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IFRS promove capacitação profissional para egressos do sistema prisional


Aliado aos princípios norteadores da instituição, como o compromisso com a justiça social, equidade e cidadania, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) vai realizar em 2020 o Projeto Alvorada. A iniciativa promoverá um curso de formação inicial de 500 horas voltada à capacitação de egressos do sistema prisional.

Com o envolvimento dos campi Alvorada, Viamão e Porto Alegre do IFRS, as aulas serão na área de microempreendedorismo individual. O curso tem previsão de início em abril deste ano e deve ser desenvolvido até novembro no Campus Porto Alegre. Os conteúdos do curso vão abordar o desenvolvimento de modelos de negócios, em que o estudante possa trabalhar por conta própria.

Servidores do IFRS: edital aberto para bolsa durante o projeto

Servidores interessados em colaborar com o Projeto Alvorada podem se inscrever na chamada pública para a seleção dos profissionais. Haverá bolsas aos servidores participantes. As oportunidades são para tutores, docentes de diversas áreas, supervisor de estágio e extensionista de apoio psicossocial (psicólogos ou assistentes sociais). As inscrições vão de 27 de janeiro a 10 de fevereiro de 2020. Clique e confira o Edital.

Mais do projeto

A ação está vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça, e será realizado em institutos federais de diversos estados. “As negociações para a implantação do Projeto Alvorada ocorrem desde 2018. Em 2019, a iniciativa chegou a ser cancelada pelo ministério, em razão dos cortes orçamentários realizados pelo atual governo. O IFRS submeteu uma contraproposta, adequando os custos à nova realidade orçamentária, com o objetivo de garantir a realização do projeto”, explica Lucas Coradini, pró-reitor de Ensino do IFRS.

Durante a realização do curso, os egressos do sistema prisional recebem uma bolsa no valor de um salário mínimo. Além do curso de capacitação, os estudantes passarão por uma fase de incubação do projeto, em que receberão suporte e tutoria na abertura do próprio negócio. Para isso, contarão com uma “bolsa empreendedor”.

“A realização de um curso nesses moldes é emblemático para o projeto pedagógico institucional, pois atinge um público de vulnerabilidade social historicamente carente de oferta educacional e que sofre grandes dificuldades de inserção no mundo do trabalho. Esse projeto possui o diferencial de não somente estabelecer ações isoladas de capacitação, mas de considerar a pessoa egressa em sua integralidade. O projeto visa desconstruir o imaginário coletivo que tende a relacionar a figura do ex-detento como irrecuperável sem condições para retornar ao convívio social”, conclui o pró-reitor.

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