde.
Informações: Eidi Alfredo Denti, Professor de Olericultura I e II
*A instituição vem periodicamente avaliando o cenário de disseminação do novo coronavírus, o que tem motivado a manutenção da suspensão de atividades presenciais. O Campus está atuando prioritariamente com atividades remotas, mas há atividades presenciais (como as que envolvem o cuidado de animais e plantas, vigilância e manutenção). A retomada de todas as atividades de forma presencial depende de um cenário de maior segurança para estudantes e servidores.