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Depoimentos


“A odisseia que percorri para alcançar lecionar no Campus Canoas do IFRS iniciou-se com o concurso de 2010, cujas sete vagas ficavam espalhadas por diferentes campi do Estado do RS. Eis que o destino quis que Canoas não fosse meu primeiro local de trabalho. Na metade daquele ano, lá estava eu em Sertão. Como assim Sertão? Onde fica? Perto do quê? Muito longe de Porto Alegre? Bendita a tecnologia e o Mr. Google – o pior carrasco da Barsa (meus alunos, com certeza, não sabem do que falo). Lá encontrei Sertão, situada entre as cidades de Passo Fundo e Erechim, no norte deste Estado, e hoje concordo com as palavras de Luiz Coronel: “uma vida não basta para conhecer o Rio Grande”. Após ter viajado da capital ao interior durante um semestre e conhecido outras estâncias e paisagens de coxilhas – relevo característico gaúcho tão estudado nas aulas de geografia e visto por mim apenas nas figuras dos livros didáticos ou nas imagens da televisão – estou certa de que o meu Rio Grande é o mundo como o sertão de Riobaldo…

Filha única, casada há três anos, lá fui com meus pais aposentados – e parceiros incondicionais – para Sertão. Os pastos de trigo, antes verdes nos tons mais variados, foram vistos por nós branquinhos de geada – inverno rigoroso que enfrentamos juntos -, dourados na época da colheita e, outra vez verdes, no plantio de milho ou soja – final do ano letivo: enfim, chegavam as férias no litoral. Esta época foi um pseudo-descanso, pois acessava meu email dia sim, dia também para ver se haveria uma possibilidade para vir lecionar em Canoas.

Acabou janeiro e nada… Começaram as aulas e eu de volta com meu pai para Sertão. Primeiro dia: um chororô no ombro das colegas e diretora. Segundo dia: atestado médico, eu havia passado mal do estômago desde as vésperas da viagem e piorei. Um final de semana de pausa para recuperação e chega o terceiro dia: mais choradeira, insegurança, saudades e o mal estar, mas não tive aula, pois era saída de campo para os alunos. Quinto dia: recebo a notícia tão esperada por mim desde o início daquele concurso, na forma de uma ordem, sim uma ordem formal e rígida que aos meus ouvidos soaram como a mais doce do mundo: “Segunda-feira deves estar em sala de aula no Campus Canoas”! Deus – essa foi a primeira imagem que passou na minha cabeça –, só algo divino poderia acontecer para eu realizar meu sonho que já parecia estar tão longe de se concretizar antes do final daquele famigerado estágio probatório.

A chegada em Canoas assemelhou-se a um conto de fadas daqueles com final feliz e perfeito das histórias infantis. Um Campus zero quilômetro, com novos colegas, novos alunos, novos cursos, cheio de trabalho por fazer e projetos borbulhando das cabeças dos professores para serem deitados ao papel e esperando por novas mãos dispostas a trabalhar em meio a tanta coisa ainda por fazer. E eu ali, já embebida por aquele clima de reuniões, propostas de cursos para a comunidade, participação nos projetos em andamento e demanda para propor mais e mais empreitadas voltadas ao ensino.

Hoje me sinto parte daqui. Todos os dias paro, olho ao redor e penso que eu estou fazendo parte de um começo; de uma história que mudará o destino de muitas pessoas desta região e de tantas outras regiões das quais recebemos alunos; enfim, componho um Instituto Federal que é parte de um projeto maior idealizado para o país como um todo em prol da educação.

Eu fui criada ouvindo que a educação é o melhor caminho. Hoje, como profissional desta área, não vejo outro modo para uma pátria chegar a ter um lugar de destaque mundialmente sem investir pesado em educação – bem este que ninguém pode tirar do seu próximo. Levamos o aprendido da escola para o nosso lar, para os nossos bate-papos com amigos, para o nosso local de trabalho – praticando então as teorias discutidas em sala de aula –, para onde formos, teremos matéria para discutir. Mesmo naqueles dias em que uma dor de cabeça não nos deixou prestar atenção no conteúdo explicado pelo professor ou algum problema de família nos tirou o foco da aula, mesmo assim, algo sempre ficará em nossas mentes: um sorriso, um “Bom dia!”, um convite para uma festa de aniversário, enfim, levaremos a formação intelectual além de outra habilidade primorosa: sermos seres sociais (e sociáveis também!), capazes de interagir como o outro e tomar decisões nos mais variados momentos de nossas vidas.

Em 2012, engravidei e fui a primeira servidora grávida do nosso campus. Por isso, minha história se mistura à própria história do Campus Canoas, já que a chegada do Nithael mudou para sempre a minha vida e pouco lembro da minha história pré-maternidade e pré-IFRS. O passado é difícil de ser lembrado, quando o presente é o IFRS Canoas, nele vieram muitas amizades, trocas enriquecedoras, aprendizado a cada novo dia, enfim, crescimento em todos os sentidos.

O Campus Canoas do IFRS, como local de formação do educando e por ser uma instituição pública, gratuita e de qualidade, tem um papel social importantíssimo não só para o município de Canoas, mas a toda comunidade e arredores, uma vez que muitos caminhos e destinos passarão por aqui como, por exemplo, a minha travessia que, finalmente, encontrou este locus amoenus que servirá de fonte fértil para o desenvolvimento de novas ideias, novas pesquisas, novos projetos, muito trabalho sempre visando este bem plural que é a educação.”

Dra. Sheila Katiane Staudt
Professora de Língua Portuguesa e Inglesa e Francesa

 


 

Daniele, Leonardo e Érika

“Sou a Daniele, ingressei no Instituto em 2011, no curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, aos 14 anos de idade, faltando apenas um mês para os 15. Sempre fui muito tímida e tive dificuldades em me relacionar e fazer novos amigos, mas quando entrei em uma turma com 40 pessoas completamente desconhecidas, que nunca tinham se visto, isso começou a mudar. Fiz muitos amigos que considero como irmãos, que estão comigo até hoje, mesmo 6 anos depois de termos nos formado. Mas em especial eu conheci a Érika, lembro que em uma atividade de integração na aula de matemática da professora Núbia, nós tínhamos que abraçar e apresentar um colega que fora sorteado anteriormente, e eu sorteei ela, nunca havíamos nos falado.

Durante os 4 anos em que estudamos no IF, sempre estivemos juntas, entre brigas e abraços, mas viramos mais que amigas, viramos irmãs. Sou grata ao Instituto por ter me permitido conhecer ela, mesmo cada uma tendo seguido um rumo, ainda somos muito próximas, hoje, ela é geóloga, eu estou quase me formando em psicologia. Fiz amizade também com o Leonardo da Rosa (em memória), que sempre foi um aluno muito aplicado e ativo nos projetos de pesquisas do campus. Aproveito este espaço para prestar minha homenagem e deixo esta foto minha, do Léo e da Érika, no dia do nosso ensaio de formatura, em 2014.

O ensino que o IFRS me proporcionou me permitiu chegar onde eu estou hoje, por mais que eu não tenha seguido na área de informática, só consegui bolsa de estudo na faculdade devido à qualidade do ensino e empenho dos professores que tive no ensino técnico.

Parabéns, Campus Canoas!”

Daniele Berlezi de Quadros
Formada na 1ª turma do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, em 2014

 


 

Foto: Arquivo pessoal

Encaminho o meu depoimento como mãe de ex- aluno da instituição, julgamos aqui em casa que eu seria a melhor para dar um relato da importância do IFRS na nossas vidas, mesmo sabendo que tal experiência seria difícil colocar em palavras.

Está em anexo também, uma foto significativa pra familia.

“O João Emilio é aluno oriundo de escolas municipais e estaduais, sempre pensamos que no ensino médio seria importante também uma qualificação profissional pois iria dar um diferencial no currículo.

Paralelamente ao ensino fundamental ele teve acesso a alguns cursos que davam mais suporte ao ensino tradicional. Ao cursar a antiga 8ª série durante o ano ele também fez um curso preparatório visando ingresso em um determinado colégio em Porto Alegre, como não houve o processo de seleção, partimos por uma busca no google com a procura “curso técnico grátis-ensino médio” e no topo das buscas apareceu o IFRS; não conhecíamos, mas através de pesquisas tivemos as melhores referências.

Moramos em outra cidade e o mais próximo era o de Canoas, feito as provas e obtida a aprovação. O próximo passo seria o deslocamento, pois dependia de 2 ônibus. Independente das dificuldades, foi a melhor escola em TODOS os sentidos, além de um ensino de qualidade, professores e equipe diretiva qualificados o ambiente físico excelente, os colegas comprometidos, encontramos ainda um olhar único para o João Emilio, professores que conversaram, orientaram e o apoiaram ao longo da caminhada e o resultado foi que ao concluir o curso conseguiu o ingresso numa instituição federal de curso superior (UFRGS). Sempre recomendo e destaco a importância dos Institutos Federais pela qualidade de ensino e possibilidades, bem como a oportunidade de mostrar que o ensino quebra barreiras econômicas e geográficas.”

Relato da mãe de João Emílio Soares Michalski
Formado no Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio em 2019

 


 

“Às vezes eu pensava que entrávamos muito novos em uma instituição totalmente diferente da maioria das escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental, mas hoje eu fico totalmente grata por ter experienciado isso cedo. O IF faz com que eu defenda o Ensino Público, porque dá totalmente certo. Mesmo com poucos estruturas (sem quadras ou laboratório de ciências naturais e sociais… isso nos anos em que estudei lá) eu não sinto como se faltasse algo na minha formação, porque a qualidade dos professores com quem tive aula supriram. Tive a oportunidade de participar de diversos projetos de áreas fora do meu curso, o que me proporcionou conhecer e optar por fazer o curso de História na graduação. Tenho um carinho imenso pelos coordenadores que tive e são inspirações para mim! 

Além disso, meu círculo de amizade é formado majoritariamente por pessoas que eu conheci lá. São pessoas incríveis!!! Mais um agradecimento são aos técnicos administrativos e demais trabalhadores terceirizados, extremamente simpáticos e me ajudaram muito quando eu precisei. 

Finalizando meu depoimento, o sentimento é de gratidão pela oportunidade de construir laços de amizades e de ter conhecido diversas cidades e até outro estado, tudo de maneira gratuita. O ensino público de qualidade é possível!!!”

Natália Maria Poock Delavequia
Formada no Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio em 2017

 


 

“Tenho a enorme honra de exaltar por meio destas palavras que, dessa década do Campus Canoas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, quatro anos preencheram minha vida toda até aqui. Ingressei em 2015 e até 2018 minha vida mudou, virou e se revirou de forma surpreendente. Espero ter humildemente sido uma peça desta
grande obra que ensinou e ensina seus alunos, professores e técnicos a serem cada dia mais profissionais.

Nada é de graça. Minha caminhada no instituto não foi fácil, passei por altos, baixos, loopings… e todos eles me fizeram perceber que nenhum esforço ia além da minha capacidade. Quanto maior era o desafio, mais capaz eu me percebia ser. Tornando-me, assim, mais que preparada para enfrentar batalhas que a vida traz conforme escolhas faço e que todos fazemos ao percorrer alguma estrada. “Se o fim é bom, também são os meios”, pensava eu. Continuo pensando e percebendo que é muito real isso.

Queria ser técnica em informática e sou, todavia seja essa uma denominação tão objetiva para todo o tipo de formação que a instituição me proporcionou e que ficará para sempre na minha história. Cada um(a) que trabalha no IF merece um troféu por dia! Afinal, eles(as) que fazem o IF. Além de temperarem histórias que por ali passam com sua excelência e competência, criam forças para se deixar inspirar pela vida “ifiana” que exige alto desempenho.

No cotidiano pode parecer tudo chato, um fardo… E é deste fardo que sai um guia pra ser independente, consciente, responsável e eficiente em todo chamado que for para vencer. Principalmente, vencer-se. Não venci o IF; venci no IF. Uma experiência pela qual muitos jovens e adultos deveriam ter o prazer de vivenciar. Por medo, tem gente que acaba nem tentando porque pode acabar pensando em desistir. Eu pensei várias vezes, quase até saí, mas de uma coisa eu sei: não me arrependo!

Hoje estudo Letras na UFRGS e com certeza descobri esta vocação no curso técnico em informática integrado ao ensino médio, pois é ensino técnico, ensino médio e de qualidade máxima que se expande a vários horizontes. Vale a pena, vale a história! Fazer parte do IF é uma troca que nunca será esquecida. Nada vai ser igual ao IF, nem ao lanche nem ao TCC nem às oportunidades grandiosas que essa maravilha me deu de brinde e jamais conseguirei recompensar.

Eterna gratidão a toda inspiração! VIVA O NOSSO IFRS!”

Gabriela Couto Glen
Técnica em Informática formada em 2018 no Campus Canoas do IFRS

 


 

Foto: Eduardo Pompermayer

“Meu nome é Bruno Rosa Pohren e entrei no IF em 2014 (me formei em 2017) e estou enviando uma foto de uma das atividades que certamente eu gostava mais de participar e dividir com os demais: a oficina de jogos de tabuleiro realizada inicialmente pelo professor Heraldo em 2014 como projeto de extensão e que virou projeto de ensino em 2016 através do professor Eduardo Pompermayer.

Na imagem estão presentes (alguns só lembro do nome inicial e listei da esquerda para direita): João, eu, Gabriel Nunes, Arthur Medeiros, Bruno, professor Eduardo, Thales, Matheus, Marco, Bruno, Thiago Baptista e Guilherme Sales. Essa foto foi tirada em 2017 numa das últimas oficinas realizadas no ano.

Era muito divertido e educativo participar das oficinas e jogar os jogos (claro!), uma vontade que permanece acesa dentro de mim até hoje. Compro jogos de tabuleiro quando posso para passar tempos com os meus amigos, sendo que muitos deles estão nessa foto. Bons tempos e que saudade dessa época.”

Bruno Rosa Pohren 
Técnico em Informática formado em 2017 no Campus Canoas

 


 

“Para mim, é líquido e certo que eu não seria a mesma pessoa se não tivesse passado pelo Campus Canoas do IFRS. Tendo vivido por 13 anos em uma bolha social, eu não fazia ideia de como era a vida “lá fora”. Foi o IF que me arrancou desse lugar confortável e me fez ver outras partes do mundo que eu não conhecia. Eu sempre gostei de aprender e assistia às aulas com sede de conhecimento, mesmo que às vezes isso não fosse o suficiente para me manter acordado. Ops. Sinto muito, professores, eu juro que não era de propósito.

Mas não foram só as disciplinas que me ensinaram sobre o mundo: antes de qualquer coisa, foram as pessoas que eu conheci. Foram os amigos, os professores, os técnico-administrativos. Foram os grupos de estudos, as oficinas de cultura (viva a extensão universitária!), os encontros e palestras extraclasses. Foram as risadas, os sufocos, as partes mais tristes do mundo que eu acabei conhecendo através de relatos, documentários, eventos, rodas de conversa, aulas no sábado de manhã. Eu passei a entender tanto mais do mundo e das pessoas, e isso me mudou profundamente. Eu também pude finalmente colocar um nome no que eu sentia ser desde criança.

A comunidade tem muita sorte de ter o IF, e o IF tem muita sorte de ter as pessoas incríveis que investem tempo e talento nele. Agradeço do fundo do meu coração a todos os meus professores, a todos os coordenadores, servidores técnico-administrativos e prestadores de serviço do campus que proporcionam esse ambiente de aprendizado tão rico e diverso.

A foto que escolhi é uma marca que creio ter deixado no Campus Canoas. Ela foi tirada em 2 de outubro de 2015, segundo me informa meu celular, e foi a primeira “pérola” colada em um mural. Não duvido que muitas turmas reivindiquem a patente das tais “pérolas”, que são frases icônicas ditas por colegas e professores em cada sala, mas lembro de ter ficado surpreso depois de ver cada vez mais pedacinhos de papel tanto no nosso mural da época quanto, posteriormente, nos das outras turmas.

Sobre a frase em si, eu lembro de estar conversando com alguns colegas sobre ter tido uma fase em minha vida em que eu tentava vender pulseirinhas de miçanga, e então outras pessoas na sala concordaram e relataram a mesma coisa. Um amigo então disse que nunca teve a fase da miçanga, e eu afirmei que “todo mundo já teve a fase da miçanga. Se tu não teve ainda, tu vai ter, mas todo mundo tem uma fase da miçanga antes de morrer”.

Inicialmente, eu quis dizer “miçanga” no sentido literal mesmo, aquelas porcariazinhas de enfiar em um fio de náilon e encher o saco dos parentes para aceitarem o presente que provavelmente vai arrebentar até o fim do dia. Mas ao enunciar essa frase filosófica, sinto que ela adquiriu um sentido metafísico, até. Todo mundo vai ter sua fase de miçanga, de Humanas, de se preocupar demais com as questões sociais e ambientais até se reconciliar consigo mesmo e atingir a paz de espírito, depois voltar a se estressar com o sinal do wi-fi do IFRS. É uma luta constante. Ah, a das questões sociais também.

Mesmo que eu não esteja mais no IFRS ou sequer em Canoas, sempre levo um pedaço dele comigo, assim como eu deixei vários pedaços de mim nele e nas existências que compõem sua história. Agora eu agrego a mim um pedaço da UFRGS, e, sempre que possível, deixo um pedaço dela no Campus Canoas, quando tenho a oportunidade. Será que posso dizer que sou um colar composto por vários tipos de miçanga diferentes? Será que, na verdade, não é uma fase, e a miçanga é uma metáfora para a vida? Ok, forcei a barra, né? Deixa para lá.

Enfim, aos que vieram e ainda virão depois de mim e de nós: aproveitem o espaço-tempo que vocês têm no IF Canoas, porque ele é extremamente precioso. Respeitem seus professores e veteranos, IFanos, e me perdoem pela assonância. ;]”

Maximiliano Kunrath
Técnico em Administração formado em 2017 no Campus Canoas do IFRS

 


 

“Sou Yasmin Bortoli Führ, entrei no campus em 2015 no Técnico Integrado de Administração e me formei em 2019. Não poderia ficar de fora dessa comemoração, pois esse campus faz parte de mim e levo comigo uma parte de tudo que adquiri em 5 anos de vivência no Campus Canoas do IFRS.

Eu só tenho a agradecer a cada professor, colega, técnico, segurança, tia da limpeza, cachorros e todos que fazem parte desse mundo que mudou minha vida e a pessoa que sou. O campus está há 10 anos preparando pessoas para o mundo, enchendo cabeças de experiências, aprendizados, amor pela pesquisa, pelo ensino e pela extensão. Cabeças pensantes e dispostas a fazer a diferença.

Que esse time de profissionais e alunos possa brilhar por muito tempo, ganhar cada vez mais reconhecimento e contribuir cada vez mais para uma sociedade melhor. Tenho muito orgulho de vocês e de fazer parte dessa história, quero presenciar cada nova conquista desse lugarzinho especial que tem todo o meu carinho.

Vida longa ao Ensino Público e ao Campus Canoas!”

Yasmin Bortoli Führ
Formada no Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio em 2019

 


 

“Que grata surpresa foi para mim estudar no Campus Canoas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Alegrias, aprendizados, experiências. Mas antes de tudo, surpresas. Antes do meu ingresso na instituição no ano de 2015 não tinha noção do que o IFRS é e representa. Não conhecia o campus da mesma forma que não conhecia a rede de Institutos Federais. Acreditava que estudar ali ao invés de qualquer outra escola de Canoas não traria grande diferença para minha formação. Hoje só posso dizer que eu era estupidamente ingênuo e imaturo. 

Quatro anos de formação foram suficientes para passar por tantas fases, momentos, conhecer personalidades, construir-me, relacionar-me. Não quero me aprofundar nas particularidades de cada experiência e lançar-me à reflexão delas aqui, pois acredito que seria um tanto inadequado. Mas posso dizer a todos que leem que ainda hoje a memória me traz cenas que vivi no IFRS, ou que decorreram da minha condição de aluno desta instituição, pelas quais ratifico todas as vezes o meu pensamento de que estudar neste escola foi a mais grata surpresa que já tive.

Uma surpresa porque não imaginava que poderia desfrutar de tantas possibilidades ofertadas para um estudante Ensino Médio na educação brasileira. Possibilidades que iam desde aulas com professores extremamente qualificados até bolsas de permanência. Projetos de pesquisa, ensino e extensão, eventos enriquecedores que expandem nossas concepções, alunos monitores dedicados a fortalecer a assimilação do conteúdo, ensino de nível técnico, laboratórios admiráveis e outras coisas que meus antigos colegas podem estar se lembrando ao lerem estas palavras, as quais não vou ser capaz de elencar adequadamente aqui para aqueles que não as presenciaram. Desculpe-me.

Embora todos os recursos para uma educação de qualidade, tanto professores quanto os materiais necessários, estivessem ali, à nossa disposição, parece-me que a formação acadêmica, embora a razão de todos os acontecimentos, não era a principal coisa que acontecia. Parece-me que quando temos o básico, temos também a segurança e a possibilidade de nos dedicarmos a coisas e viver momentos que na carência não são possíveis. Titular-me como Técnico em Eletrônica certamente não foi a única coisa que o Campus Canoas do IFRS fez a mim. Na verdade, como eu disse, não foi nem a principal. Viveria não muito diferente de como vivo hoje sem tal título. Mas não o faria, certamente, sem os momentos com os quais dentro dessa instituição construí minha personalidade. Talvez ainda fosse ingênuo e imaturo, com todos os agravamentos que saem da combinação desses adjetivos com o passar do tempo e enrijecimento do olhar sobre o mundo.

Por fim, posso dizer que minha vivência no Campus Canoas do IFRS utilizada para escrever esse relato acabou no ano de 2018. Mas algo que posso alegar, também, é que as pessoas que conheci continuam comigo. Colegas tornaram-se os amigos que se conta nos dedos e professores tornaram-se inspirações na construção da minha carreira. É difícil essa atividade de tomar pessoas como exemplos a serem seguidos. Todos temos defeitos. Mas se há algo que peço para que considerem deste texto, é o que segue. Os professores que tive foram os exemplos de parcimônia e os baús nos quais vi guardadas todas as aspirações cabíveis a uma sociedade saudável, esclarecida e libertária em suas ações. Neles observei o que fui compreender apenas após meu ingresso em um curso superior de licenciatura: a educação é ferramenta que constrói e destrói.

Agradeço. À instituição, tudo o que me foi ofertado. Aos professores, tudo o que foi construído. Aos colegas, tudo o que foi vivido.”

Jhonathan Radavelli
Formado no Curso Técnico em Eletrônica em 2018

 


 

“Quando se trata de falar sobre o Campus Canoas do IFRS, se torna muito fácil, pois considero que o IFRS muda a vida de qualquer pessoa, não somente cognitivamente, mas pessoalmente também.

Entrei no Instituto com 14 anos – uma criança – e sai de lá uma pessoa preparada para o mundo. Digo isso, pelo fato de que durante o período dos 4 (quatro) anos de Ensino Médio Integrado ao Técnico de Informática, além do  ensino educacional de qualidade, que dispensa comentários, considero acima de tudo, que aprendi a me virar enquanto pessoa, pois todos os dias aconteciam coisas que eu jamais tinha vivido anteriormente em minha vida, mas que tinham impactos no meu dia a dia.

Conheci pessoas com realidades totalmente distintas da minha, pessoas com pensamentos e ideias diferentes, porém pessoas maravilhosas, que eu tenho o prazer de dizer que convivi com elas, pois aprendi muito, com cada colega e professor que passou por mim naquele período.

Meu Desejo é que todas as pessoas pudessem ter a experiência de estudar em um Instituto Federal, sei que com isso, a sociedade seria muito diferente em relação a si mesma. 

Por fim, quero deixar minha eterna gratidão ao Instituto Federal – Campus Canoas, por tudo que me ensinou e pela pessoa que fez me tornar.”

Marco Aurélio Costa Vesely
Formado na 1ª turma do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio em 2014

 


 

“O IF na minha vida  trouxe uma janela de conhecimentos, abriu as portas dos meus sonhos. Graças ao IF terminei o ensino médio e ainda de presente ganhei um curso técnico. Hoje estou cursando ensino superior.

Na minha família somos em muitos, muitos mesmo, pois minha vó tem 12 filhos e uns 40 netos e sou a única a estar na faculdade e com possibilidade de se formar pois somos uma família do interior. Eu sou muito grata pelo  IF existir, sem eles meus sonhos estariam mais distantes.

Os sonhos são o que movem nosso futuro. É o que nos dá esperança de um novo amanhã!
Sou IFRS  Canoas com muito orgulho!”

Suzana da Silva Garcia de Almeida
Formada no Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio (modalidade Proeja) em 2017
Atualmente aluna do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

 


 

“O IF foi uma surpresa na vida de todas nós. Já animadas por ter a oportunidade de estudar em uma instituição pública e de muita qualidade, mal sabíamos que isso seria uma das muitas coisas que o IF nos proporcionaria. 

Obrigada ao IF por todos os eventos incríveis, que fazem com que a gente viaje o mundo inteiro sem sair do lugar. Experimentar coisas novas, encontrar pessoas do mundo todo, conhecer novas culturas e realidades. 

Obrigada ao IF também por ser uma grande base na nossa formação, nos fazendo pensar sobre a forma como vemos o mundo e como o mundo nos vê. Nos desafiar a mudar os nossos pensamentos, crenças e realidades, para que sejamos cada vez melhores com o mundo. 

E obrigada ao IF pelas amizades. Elas são as que mais deixam saudades. Ao longo dos 4 anos, é impossível não deixar o IF sem conhecer pessoas incríveis e que levaremos em nosso corações pelo resto da vida. Professores, colegas, servidores e até mesmo os cachorrinhos. Eles nos acompanham para muito além desses 4 anos, e isso é o que deixa tudo muito melhor. 

Por tudo isso, podemos dizer que o IF nos proporcionou os melhores quatro anos que poderíamos ter, pois passamos esse tempo junto de pessoas que amamos e que nunca esqueceremos.”

Julia Pohlmann
Formada no Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio em 2018

 


 

“Eu diria que o IF entrou na minha vida no momento certo, talvez aquela frase clichê que nada é por acaso caia perfeitamente nessa etapa da minha vida. Estava num momento em que continuar na antiga instituição não era mais viável pois iria ingressar na organização que atuo até hoje e os horários não me dariam a possibilidade de continuar minha graduação. No ano de 2014 realizei a prova do ENEM de forma despretensiosa, quando os resultados foram disponibilizados a nota até então não me daria acesso a alguma instituição, porém escolhi o curso do IFRS para manter a inscrição, dias depois recebi o e-mail para acompanhar a segunda chamada, onde prontamente fui no local e dia marcado. Chegando lá contei exatamente 10 pessoas na sala, eram 9 vagas, pensei serei eu o azarado e ficar de fora? Mas por sorte ou competência estava entre os 9 que foram contemplados com a vaga. 

Dali em diante as coisas começaram a se encaminhar em minha carreira profissional, o curso motivo de minha escolha era compatível com meu horário de trabalho e por três anos e meio consegui conciliar estudo com trabalho tranquilamente, exceto por essas ironias que a vida nos prega, no segundo mês de aulas infelizmente perdi meu pai em decorrência de um Avc, um duro golpe mas que com o tempo fui assimilando e usando como motivação para conclusão do curso. 

Durante o meu período no instituto consegui fazer boas amizades e inclusive criar o que intitulamos de C.A.V.E (Andressa Job, Cassiano Doneda, Victor Sergei e Everton Bitencourt) nosso grupo de trabalho e estudos acadêmicos e sempre que possível nos uníamos para atender às demandas e por vezes agregando um ou outro colega. Nesse período também foi possível conhecer meu grande amigo e colega de estudos Fernando Sturzbecher, que me deu grande auxílio e apoio para conclusão de meu TCC, neste de certa forma pude homenagear meu pai desenvolvendo um assistente virtual que iria auxiliar professores de matemática em sala de aula, pois ser professor era um desejo dele quando jovem, porém não havia conseguido por percalços que a vida lhe impôs. 

Bom, hoje levo o IF para onde eu vou e digo com orgulho que sou um filho desta casa, me sinto honrado pelo contato que tive com todos os professores e profissionais da instituição que de certa forma me moldaram para a vida. Tenho muito a agradecer, mas não quero citar nomes para não me esquecer de ninguém.”

Everton  Bitencourt
Formado no Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas em 2018

 


 

“É difícil transformar em palavras todo o processo de crescimento que o Campus Canoas do IFRS me proporcionou. Um dos principais fatores para isso, com certeza, foi a ambientação, visto que muitas vezes o IF se confundia com a nossa casa por conta da quantia de tempo que passávamos lá. Portanto, vou tentar contar um pouco de como foi essa grande etapa da minha vida!

O primeiro ano de IF foi bem complexo, aprendendo muita coisa nova e tendo mil oportunidades pra se engajar. Uma coisa interessante foi que dessas dificuldades e dúvidas acabou surgindo um sentimento de união na minha turma que nos acompanhou até o fim da nossa jornada! Muitas vezes marcamos de nos encontrar para estudar física, lógica de programação, matemática… Algumas dessas vezes tiveram mais de 20 pessoas estudando, ajudando um ao outro.

Também em 2014 conheci as gincanas do IF, algo que foi muito presente no meu ensino médio. Com elas pude aprender sobre trabalho em equipe, liderança, motivação, entre tantas outras qualidades. Fico feliz também por ter ganho todas que participei.”

Felipe Ricardi
Técnico em Informática formado em 2017 no Campus Canoas do IFRS

 


 

“A saudade desse campus maravilhoso já não consigo medir há meses, e pensar nele sempre traz à tona todos os momentos lindos e inesquecíveis que vivemos. Foram quatro anos de muito aprendizado e desafios vencidos. Obrigada por tanto IFRS, por me proporcionar tantas oportunidades, amizades pra vida inteira e professores/servidores que além de terem nos acolhido e ensinado tanto, tornaram-se grandes amigos, torcendo pelo nosso sucesso.

Sou eternamente grata por cada experiência vivida nesse lugar ÚNICO e com pessoas incríveis, que moram e sempre vão morar no meu coração. Espero que muitos ainda tenham a oportunidade de passar por ele e deixar sua história, porque não existe nada melhor do que enxergar que tudo valeu a pena. Ver aquela árvore que plantamos no início de tudo crescer e dar frutos, assim como nós, e perceber que foram os melhores anos das nossas vidas.”

Wanessa Souza Zimmermann
Formada no Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio em 2019

 


 

Foto: João Henrique Machado / Comunicação IFRS

Manifestação contra o contingenciamento de verbas para a Educação – 3/07/2019

“Desde janeiro de 2015 faço parte da comunidade do Campus Canoas. Nestes anos aprendi a conviver com a alegria da chegada de cada estudante e a saudade que fica quando eles encerram o ciclo e vão bater suas asas em voos ainda mais altos.

Como jornalista do campus, presenciei centenas de acontecimentos e captei milhares de imagens nos últimos anos. Foi bem difícil escolher uma só.
Elegi esta pois retrata-me a força juvenil, o comprometimento, a intensidade do estudante, o amor por sua escola e o entusiasmo para lutar por seus direitos e por um mundo melhor que se voluntariam para construir.

Parabéns a todos que mantêm vivo este campus e àqueles que além de construir sua história, levam seu legado para o mundo como bons profissionais e cidadãos éticos.”

João Henrique Machado
Jornalista, Comunicação Campus Canoas do IFRS

 

Última atualização em 24/08/2020

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