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Neabi do Campus Viamão promove atividades em alusão ao Dia dos Povos Indígenas


Com o tema “Lutas, (re)existências e direitos”, o Campus Viamão do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) realizou, na quinta-feira (24), uma programação especial em alusão ao Dia dos Povos Indígenas. Participaram das atividades estudantes dos cursos técnicos integrados, subsequentes e superiores, em uma iniciativa promovida ao longo dos turnos da manhã, tarde e noite e organizada pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi).

A programação incluiu exibições audiovisuais, rodas de conversa e debates que abordaram os direitos dos povos originários e suas lutas por reconhecimento e preservação de seus territórios e culturas. Entre as atividades, foram realizados os cine debates Dia dos Povos Indígenas, O genocídio dos Cinta-largas, EcoViamão e Ecofalante, além da discussão da obra literária A terra de mil povos – história indígena do Brasil contada por um índio, do autor Kaká Wera Jecupé.

Estiveram presentes os servidores integrantes do Neabi: Alexsander Ferreira, Ana Paula Cecato, Gabriel Berute, Neilo Márcio da Silva Vaz e Alba Cristina Salatino.

A técnica em Assuntos Educacionais Alba Cristina Salatino ressaltou o papel das atividades na promoção da educação das relações étnico-raciais.

“O evento foi importante porque aplicamos a legislação que trata da valorização do protagonismo indígena e da cultura dos povos originários. Abril é um mês de luta, e nosso papel enquanto educadores e membros do Neabi é ampliar o conhecimento e aproximar os não indígenas dessa pauta. O cine debate nos mostrou, com todos os níveis de ensino do Campus Viamão, a necessidade de conhecer e valorizar a diversidade dos povos indígenas, que contribuem cultural, política e intelectualmente para a cultura brasileira. Falar de povos indígenas é falar de cultura brasileira. Foi um aprendizado coletivo em todos os turnos e turmas.”

A professora Ana Paula Cecato de Oliveira comentou sobre a discussão realizada em torno da obra de Kaká Wera Jecupé:

“Apresentamos aspectos da obra A terra de mil povos, uma das leituras obrigatórias da UFRGS, e refletimos sobre a diferença entre literatura indígena, indigenista e indianista. Conversamos ainda sobre a estrutura da obra, que não é linear, mas circular, baseada na cosmovisão dos povos originários.”

O professor Neilo Márcio da Silva Vaz enfatizou o papel institucional da programação:

“Eventos como o de ontem materializam as ações afirmativas da Rede Federal, ao dar visibilidade e apoio à luta socioambiental dos povos originários. A importância dessas ações está na construção de um diálogo intercultural positivo.”

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