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Quase 2 mil máscaras são entregues pelo IFRS ao Hospital Montenegro


Mesmo com as atividades letivas suspensas em razão da pandemia, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Feliz segue trabalhando em soluções para enfrentar a COVID-19. Nesta semana, foram entregues para o Hospital Montenegro – 100% SUS, 1980 máscaras feitas com manta SMS, recebida por meio de doação.

A confecção das máscaras tem sido desenvolvida por um grupo de mulheres, composto por docentes e por membros da comunidade do Campus Feliz, coordenado pela professora Viviane Diehl. As participantes disponibilizaram-se em desenvolver as atividades de forma voluntária, a partir de chamadas do Projeto de Extensão para produção de EPI’s, assim como pelos contatos realizados por servidores do campus

A capacitação para a costura das máscaras, criada por membros do projeto de extensão, foi executada de modo online. As voluntárias fazem as máscaras de suas casas, com suas próprias máquinas de costura. O kit composto pelos materiais utilizados para a confecção é organizado e entregue pelo projeto, juntamente com um kit de máscara para proteção da costureira e álcool para higienização dos instrumentos e local de trabalho. O álcool também é produzido pelos participantes do projeto, no laboratório do campus (veja aqui).

Como destaca a professora Cristina Crespam, presidente do Comitê Local de Crise de Acompanhamento e Prevenção à Covid-19, “as ações do Campus Feliz surgiram a partir da vontade em auxiliar a comunidade do Vale do Caí, em pensar naquilo que o campus, seus servidores e alunos teriam a oferecer em tempos de pandemia”. Desta forma, articulou-se, a partir do projeto de extensão, a produção de antissépticos e de EPI’s, reunindo além de servidores e estudantes também a comunidade. 

Sobre isso a voluntária Cristina Christ fala que “quando soube da iniciativa do Instituto Federal em ajudar o pessoal nesse momento tão difícil eu logo me inscrevi, porque acho que a gente pode fazer a diferença doando um pouquinho do nosso tempo para ajudar num momento que tem muitas pessoas precisando”. 

De casa, grupo voluntário de dez costureiras confeccionou as máscaras nesta primeira etapa

A participação da comunidade torna-se fundamental para a execução do projeto. O primeiro grupo foi composto por 10 costureiras, mas a partir da nova chamada já há 15 novas interessadas em participar e dar prosseguimento à atividade de confecção das máscaras. Participaram/participam do grupo colaborativo de costureiras as docentes do IFRS Aline Evers e Dayana Queiroz de Camargo e as voluntárias da comunidade Catarina da Costa, Cristina Irma Christ, Eurenice Maria da Silva Giuliani, Mary Elaine Diehl, Neyha Guedes Dariva, Rosangela Hunning, Sanay Schons e Tânia Maria Kremer. E também já somaram ao grupo as servidoras Carla do Couto Nunes, Elisangela Pinto Francisquetti e Dolurdes Voos e as voluntárias Maria de Lurdes Krindges, Elizete Terezinha Bergmann, Claudia Klein Lamb, Ledi Maria Trevisan, Janaína Kranz de Oliveira. 

“Acredito que seja um momento de nos unirmos, de cedermos e ajudarmos uns aos outros da forma que conseguimos, e diante disso vi que poderia ceder o tempo e os equipamentos que possuo para a confecção de máscaras que irão proteger e ajudar várias pessoas. É um gesto simples, mas de necessidade e realizado com todo carinho”, diz Tânia Kremer, voluntária do projeto e proprietária da empresa Tropical Center.

 

Novas máscaras devem ser produzidas

Finalizada a primeira fase, a produção continuará com os insumos obtidos a partir de TNT doado por meio da Parceria do IFRS com a UFRGS e apoio do TJRS. 

Inicialmente foram destinados 4 rolos de aproximadamente 250 metros ao Campus Feliz. Em contato com a Prefeitura Municipal de Vale Real, a empresa de confecção de moda fitness DiCorpo, Unidade de Vale Real, disponibilizou-se a realizar voluntariamente o corte do material. A empresa já fez a entrega de 2 rolos cortados em material para a confecção de mais de 16.800 máscaras e de 2 rolos cortados para a produção de 240 batas hospitalares. O TNT já começou a ser distribuído para as costureiras. 

TNT cortado pela confecção DiCorpo de Vale Real já foi encaminhado para as costureiras

Uma segunda leva de TNT será encaminhada via Reitoria do IFRS e a empresa DiCorpo já se colocou à disposição para realizar o corte, o que possibilitará que o TNT seja encaminhado cortado para os campi e facilitará o trabalho de todos os envolvidos nessa ação. O Campus Feliz pretende ficar com mais 500 metros do material cortado, que devem originar a produção de mais 240 batas e 120 máscaras. O restante do material da Reitoria (cerca de 1.500 metros) será cortado em máscaras e dividido entre os campi do IFRS.

Ao final, com a ação o Campus Feliz pretende produzir 480 batas hospitalares que serão destinadas ao Hospital Montenegro 100% SUS (o hospital utiliza 60 batas por dia) e aproximadamente 17 mil máscaras que serão destinadas aos municípios da região do Vale do Caí, a partir dos contatos que estão sendo realizados pela equipe do projeto. 

 

Grupo colaborativo para ajudar quem ajuda

As ações do Campus Feliz de enfrentamento ao coronavírus têm sido feitas por meio do Projeto de Extensão “Grupos colaborativos para a produção e a distribuição de antissépticos e EPIs nos municípios do Vale do Caí” que visa produzir antissépticos e confeccionar máscaras e tem o apoio do Comitê Local de Crise do Campus. A gestão do projeto é realizada pelas professoras Márjore Antunes, Cristina Crespam, Karina Alves e Viviane Diehl e a tecnóloga Sigrid Huve, que também compõem o Comitê Local de Crise.

Essa atuação conjunta tem possibilitado uma aproximação, mesmo em tempos de distanciamento social. “Tenho participado, juntamente com a colega Sigrid, diretamente das entregas das doações prontas, bem como da logística relacionada aos insumos para a confecção. Assim os contatos que temos feito com os órgãos públicos, com as empresas, com os alunos, com a comunidade, com a Reitoria, tudo isso tem sido muito gratificante para todas nós. Estamos estreitando os laços entre o grupo de servidores, de modo que novos colegas têm participado das ações, mas também conseguido conhecer melhor a comunidade que atendemos. Ações como essas que estão sendo realizadas por meio deste projeto representam o importante papel social de nossa Instituição. Saber que estamos contribuindo, dentro de nossas possibilidades, com o cuidado e bem estar de nossa comunidade nos gratifica”, salienta a professora Cristina Crespam, do Comitê Local de Crise do Campus .

O projeto deve continuar com a produção de EPI’s e antissépticos e nas próximas semanas novas doações serão realizadas. Além das máscaras entregues ao Hospital Montenegro, o projeto também já realizou a produção e doação de 400 embalagens de antissépticos nas cidades de Feliz e Vale Real (Leia a notícia aqui).

Contatos com o IFRS podem ser realizados pelo e-mail: [email protected].

Fotos: Comunicação do Hospital Montenegro 100% SUS e equipe do projeto

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