Extensão
Campus Alvorada promove ações para discutir formas de resistências e visibilidade lésbica em tempos obscuros
Nos dias 29 e 31 de agosto, com o propósito ressaltar o Dia da Visibilidade Lésbica o Campus Alvorada realizará o evento Visibilidade Lésbica: Resistência em Tempos de Obscurantismo a fim de celebrar o Dia da Visibilidade Lésbica. As atividades se propõem a dar visibilidade a questões e existências ligadas às mulheres lésbicas enquanto sujeitos políticos, por meio de cinedebate e intervenções artísticas no Campus.
No Brasil, o Dia da Visibilidade Lésbica é celebrado no dia 29 de agosto. A data tem como principal objetivo chamar atenção à lesbofobia, crime de ódio e preconceito contra mulheres lésbicas. Trata-se de uma violência atravessada por outros marcadores sociais como machismo, sexismo e apagamentos identitários dentro do movimento por Direitos LGBT+. A data está no calendário de lutas sociais desde 1996, quando foi instituída durante o 1º Seminário Nacional de Mulheres Lésbicas (SENALE), no Rio de Janeiro (RJ).
As ações no Campus acontecem a partir do dia 29 de agosto (quinta-feira), com a projeção de retratos de mulheres lésbicas produzidas pela fotógrafa Nate Castro. As imagens são resultado dos projetos “Sapatona”, “Mulheres que amam mulheres” e “Butch: mulheres que não performam feminilidade”, realizadas em conjunto com a artista visual Luz Martin e versam sobre afetos, existências e a quebra da performatividade imposta, propondo discussões sobre misoginia, lesbofobia, saúde mental, vivências e orgulho lésbico. Junto à atividade, serão produzidos retratos livres de mulheres lésbicas pela fotógrafa Cristyelen Ambrózio, aluna do curso superior de Tecnologia em Produção Multimídia oferecido no Campus.
No sábado, dia 31 de agosto, às 9h, será realizado o cinedebate a partir do filme Pariah, de Dee Rees (EUA/2011) que conta o drama da adolescente Alike. Enquanto amadurece, ela tem que decidir se deve expressar sua sexualidade abertamente ou viver de acordo com os planos que seus pais têm para ela. Seguido da exibição, o Campus recebe as militantes lésbicas Bia Garbelini (lésbica, mãe, trabalhadora bancária e militante no movimento sindical), Ariane Laubin (lésbica, mãe, produtora cultural, militante do movimento LGBT e graduanda em Produção Multimídia no IFRS – Campus Alvorada) e Carol Rodrigues (mulher negra, lésbica, militante, estudante de Arquitetura e Urbanismo e integrante do Grupo G8 – Generalizando do SAJU da UFRGS, núcleo que estuda questões sexuais e de gênero e presta assistência jurídica nesse viés).
As ações são no contexto do Projeto de Extensão Pelas Margens: arte+ativismo e/m suas intersecções, coordenado pelo docente Sandro Ka, em parceria com o professor Daniel Petry.