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Campus promove Novembro Negro – “De Afrika a Palmares, nossos berços de afeto e (re)existências”


Durante todo o mês de novembro, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Alvorada, juntamente com outros grupos da instituição e parceiros, promove o Novembro Negro com o tema “De Afrika a Palmares, nossos berços de afeto e (re)existências”. A intensa programação – marcada pelo dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, Dia de Zumbi dos Palmares – tem o objetivo de celebrar e relembrar a luta e resistência das(os) negras(os) no Brasil.

Confira a programação:
*Dia 01, 10h – Encontro do Coletivo Marielle Franco, na ONG Onédes da Silva

Dia 01,17h30 – Lançamento do curta “Samba às avessas” com participação de Pâmela Amaro

Dia 03, 10h – Mesa de debate 100 anos de morte de Lima Barreto – com a professora Giselle Maria de Araújo

Dia 07 a 09, 19h às 21h – Semana Acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia, com o tema “Decolonialidade e Interculturalidade”

Dia 08, 13h30 – Amadrinhamento da Biblioteca do Campus Alvorada – Carolina Maria de Jesus

Dia 09, 9h – Resgate das festas populares de origem africana

Dia 10, 19h – Encontro com a bancada de parlamentares eleitos no RS – Perspectivas e desafios das legislaturas negras. Abertura coletivo Sopaparia

Dia 11, 13h30 – Podcast projeto integrador “Integrar – Debate sobre o aborto na perspectiva das mulheres negras”

Dia 11, 19h – Palestra sobre Educação para as relações étnico-raciais, com a professor Caroline Pires – ação em parceira com a Semana Acadêmica da Licenciatura emm Pedagogia

Dia 16, 13h – Arrastão no cinema filme “Mulher-rei”

Dia 17, 10h – Cine Debate “Violência Obstétrica”

Dia 22, 19h – Palestra “Sagradas: as ervas e a relação com o feminino negro” com a professora Caroline Pires

Dia 22, 17h – Inauguração do Herbário

Dia 23, das 17h30 às 18h30 – “Kemet yoga” – projeto de Extensão “Yoga no Campus”

Dia 24, 13h30 – “Racismo no esporte”, projeto de extensão “Coisa de Pele”

Dia 24, às 19h – Projeto de Extensão “Café Paulo Freire” debate “Bell Hooks”

*Dia 25, das 8h às 12h – Encontro de Coordenadorias de Igualdade Racial e NEABIs Grupo Hospitalar Conceição – no Prédio Administrativo do Hospital N. S. Conceição – Auditório Jahyr Boeira

Dia 26, às 14h – Tamborada praça Central de Alvorada com a ONG Onédes da SIlva, a Nação Periférica, os Tambores da Vila e a Baque Mulher

Dia 29, das 8h às 17h – Encontro dos NEABIs

Dia 02 de dezembro, às 19h – Roda de conversa com escritor José Falero no Campus Alvorada

*Atividades fora do Campus Alvorada.

Este será o primeiro “Novembro Negro” após o retorno das atividades presenciais no Campus Alvorada do IFRS. De acordo com os organizadores, a ideia está no reencontro com as raízes, com o Campus, com a comunidade de Alvorada, a partir do reconhecimento dos saberes ancestrais, do berço, das relações humanas e suas conexões com a academia.

Para tanto, alguns signos foram escolhidos:

– O primeiro é o adinkra (símbolo africano) “odo nyera fie kwan” que significa “O amor ilumina seu próprio caminho. Nunca se perde ao voltar para casa”. Ele traz consigo a afetividade e a amorosidade como dimensão estética, ética e política, que servirão de inspiração para as atividades que ocorrerão ao longo desse mês.

– O segundo signo traz a força da representatividade expressa no mural “Veracidades”, dos artistas Mona Caron e Mauro Neri, cunhado no prédio do DAER (Porto Alegre – RS), que retrata a planta nativa Justicia Gendarussa, conhecida como “quebra-demanda”, “quebra-tudo” ou “vence tudo”, que cresce junto às mãos de uma mulher negra. Com esse signo, a programação anuncia sua interface com a natureza e a saúde, com as ervas e chás de cura e com a sabedoria ancestral, bem como buscará um diálogo direto com a preservação do meio ambiente, nossas matas e rios.

– O terceiro signo será uma homenagem póstuma a Bell Hooks, autora, professora, teórica feminista, artista e ativista antirracista norte-americana que partiu há quase um ano, em meio à pandemia. Mais que uma homenagem, será a oportunidade de estudar um pouco mais sobre a autora, cuja obra dialoga diretamente com Paulo Freire. Mais uma vez encontramos aqui a dimensão da amorosidade.

– Por último está a grafia da palavra “Afrika” com K – e não com c como comumente é vista – pois seguirá a grafia de línguas pertencentes à árvore linguística Bantu, como forma de reverenciar o berço, a terra mãe da humanidade. Segundo estudiosos, a grafia “Afrika” (com k) deriva da antiga língua Kemética af-rui-ka, na qual a abertura do K remete para o útero ou berço. “Afrika” seria, então, para os keméticos “o berço ou a alma.”

Outras informações no e-mail [email protected].

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