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Ministério da Educação celebra os 15 anos dos Institutos Federais no Brasil


O Ministério da Educação (MEC) promoveu, na segunda-feira, 04 de dezembro de 2023, no auditório do Museu Nacional da República, em Brasília/DF, cerimônia em comemoração aos 15 anos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), criados pela Lei 11.892/2008, sancionada no dia 29 de dezembro do mesmo ano.

Para celebrar, o MEC desenvolveu o projeto multimídia “Institutos Federais, a cara do Brasil. Foram selecionados 15 personagens, das cinco regiões do país, entre professores, técnicos, estudantes e egressos, para narrarem suas trajetórias nos IFs. A fim de contar essas histórias, o MEC percorreu o Brasil, realizando entrevistas, ensaios fotográficos e captação de vídeo.

As trajetórias, ainda que únicas, dialogam com o papel dos Institutos Federais, não só por sua riqueza, diversidade e pluralidade, mas também por serem agentes de transformação social, fazendo a diferença nas comunidades. As fotos e o documentário retratam e contam a história e atuação dessas pessoas no cotidiano escolar e o papel transformador dos IFs na vida das comunidades em que estão inseridos.  Destes 15 personagens, três são do IFRS:

 

Marlise Paz, assistente de alunos – Cultura

Sua trajetória tem como marca a valorização das origens étnico-raciais da comunidade acadêmica e dos territórios onde o Instituto Federal do Rio Grande do Sul está inserido. No Campus Alvorada, é desenvolvido o projeto “Eu sou o samba: Ritmo da resistência como instrumento educativo”, articulando ações de pesquisa, ensino e extensão. Gênero musical e dança, o samba é reconhecido como patrimônio imaterial do povo brasileiro, além de ser um bem cultural que faz parte dos encontros familiares, das celebrações e do cotidiano dos estudantes. A iniciativa envolve estudantes, técnicos-administrativos e professores, contribuindo para a construção de uma educação e de uma sociedade antirracista.

“As ações de extensão são fundamentais para a gente está conectado com o que é produzido para fora dos muros. O samba é uma linguagem que é aproveitada no saber popular, mas não é aproveitado dento do saber acadêmico. Então, a gente quis trazer o samba para dentro desse espaço aqui institucional, porque, afinal de contas para que serve o nosso conhecimento se ele não estiver a serviço da comunidade”.  Marlise Paz

 

Huli Zang, tecnólogo em Processos Gerenciais – Comunidade

Além de ser morador do assentamento Filhos de Sepé, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Huli é um de seus fundadores, atuando na gestão da Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav). No assentamento, criado em 1998, vivem 500 famílias, integrando três gerações. O arroz agroecológico é a principal e uma das maiores produções do País. O produto é comercializado em feiras e integra a merenda escolar de vários municípios brasileiros. Os conhecimentos adquiridos por Huli no curso de graduação do Instituto Federal do Rio Grande Sul, no Campus Viamão, contribuem para a gestão da cooperativa — do plantio à comercialização — e para a produção de hortaliças, feijão, milho e ovos pela comunidade. Atualmente, ele faz especialização em Agroecologia no campus.

“O Instituto mudou a minha vida e continua mudando, mas o mais importante: não só a minha a vida, mas a das pessoas que estão no meu entorno, que vivem comigo, que trabalham comigo, porque elas se animam ao ver o que está acontecendo, se animam a estudar. Hoje várias pessoas daqui estão estudando também”. Huli Zang

 

Flávia Twardowski, professora – Ciência

A paixão pela ciência surgiu quando Flávia era estudante na Educação Básica, época em que teve os primeiros contatos com o laboratório. A experiência se incorporou à sua atuação no Campus Osório, do IFRS. Estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio em Administração e em Informática são instigados a participar de projetos de iniciação científica. No âmbito da comunidade acadêmica, a ação gera visibilidade para a ciência e estimula os jovens, especialmente as meninas, a se integrarem à pesquisa. Divulgado nas escolas de ensino fundamental, o projeto Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática tem impulsionado o ingresso desse alunado na instituição.

“Eles (estudantes) começam transformando a si mesmos, porque a ciência vai transformar. Eles entram de uma forma, eles saem de outra. Transformação da comunidade que os cercam eles porque eles vão acabar instigando as pessoas que estão ao lado deles a também buscar respostas para as questões que elas não sabem ou eles vão entregar uma resposta que eles também não sabiam. É a transformação da comunidade como um todo”. Flávia Twardowski

 

As comemorações

O Projeto inclui a Exposição “Institutos Federais, a cara do Brasil”, que ficará no Museu Nacional da República até o dia 28 de janeiro. A exposição também será levada para várias cidades do Brasil.  Houve também o lançamento pelo MEC e pelos Correios do Selo Postal em Comemoração aos 15 anos da lei de criação dos Institutos Federais, que promoveu o acesso à educação profissional pública, gratuita e de qualidade, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do Brasil.

Os Institutos Federais, presentes em todas as unidades da Federação, são instituições de excelência, novas e inovadoras. Oferecem, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, uma formação humana integral a seus estudantes. Atualmente, o país conta com 600 campi, com 1.437.395 estudantes e 10.422 cursos.

Participação na abertura

Na solenidade de abertura estiveram presentes o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Marques Ferreira; o estudante do Instituto Federal do Pará (IFPA) e, Arielson Dias, que representou todos os estudantes dos IFs. Participaram reitores, servidores e estudantes dos IFs, bem como demais autoridades. Pelo IFRS, estavam o reitor Júlio Xandro Heck, a chefe do Departamento de Comunicação, Carine Simas e, os servidores que foram destaque na campanha alusiva ao aniversário da Rede: Marlise Paz, assistente de alunos do Campus Alvorada; Flávia Twardowski, professora do Campus Osório e Huli Zang, egresso e estudante do Campus Viamão.

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MEC e da Setec 

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