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Professora do campus realiza viagem para conhecer o sistema educacional chinês
No mês de setembro, a professora do Campus Canoas, Cláudia Brum de Oliveira Fogliarini Filha, realizou visita à cidade chinesa de Xangai, com o intuito de saber mais a respeito do sistema de ensino oferecido pelo país na área de matemática.
Ao longo de duas semanas o grupo brasileiro, que totalizou onze pessoas, pode visitar quatro escolas de ensino médio, sendo que em três delas foi possível assistir às aulas e em uma surgiu a oportunidade de planejar o conteúdo a ser ministrado aos estudantes.
A ida de Cláudia para a China tornou-se viável a partir de sua participação na Olimpíada Brasileira de Professores de Matemática (OPMBR). Na edição deste ano, a professora obteve medalha de prata e, com auxílio de valor adicional do IFRS junto ao Mestrado Profissional em Matemática (Profmat), a viagem pode ser realizada.
De acordo com o relato da professora do campus, a China serve de modelo quando se trata do aspecto educacional, e isso se reflete, por exemplo, em suas altas colocações no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
O país asiático é referência mundial quando se trata de ensino e, dentre as razões para tamanho sucesso, estão o fato de ter elencado a educação como uma das prioridades dentro da pauta política, contribuindo para que fosse possível planejar e investir nessa área a longo prazo. Valorizar a carreira do professor e promover incentivo à formação docente tornaram-se, igualmente, pontos orientadores de um projeto de âmbito nacional.
Dentre os aspectos que Cláudia destaca como positivos na educação chinesa estão: períodos de aula com duração de 40 minutos; diariamente os estudantes recebem tema de casa para correção e apontamentos no próximo encontro da turma; aulas semanais intensas com aprofundamento nas temáticas; turno integral; proibição do uso de celular no ambiente escolar e acompanhamento aos professores recém formados por docentes mais experientes ao longo de um ano.
O uso cada vez mais presente de recursos tecnológicos também é outro fator importante para a escalada de desenvolvimento do ensino na China, visto que é por meio da introdução de formas diferentes de aquisição de conhecimentos que os alunos não se restringem apenas aos ensinamentos repassados em sala de aula, conectando-se cada vez mais, e de maneira mais próxima, ao mundo.
Aprender mais sobre o sistema educacional chinês e suas formas de abordagem, por meio da visitação às escolas, auxiliando, com isso, no desenvolvimento profissional, foram alguns dos objetivos que motivaram Cláudia nessa ida a um país tão distante e tão diverso do Brasil – “para além do meu conhecimento individual, destaco a importância dos resultados esperados com esta viagem: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino de matemática, promover o diálogo e a produção de pesquisa científica a partir das ações desenvolvidas nos projetos de ensino, pesquisa e extensão do Campus Canoas, estimulando a apresentação dos resultados em eventos científicos e a publicação de artigos”.
