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Cestas básicas são entregues para estudantes em situação de vulnerabilidade social


Buscando amenizar o impacto social causado pela pandemia Covid-19, a comunidade acadêmica do Campus Canoas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) arrecadou 161 cestas básicas na última semana na campanha Quarentena Solidária. As sacolas foram distribuídas nesta quarta-feira, dia 8 de abril, para estudantes cadastrados na Coordenadoria de Assistência Estudantil do campus e classificados como de alta e de extrema vulnerabilidade socioeconômica. Tais estudantes vivem com bem menos de um salário mínimo per capita na família. A arrecadação foi uma iniciativa do Comitê de Crise instalado na instituição no qual servidores se mobilizam para minimizar os impactos da situação de emergência que impõe isolamento social e, consequentemente, perda de receita para grande parte dos trabalhadores.

Uma das estudantes que compareceram na manhã desta quarta ao campus conta que a situação em sua casa complicou muito com a pandemia. Com dois filhos pequenos, ela sobrevive de faxinas, mas todos os clientes suspenderam as diárias. Sem receber pensão do pai das crianças, a estudante de 36 anos e moradora do loteamento Pôr do Sol vive de algumas economias e da ajuda de uma filha de 19 anos que não mora com ela mas é a razão de estar estudando.

_ Voltei a estudar há cinco anos para incentivar minha filha, que tinha 14 anos. Fiz o EJA (Educação para Jovens e Adultos) do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e tentei o vestibular por dois anos até que consegui entrar no Ensino Superior aqui no IFRS. E vou seguir estudando pois digo para ela que enquanto eu não desistir, ela também não pode desistir de estudar e ser alguém na vida _ conta.

Atualmente o Campus Canoas tem dezenas de estudantes em situação de vulnerabilidade (menos de um salário per capita). Eles são classificados como de baixa, média, alta e extrema vulnerabilidade. Este último grupo chega a ter estudantes que sobrevivem com cerca de R$ 100 per capita por mês. O Comitê de Crise ainda estuda uma segunda edição da campanha para poder atender também os alunos classificados como média e baixa vulnerabilidade.

A comunidade acadêmica agradece aos doadores e à empresa DryWood pelo transporte e cedência de funcionários.

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