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Projeto de extensão culmina na exposição DESOBECIÊNCIA, no MARGS


Ação de extensão culmina em exposição no MARGS

A arte no currículo da educação básica é prevista em lei há 25 anos (LDB Nº 9.394/96). Mas ainda é um desafio desenvolver em sala de aula ações que ultrapassem os tradicionais desenhos e pinturas e façam os estudantes tomarem gosto pela área, ampliando seu repertório cultural e estético. Mas, no Campus Osório, isso é realidade desde sua criação, em 2010: com atuação na música, teatro, dança e artes visuais. E agora, a arte produzida no campus ganha ainda mais notoriedade ao ocupar o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), com a exposição ‘DESOBECIÊNCIA – arte e ciência no tempo presente’, de autoria do professor Estêvão da Fontoura.

Resultante do projeto de extensão homônimo, a mostra traz obras-experimento desenvolvidas em parceria com o sociólogo Joel Grigolo e participação de estudantes do Campus Osório. Jovens do terceiro ano do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio colaboraram em ‘Luzes em Experimentos Dialógicos’, produzida numa oficina realizada no dia 08 de setembro; e os do quarto ano do Técnico em Informática com o ‘Gambiarrafa FM’. Ao longo da exposição, ocorrerá mais uma oficina de cada obra-experimento, onde serão criadas mais frases e atualizados os conteúdos das obras.

Há também colaborações externas, com áudios e vídeos de estudantes dos segundos anos do Técnico em Meio Ambiente e do Técnico em Produção de Áudio e Vídeo do Campus Alvorada, com apoio da professora de arte Nina Loguércio. E o egresso Nathan Barcellos, que atualmente cursa Letras na UFRGS, atuou na redação dos textos para as redes sociais e de apresentação da exposição. > Confira os áudios

“Experimento artístico, social e educacional, convidando estudantes a criarem conteúdo para estas duas obras, provocando reflexões e debates sobre arte, tecnologia e sociedade. Em uma destas obras-experimento, jovens são provocadas e provocados a propor o conteúdo para frases luminosas que flutuarão no ar. Para isso, a obra ‘L.E.D. – Luzes em experimentos dialógicos’ é montada sobre um ventilador adaptado, onde 5 LEDs alinhadas verticalmente, controladas por uma placa Arduino Nano, piscarão em sincronia com as rotações por minuto (RPM) para formar, a partir do fenômeno da persistência da visão (POV), as frases propostas pelas e pelos participantes das oficinas”, explica o professor e artista.

 

 

A mostra fica no MARGS de 18 de setembro a 21 de novembro de 2021, nas Salas Negras do Museu. As visitações ocorrem de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h30), sempre com entrada gratuita, sem necessidade de agendamento. O MARGS também oferece ao público visitas mediadas para grupos de até 6 pessoas, de quinta-feira a sábado, em 2 faixas de horários (10h30 às 12h e 14h às 15h), mediante agendamento prévio. Saiba mais no site do MARGS.

 

Sobre a exposição

‘Estêvão da Fontoura: DESOBECIÊNCIA – Arte e ciência no tempo presente’ apresenta 17 obras em diversas linguagens, como desenho, vídeo, livro de artista, objetos e “gambiarras tecnológicas”, provocando o público a pensar nas percepções cotidianas em relação ao tempo e ao espaço na cidade. O projeto tem financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Estado da Cultura do RS.

Integra o programa expositivo do MARGS intitulado ‘Poéticas do agora’, dedicado a artistas atuais cuja produção recente tem se mostrado promissora e relevante no campo artístico contemporâneo, em interface com o programa público ‘Presença Negra no MARGS’.

Os trabalhos são apresentados em 5 eixos expositivos: Previsões do futuro; Distorções do tempo; Videolivros;  Videodesenhos; e Obras-experimento. De forma leve e bem humorada, Estêvão utiliza alta e baixa tecnologias para problematizar questões relacionadas ao ritmo, ao tempo passado, presente e futuro, arriscando algumas previsões que poderão ou não se confirmar ao longo da exposição

 

O artista

Estêvão da Fontoura Haeser, é um artista multimídia, professor de arte no IFRS – Campus Osório. Mestre em Informática na Educação pelo IFRS – Campus Porto Alegre (2019), especialista em Pedagogia da Arte pela Faculdade de Educação da UFRGS (2009), Licenciado em Artes Visuais e Bacharel em Artes Plásticas (Habilitação em Desenho), ambos pelo Instituto de Artes da UFRGS (2018 e 2003, respectivamente).

É coordenador do programa Galeria de Arte Claudia Paim, do IFRS – Campus Osório (2020-2021). Foi curador das mostras brasileiras na trienal Eksperimenta! de 2017 e 2014, em Tallinn, Estônia. Em 2013 realizou performances e intervenções na Escola Caseira de Invenções da 9ª Bienal do Mercosul e também na mostra artística Cabaré do Verbo. Participou do Projeto Casa Grande, vencedor do Prêmio Funarte de Arte Negra 2012, realizado ao longo de 2014 e 2015, do qual também foi co-autor.

Interessado pelas palavras e seus significados, o artista pesquisa as relações entre os nomes das coisas, sua função e seu significado, tensionando as relações de poder e as práticas sociais que sustentam a existência destes significados. Dentre as questões fundamentais do seu trabalho estão os direitos humanos, a educação e as construções sociais que definem padrões culturais na sociedade brasileira contemporânea, como o racismo estrutural e os preconceitos de raça e gênero, e suas consequências. Tais assuntos são abordados de forma engajada, evidenciando a postura política do artista, que vê a arte como possível promotora de transformações sociais.

Portfólio online: www.estevaodafontoura.com .

 

Informações – Equipe Núcleo de Comunicação e Design do MARGS

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