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Encerrada 4ª Mostra de Cinema do Campus Canoas, que ocorreu de 7 a 9 de outubro
Entre os dias 7 e 9 de outubro ocorreu a quarta edição da Mostra de Cinema do Campus Canoas (Mocicca), com a exibição de curtas e longas-metragens, além de palestras, oficinas e diversos debates.
As atividades iniciaram com a apresentação do documentário em longa-metragem chamado Um filme de BR, com direção de Wender Zanon. Este filme encerra a trilogia dedicada às transformações urbanas de Canoas (RS), iniciada em 2021, sendo que os outros dois filmes participaram de edições anteriores da Mostra. Um filme de Br dialoga com diversos personagens que tem suas vidas entrelaçadas à BR-116, no trecho que corta a cidade de Canoas, rodovia que, ao mesmo tempo, divide a cidade ao meio e é um local de encontros e memórias.

Seguindo a programação do primeiro dia, tivemos o cine-debate Olhares sobre as juventudes, com a exibição dos curtas-metragens O pior ainda está por vir, de Felipe Iesbick, e Dias de Camus, de Cecília Schroeder Catarino. Apesar dos contextos históricos diferentes, ambos tratam de como a juventude enfrenta as questões de seu tempo. Por isso, o debate incluiu a psicóloga Jeani Correa Barcellos, visando a caracterizar a juventude enquanto fase do desenvolvimento humano.
No segundo dia de mostras, aconteceram duas sessões em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi). A primeira, o cine-debate intitulado Espaço, memória e ancestralidade, com a exposição dos documentários em curta-metragem Prazer, Mato do Júlio, de Romir Rodrigues, e Retomando Raízes, de Andresa Paiva. O primeiro apresenta a última grande área verde da região metropolitana, localizada no município de Cachoeirinha, conhecida por Mato do Júlio, a partir das várias memórias que habitam aquele espaço. Faz parte dessas memórias a comunidade índigena Mbya-Guarani, que ali estabeleceu um movimento de retomada da área. É exatamente esta retomada e a compreensão de mundo dos Mbya-Guarani que é apresentado no segundo curta. São, portanto, produções que se completam.
A segunda sessão conjunta com o Neabi foi o cine-debate Olhares necessários, apresentando os curtas Fobia, de Adrielle Figueiró, e O tempo, de Ellen Corrêa. Ambas são realizadoras negras e apresentam em seus filmes abordagens de conteúdo e estéticas que, de formas distintas, dialogam com a complexidade das subjetividades marcadas pelas questões raciais e os processos que envolvem a construção da identidade negra na nossa sociedade.
A terceira sessão da Mostra no dia 08/10 foi a Retrospectiva Alex Domingues, que iniciou sua carreira ainda estudante da rede municipal de Canoas e, atualmente, é cineasta, artista visual e produtor cultural. Graduando em Artes Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sócio fundador da produtora O Estranho, assina a direção, roteiro e produção de várias realizações no audiovisual.
Fechando o segundo dia da Mostra, teremos a realização das oficinas Pensando em meu primeiro filme. Serão oferecidas cinco oficinas por profissionais de diferentes áreas da produção audiovisual. As oficinas oferecidas foram: Montagem, com Vitório Beretta; Direção, com Ulisses da Motta; Direção de arte, com Gianna Soccol; Som, com Ray Fisch; e Produção, com Alexandre Derlan. As oficinas foram abertas ao público.
No terceiro dia, no turno da manhã, em uma parceria entre o IFRS, por meio do projeto de extensão HQ e Audiovisual em processos pedagógicos e a produção do 3º Festival de Cinema de Canoas, ocorreu uma atividade de formação de professores da rede municipal de Canoas, abordando o tema educação e audiovisual.

Terceiro dia da Mostra, na tarde do dia 9/10/2025
Na tarde do dia 09/10, encerrando a 4ª edição da Mostra, tivemos duas ações. A primeira, a Sessão Prata da casa, com produções realizadas pela comunidade acadêmica do Campus Canoas que participaram de festivais anteriores. Foram apresentados os seguintes curtas-metragens: Prazer, Mato do Júlio, de Romir Rodrigues; O espelho, de Fernanda de Menezes Nunes; Suje-se gordo, de Henrique Campos Duarte; A carteira, de Maitê Bittencourt Ferreira; A igreja do Diabo, de Matheus Capellari; e A carteira, de Leonardo D’Avila Moura.
A segunda atividade foi a exibição de produções realizadas por estudantes do Curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo e do Curso Superior de Tecnologia em Produção Multimídia, do Campus Alvorada do IFRS.
Segue a programação, na íntegra:






