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Giordano Bruno é tema de palestra na 3ª Jornada das Humanidades


O tradutor das obras de Giordano Bruno para a língua portuguesa, o professor Dr. Luiz Carlos Bombassaro proferiu uma palestra na tarde desta segunda-feira, 21, no Campus Canoas do IFRS. Cerca de 100 estudantes dos terceiros e quartos anos dos cursos integrados ao Ensino Médio participaram do evento que faz parte da terceira edição da Jornada das Humanidades. Bruno foi um teólogo, filósofo, escritor, matemático, poeta, teórico de cosmologia, ocultista hermético e frade dominicano italiano condenado no ano de 1600 à morte na fogueira pela Inquisição romana com a acusação de heresia ao defender alegações consideradas erros teológicos.

Bombassaro é licenciado em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul, mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, doutor e pós-doutor em Filosofia pelas universidades de Heidelberg e Kaiserslautern. Ele atua na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia na Renascença, Filosofia da Educação e Epistemologia e História da Ciência. Na palestra de uma hora e meia, seguida de bate-papo, Bombassaro conseguiu fazer uma apresentação ao mesmo tempo técnica e crítica da vida e obra do autor.

Bruno é considerado uma das mentes mais brilhantes do seu tempo, capaz de desafiar os dogmas da igreja, fazer sínteses entre diferentes correntes religiosas, espirituais, espiritualistas, filosóficas e pagãs do Século 16, e questionar estabelecimentos políticos da igreja de então. É considerado por alguns como um mártir da igreja tendo contribuído para avanços significativos do conhecimento do seu tempo. Ele é conhecido por suas teorias cosmológicas, que conceitualmente estenderam o então novo modelo copernicano. Ele propôs que as estrelas fossem sóis distantes cercados por seus próprios planetas e levantou a possibilidade de que esses planetas criassem vida neles próprios, uma posição filosófica conhecida como pluralismo cósmico. Ele também insistiu que o universo é infinito e não poderia ter “centro”.

A partir de 1593, Bruno foi julgado por heresia pela Inquisição romana, acusado de negar várias doutrinas católicas essenciais, incluindo condenação eterna, a Trindade, a divindade de Cristo, a virgindade de Maria e a transubstanciação. O panteísmo de Bruno também era motivo de grande preocupação,[8] assim como seus ensinamentos sobre a transmigração da alma. A Inquisição o considerou culpado e ele foi queimado na fogueira no Campo de’ Fiori, em Roma, em 1600. Após sua morte, ganhou fama considerável, sendo particularmente comemorado por comentaristas do Século 19 e início do Século 20 que o consideravam mártir de ciência, embora os historiadores concordem que seu julgamento por heresia não foi uma resposta a seus pontos de vista astronômicos, mas sim uma resposta a seus pontos de vista filosóficos e religiosos.

A atividade foi coordenada pelo professor do Campus Canoas Vicente Zatti (abaixo, à direita).

 

*Com informações de Wikipedia 

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