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Trocas que transformam: Campus Sertão apresenta projetos no 9º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS
Integraram a delegação do Campus Sertão 24 servidores e 82 estudantes. O evento aconteceu no Campus Bento Gonçalves nos dias 05 e 06 de dezembro. A programação do 9º Salão incluiu os seminários de Iniciação Científica e Tecnológica (Sict); de Extensão (Semex); de Educação Profissional e Tecnológica (Semept); de Pós-Graduação; e de Internacionalização, Sessão de Indissociabilidade e as mostras de Inovação e Tecnologias (MIT), de Protótipos Automotivos e de Arte. Ocorreram também os encontros de Educação a Distância, de Periódicos e Alumni, a Feira de Sabores e Saberes, a Exposição do NuMem: História e Memória do IFRS.
O princípio básico do jornalismo é contar histórias, ouvir os mais diversos pontos de vista, dar voz aos personagens do cotidiano. É por isso que você, leitor, vai estranhar esta notícia. Não só por este início que ignora aquelas perguntas básicas que devemos responder logo no início de um texto jornalístico (quem, o que, como, onde, quando e por que), mas pelo relato em primeira pessoa. Quando planejava a cobertura e a matéria sobre a participação do Campus Sertão no 9º Salão de Pesquisa, Ensino e Extensão, percebi que a minha experiência como estreante no maior evento do IFRS também ajuda a contar a história desta edição. Dezesseis anos como jornalista do Campus Sertão e, só agora, em 2024, participo pela primeira vez do Salão. Enquanto estreante, posso definir a experiência como encantamento. O evento renova o ânimo, areja os pensamentos e faz sentir muito orgulho de ser IFRS. Não tem como passar pelo Salão e não sair alguém diferente, querer fazer diferente, fazer a diferença.
Experiências
Na delegação do Campus Sertão, muitos bolsistas compartilharam comigo a experiência inédita, como é o caso do bolsista Antonio Augusto dos Santos, do projeto “Peçonhentos e Venenosos”. Ele classifica a experiência como enriquecedora. “O Salão proporciona uma troca de conhecimentos intensa. A gente aprende e também passa os nossos conhecimentos para outros estudantes. É uma experiência que todo bolsista deve ter, principalmente pela possibilidades de network”, diz.
Antonio destaca a organização e a recepção calorosa que as delegações encontraram, mas conta que o que mais chamou sua atenção foi a diversidade. “Ver o pessoal cantando, num clima de muita integração, poder conhecer projetos e ideias fora da caixa, foi maravilhoso”, aponta. O bolsista conta que está no 10° semestre da graduação em Agronomia e este é o último ano como bolsista do projeto. Por esta razão, a participação no 9º Salão tem um significado especial. “As pessoas sempre relacionam os animais peçonhentos e venenosos a coisas ruins e o projeto é justamente para ensinar o que fazer quando encontrar esse animais, as formas corretas de agir. Poder transmitir o conhecimento do projeto e mostrar a importância daquilo que tanto estudamos é muito gratificante. Ver o rosto de cada um ao descobrir coisas novas é muito bom, vou sentir muita saudade de ser bolsista”, comenta. Ele agradece ao coordenador do Departamento de Extensão, Dagmar Tamanho, à Pró-Reitora de Extensão Marlova Benedetti e à professora coordenadora do projeto até o início de 2024, Luciani Figueiredo Santin pela oportunidade.
Além dos novatos, também integram a delegação do Campus muitos veteranos, os quais participaram pela segunda, terceira, quarta vez, pois quem participa sempre quer voltar. É o caso do bolsista Wallace Santini, do projeto “Desenvolvimento de associações de glufosinate com herbicidas inibidores da protox”. O bolsista participou pela primeira em 2021, no formato on-line do Salão, devido à pandemia. No total, foram quatro participações no Salão.
O bolsista classifica sua primeira apresentação, em 2021, como desafiadora. “Estava com medo, inseguro, frio na barriga, era no formato on-line foi minha primeira apresentação oficial para um público, mas no fim deu tudo certo”, conta.
Na opinião de Wallace, suas participações proporcionaram uma evolução constante. “A cada salão você amadurece mais, perde o medo de ser julgado, o medo de se comunicar para a plateia e o principal objetivo depois disso é repassar de forma mais breve possível para os ouvintes qual é o principal objetivo da sua pesquisa e o que você concluiu com ela”.
Ele destaca que todos os trabalhos apresentados são resultado de meses de dedicação e marcaram sua caminhada. “Teve um trabalho que eu levei em 2023 no qual comparamos um herbicida genérico e um referencial e depois misturas deles com herbicidas auxínicos no controle de duas plantas daninhas e foi marcante para mim pelo fato que eu estava no caminho certo e decidido que a área da ciência das plantas daninhas é a que eu quero seguir na minha carreira profissional, então você apresenta o trabalho com um entusiasmo, com paixão”, revela.
E muito além das trocas de conhecimento, a interação com professores e colegas também é fundamental. Para Wallace, a integração proporciona uma compreensão mais profunda de conceitos, “além de abrir portas para novas oportunidades de aprendizado e colaboração e a construção de uma rede de apoio que pode ser valiosa ao longo da vida acadêmica e profissional”, aponta.
O impacto dessas experiências na carreira é determinante para a construção da trajetória, como observa o bolsista. “O IFRS não apenas me ofereceu uma base sólida de conhecimento, mas também me desafiou a expandir meus horizontes e a desenvolver habilidades essenciais para a pesquisa científica. Esse ambiente do salão me permitiu descobrir minha paixão pela ciência, além de me proporcionar uma visão crítica e analítica que tem sido crucial tanto na minha formação quanto nas minhas escolhas profissionais. Com isso, a experiência no IF não só abriu portas para minha carreira acadêmica e profissional, como também moldou minha postura em relação ao trabalho e à busca constante por conhecimento”, destaca.
A delegação do Campus
Com muita expectativa, perrengues e entusiasmo, bolsistas e coordenadores dos projetos do Campus viajaram na manhã de quinta-feira (05/12) e retornaram no final da tarde de sexta-feira (06/12). Foram necessários dois ônibus e uma sprinter para transportar os 24 servidores e 82 estudantes da delegação do Campus.
E por falar em números, a edição de 2024 é a maior já realizada, reunindo 1.400 estudantes e servidores dos 17 campi e da Reitoria. Em dois dias, foram apresentados 843 trabalhos de diferentes níveis: ensino médio, superior de graduação e pós-graduação.
A programação do 9º Salão incluiu os seminários de Iniciação Científica e Tecnológica (Sict); de Extensão (Semex); de Educação Profissional e Tecnológica (Semept); de Pós-Graduação; e de Internacionalização, Sessão de Indissociabilidade e as mostras de Inovação e Tecnologias (MIT), de Protótipos Automotivos e de Arte. Ocorreram também os encontros de Educação a Distância, de Periódicos e Alumni, a Feira de Sabores e Saberes, a Exposição do NuMem: História e Memória do IFRS. O evento teve também um Espaço Kids e a Diretoria de Planejamento e Obras montou um espaço de divulgação do Programa de Eficiência Energética.