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Professora Cláudia Fogliarini, do Campus Canoas, é medalha de prata em competição nacional de professores de Matemática


Apaixonada pela docência e pela matemática, Cláudia Brum de Oliveira Fogliarini Filha, 34 anos, conquistou a medalha de prata na Olimpíada Brasileira dos Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMbr). A professora do Campus Canoas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) é coordenadora do projeto de matemática
desenvolvido com professores e alunos no IFRS.

_ Estou muito feliz pela conquista. Foi uma oportunidade incrível participar da OPMbr. A matemática é fundamental, desenvolve o raciocínio lógico, é utilizada para parte econômica da vida, no gerenciamento familiar e contribui para a argumentação em discussões_ diz.

A harmoniosa relação de Cláudia com a matemática começou ainda na infância, por influência do pai, que a incentivava com jogos, desafios e quebra-cabeças. A professora classifica a atuação do pai como essencial para que ela perdesse o medo da disciplina.

_Normalmente na infância a matemática amedronta. Se cria um bloqueio muito cedo e isso prejudica o aprendizado. Fui para a
escola com o coração aberto para matemática. Não precisava estudar muito. Comecei a gostar, prestava atenção na aula e, quando chegava em casa, não precisava estudar a disciplina _ salienta.

Durante a fase de estudante, Cláudia participou de olimpíadas e eventos que discutem a matemática em outros Estados, como Rio de Janeiro.

_ Fui duas vezes ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Na época, ganhei urna bolsa paga pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). As olimpíadas foram muito importantes para a escolha da minha carreira.

Cláudia cursou licenciatura em matemática. Ela conta que, no início, não pensava na docência. A mudança veio quando realizou o primeiro estágio da graduação.

_ Minha ideia inicial era ficar exclusivamente na matemática, não pensava em ser professora. Quando fiz o estágio, me encontrei. Percebi que queria ser professora de matemática. Hoje, sou apaixonada pelo que faço.

Natural de Cachoeira do Sul, na região central, Cláudia mora em Canoas desde 2017.

_ Anteriormente, lecionei em Santa Maria. Estou no IFRS há sete anos. Acredito no poder do ensino da matemática. É possível gostar da disciplina. Quanto mais ela for valorizada nas escolas, mais o horizonte do aprendizado vai se expandir. A matemática
faz parte da vida de qualquer pessoa _explica.

 

Histórias gratificantes

Cláudia participou da OPMbr com 600 professores de matemática do Brasil. A competição foi dividida em três fases. Na primeira, os docentes realizaram provas dissertativas com cálculos. Passaram para a segunda fase 68 docentes. Nela, cada professor tinha que enviar um vídeo explicando os métodos utilizados de ensino e com depoimentos de alunos sobre as aulas
ministradas. Para última etapa, 20 professores se classificaram, entre eles, Cláudia.

_ Fizemos uma entrevista com o comitê OPMbr. Os dez primeiros ficaram com medalha de ouro e os outros dez, com a de prata. Estou contente com o resultado. Claro, gostaria de ter conquistado o ouro e a viagem para Xangai, na China. Será
um intercâmbio de duas semanas em uma das maiores escolas de formação do país. A China é muito avançada na matemática _ comenta.

O projeto de matemática do IFRS, criado em 2018, auxilia na preparação de alunos de escolas municipais e estaduais, do ensino fundamental e médio, para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Por ano, são atendidas cerca de 50 estudantes de 10 escolas de Canoas. Os alunos são orientados e preparados para provas na área da
matemática, com questões de múltipla escolha e cálculos dissertativos e argumentação.

_ Temos estudantes que passaram pelo projeto que conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze na OBMEP. Em alguns casos, o aluno seguiu carreira na matemática. São histórias lindas. É gratificante. A matemática também salva.

 

Texto: Taís Forgearini / Diário de Canoas

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