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Acadêmicas de Licenciatura em Ciências Biológicas vivenciam experiências em educação inclusiva e eventos científicos
Estar inserido no meio acadêmico é também participar ativamente de eventos, visitas técnicas e outras atividades que ampliam o conhecimento para além da sala de aula. Foi com esse espírito que as estudantes do terceiro semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Sertão, Gabriela Cristina Lins Superti e Elisane Lorenço Neitzke, participaram de diferentes vivências formativas nos meses de maio e junho.
Em maio, as alunas visitaram a Associação de Pais e Amigos dos Surdos (APAS), em Passo Fundo, e participaram do encontro “Libras e o Universo Surdo”, ministrado por Monique Reveilleau. Durante a atividade, puderam conhecer mais sobre a cultura surda e a proposta das escolas bilíngues, que facilitam a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes. Como destacou a palestrante, a iniciativa busca promover a inclusão e o respeito às especificidades linguísticas da comunidade surda.
Na ocasião, Gabriela e Elisane foram “batizadas” com um sinal, uma tradição significativa na cultura surda. Esse “nome visual” é atribuído por uma pessoa surda com base nas características de quem o recebe e torna-se sua identificação na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Uma vez atribuído, o sinal é único e permanente, funcionando como uma forma de pertencimento à comunidade.
As estudantes estiveram acompanhadas pela professora Alexandra Ferronato Beatrici, responsável pela disciplina de Didática II, que enfatiza a importância de vivências em espaços de educação não formal para a formação de futuros docentes.
Já nos dias 4, 5 e 6 de junho, as acadêmicas participaram do evento “II ConectaBio e III SacBio”, realizado na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim. Durante o encontro, assistiram a palestras sobre temas diversos, como o papel da mulher na ciência, desenvolvimento de vacinas, epigenética, biodiversidade e mudanças climáticas no Sul do Brasil.
Além das palestras, Gabriela e Elisane participaram de minicursos sobre Ilustração Científica, Bioinformática – da sequência à estrutura, e Introdução à Macroevolução. Para Gabriela, o evento representou uma experiência transformadora: “o ConectaBio tem sido, desde a sua primeira edição, uma vivência enriquecedora. É um evento que nos tira da rotina e nos convida a refletir sobre a ciência e nosso futuro profissional. Amplia horizontes, permite conexões e nos inspira a fazer parcerias, trocar experiências e repensar nossos caminhos”.
No mesmo evento, Elisane também teve a oportunidade de apresentar um trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), intitulado “Atividades práticas para o ensino de animais invertebrados e vertebrados no Ensino Médio”.
“Foi especial para mim apresentar, porque tive a chance de compartilhar uma experiência que tem transformado minha forma de ver a docência. Foi um momento de troca, aprendizado e orgulho por fazer parte de um projeto que realmente faz a diferença na formação de futuros professores”, afirmou a estudante.