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Setembro Surdo Intercampi: Campus Sertão sedia oitava edição do evento


No silêncio que fala e na palavra que se desenha em gestos, o Campus Sertão viveu, no dia 19 de setembro de 2025, uma experiência de encontro e partilha que vai além das barreiras da língua. O 8º Setembro Surdo Intercampi celebrou o Dia Nacional das Pessoas Surdas, valorizando a cultura surda e a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Participaram do evento estudantes surdos, estudantes e professores do curso técnico em Tradução e Interpretação de Libras do Campus Alvorada, além de estudantes, intérpretes de Libras e docentes do Campus Ibirubá. Integram a Comissão Organizadora do 8° Setembro Surdo Intercampi, a professora de libras do Campus Sertão, Andreia Mendiola Marcon, o professor Francinei Rocha Costa e a intérprete Sabrine de Oliveira  do Campus Ibirubá, com apoio da Direção-Geral, diretorias de Ensino, de Pesquisa e de Extensão, Napne e Departamento de Assistência Estudantil do Campus Sertão.

A programação, que iniciou pela manhã com acolhida e café partilhado, foi marcada por momentos de emoção e aprendizado. Palestras, relatos de experiências e a socialização de projetos deram corpo ao evento, que também foi permeado por instantes de convivência, como o passeio pelo campus e os cafés coletivos. O passeio foi uma atividade realizada pelo projeto de extensão Visita Guiada, coordenado pelo professor Sergiomar Theisen.

De acordo com a professora de libras do Campus Sertão, Andreia Mendiola Marcon, as atividades desenvolvidas possibilitaram um dia de intensa interação, incluindo a apresentação de trabalhos acadêmicos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. “Essas ações proporcionaram um espaço de integração, troca de experiências e valorização da produção científica surda, reforçando a importância do evento para a formação acadêmica e profissional”, destaca.

Na palestra magna, a professora Tatiane de Souza, da Associação Desportiva e Cultural dos Surdos de Passo Fundo, destacou a importância da educação bilíngue para surdos na região Norte, provocando reflexões sobre os desafios e possibilidades de ampliar a inclusão.

O período da tarde foi dedicado à troca de experiências entre diferentes campi do IFRS, evidenciando estratégias de ensino de Libras e práticas de interpretação para alunos surdos. O encerramento trouxe agradecimentos, mas também deixou no ar a sensação de continuidade: a certeza de que cada gesto e cada palavra compartilhada ressoam como sementes de transformação.

Para a docente Andreia, o ponto forte do evento foi a interação entre surdos, intérpretes, docentes e a comunidade do Campus Sertão. “O evento promoveu não apenas a socialização, mas também o fortalecimento do compromisso com a inclusão e acessibilidade no contexto acadêmico. Além disso, a diversidade de atividades permitiu que todos se sentissem acolhidos e engajados”, observa. Andreia comenta que a organização do Setembro Surdo avalia que o evento trouxe resultados positivos para todos os envolvidos, fortalecendo a integração acadêmica e cultural das pessoas surdas no Instituto, e, sugere a continuidade da iniciativa, ampliando ainda mais a divulgação e buscando consolidar o evento Intercampi Setembro Surdo como um espaço permanente de encontro, diálogo e construção coletiva entre os diferentes campi.

 

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