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Vivências no Fórum Social Mundial fortalecem propósito de luta da estudante Mariana Ribeiro


Uma bagagem mais pesada pelas vivências. Este foi o resultado da participação da aluna do curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio do Campus Alvorada, Mariana Ribeiro, durante o Fórum Social Mundial, de 12 a 17 de março de 2018, em Salvador (BA). A estudante acompanhou integrantes do projeto Figueira Negra – Descobrindo percursos, identidades e protagonismos – que promoveram a atividade “Figueira Negra, narrativas através do audiovisual”.

Na ocasião, Mariana falou sobre sua experiência no Instituto Federal, do seu descobrimento e aceitação como mulher negra ao participar do projeto. De acordo com a discente, o momento foi intenso de trocas e aprendizados.

Além da participação no evento Fórum Social, ela destacou as vivências com a proprietária da casa que ficou hospedada, com as pessoas que lá estavam e com a cultura da cidade.

Durante o período que estiveram na Bahia, a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco foi assassinada, e para a estudante foi como se tivesse perdido as forças, pois sua proposta de luta também é pelos direitos humanos. “Quando ela foi assassinada eu fiquei muito triste. Era como se alguém tivesse me falando: Acho bom tu parar por aí porque o teu final vai ser que nem o dela”, disse Mariana.

“Muitas pessoas comentavam que com a morte da Marielle seria o fim, mas para mim foi o começo, pois comecei a ver e a pensar ?não quero ver que isso aconteça com a minha sobrinha?. Eu não quero de novo ligar a TV e ver o que aconteceu com a Marielle se repetir”, desabafou.

Entre os projetos e sonhos, Mariana pretende dar continuidade aos estudos sobre a Lei 11.645, que estabelece a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no currículo oficial da rede de ensino, apontando o quanto a falta de aplicação desta legislação interfere nos dados do feminicídios da mulher negra e no genocídio da juventude negra, além de produzir um documentário sobre a história das melhores negras, especialmente da comunidade de Alvorada. A jovem também pretende criar uma organização não-governamental para colaborar com minorias discriminadas.

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