IFRS
“Quem é o estudante do IFRS?” – Dados do diagnóstico discente são apresentados no Fórum de EPT
A maior parte dos estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) tem escolarização mais elevada do que os seus pais. Em torno de 80% dos alunos dos 17 campi são oriundos de escolas públicas e aproximadamente 60% possuem renda familiar de até três salários mínimos. Dados como esses, que demonstram aspectos do perfil do aluno do IFRS e ao mesmo tempo o impacto social da instituição, foram apresentados na primeira mesa de debates do II Fórum de Educação Profissional e Tecnológica do IFRS, na tarde desta terça-feira, 20 de agosto de 2019, no Salão de Atos do Campus Bento Gonçalves. Os números são oriundos do primeiro questionário de diagnóstico discente, respondido por quase 9 mil estudantes do Instituto entre março e junho deste ano, e cujos resultados começam a ser divulgados.
A mesa teve como palestrantes o pró-reitor de Ensino, Lucas Coradini; o diretor de Assuntos Estudantis, Neudy Alexandro Demichei; e a estudante bolsista Aléxia Islabão dos Santos. O tema foi “Políticas Públicas para Permanência e Êxito – Mesa de apresentação dos dados de permanência e êxito na perspectiva de um dispositivo provocador-reflexivo sobre o nosso fazer”.
Os palestrantes abordaram as iniciativas que vêm sendo realizadas na instituição para entender a trajetória e o contexto dos estudantes, tendo como objetivo contribuir para o sucesso escolar. Citaram a Política de Ingresso Discente, o Plano Estratégico de Permanência e Êxito, o Observatório de Permanência e Êxito, e detalharam os primeiros resultados do diagnóstico discente, lembrando que esses dados subsidiarão os Planos Estratégicos de Permanência e Êxito dos campi.
Entre os dados destacados do diagnóstico, alguns são bastante representativos e podem auxiliar a resumir o perfil do estudante do IFRS, na opinião do pró-reitor Lucas Coradini. Ele salientou o uso do sistema público de saúde, do transporte público e a trajetória em escolas públicas da maioria dos discentes. Outro dado diz respeito às cotas: apesar de metade das vagas serem ofertadas por cotas, 58,9% dos alunos respondentes ingressaram pelo acesso universal – ou seja, as cotas não estão sendo utilizadas em sua totalidade. Os dados demonstraram também peculiaridades dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA): em torno de 30% têm renda familiar de até 1 salário mínimo e mais de 50% não possui computador em casa.
No entanto, os números apresentados são apenas a “ponta do iceberg”, como frisaram os palestrantes. Os resultados completos serão utilizados para uma série de reflexões e cruzamentos nos campi. A intenção é concretizar iniciativas que possam impactar no sucesso escolar do aluno do IFRS. A apresentação e, futuramente, mais informações, serão disponibilizadas na aba do Observatório de Permanência e Êxito do site do IFRS.
> Confira alguns dados do diagnóstico discente do IFRS
37,8% dos estudantes respondentes têm menos de 18 anos
18,5% são negros (pretos ou pardos)
9,2% se declararam bissexuais
18,5% disseram não possuir religião
53,7% não possuem plano de saúde
18,3% declararam que utilizar as redes sociais é a principal atividade de lazer
37,7% disseram já ter sofrido bullying
40% afirmaram ter escolhido o IFRS pela qualidade da instituição
Entre as principais dificuldade de aprendizagem, o fator mais citado foi a metodologia do professor
Entre os que reprovaram, as disciplinas mais citadas foram Matemática, Português, Física e Química
Servidores e estudantes assistiram às atividades
Neudy destacou iniciativas adotadas e em planejamento para a permanência e o êxito do estudantes
Lucas salientou que os dados do diagnóstico discentes vão motivar ações de reflexão nos campi e na Reitoria