Pesquisa e Inovação
PodCast Semioses Afetivas do Timbre apresenta resultados de pesquisa de três anos sobre sonoridades do rock independente brasileiro
Circulando pela cena do rock independente brasileiro, nota-se o quanto os músicos se preocupam com as timbragens. É comum encontrar enormes pedaleiras conectadas aos instrumentos, bem como um grande apreço por equipamentos específicos. Esta particularidade chamou a atenção do pesquisador do IFRS Marcelo Bergamin Conter, que realizou uma pesquisa de três anos sobre o assunto, contando com a participação de diversos bolsistas de iniciação científica e com o apoio da CNPq e da FAPERGS.
Um dos principais passos do projeto foi o de realizar entrevistas com membros de bandas de diferentes estados brasileiros. Visando a divulgação desse material e popularização da ciência, foi desenvolvido a série de PodCasts Semioses Afetivas do Timbre: oito episódios em que os depoimentos dos artistas são organizados por temas abordados pela pesquisa.
A pesquisa tratou de focar em bandas que são inspiradas pelas sonoridades do pós-punk e pós-rock. Ao todo, foram entrevistados membros de quatorze bandas. São elas: Adorável Clichê, Boogarins, Cine Baltimore, E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, Harmônicos do Universo, Le Almeida, Miêta, My Magical Glowing Lens, Rakta, Sterea, Supervão, Terno Rei, Winter Zeca Viana.
Além das questões técnicas envolvidas, os episódios avançam na discussão sobre como expressar, através do timbre, questões como feminismo, pautas minoritárias, colonialismo tecnológico, políticas do corpo e da percepção.
A redação, gravação das locuções, mixagem e masterização foi realizada totalmente de forma remota, enfrentando as limitações impostas pela pandemia.
O projeto contou com a participação de vários bolsistas de iniciação científica: Ingrid Pontes, Gabriel Gularte, Eric Pedott, Henrique Reis, Jeferson Moraes, João Gabriel F Mayer, João Lucas, Juliana Kolmar, Cristyelen Ambrozio, Ana Maia, Lucas Macedo, Ligia Lazevi e Laufe Betten.
Os episódios podem ser ouvidos no Spotify e no site da Linha de Pesquisa Semiótica e Sonoridades, que abriga o projeto de pesquisa.