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Estudantes compartilham pesquisas, práticas e experiências no 10º Salão do IFRS
Emoção, orgulho, expectativas atendidas. Com essas palavras, foi encerrada a décima edição do Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2025. Em dois dias, foram apresentados mais de 700 trabalhos desenvolvidos nos 17 campi e na Reitoria, sempre com a atuação de estudantes. Sessões orais, pôsteres, mostras, palestras, oficinas e momentos de integração fizeram parte da programação do evento, que reuniu 1.250 estudantes e servidores durante dois dias no Campus Bento Gonçalves.
A atividade de encerramento, no final da tarde, começou ao som de músicas brasileiras de diversos gêneros, tocadas pelo grupo IF-Música Clube do Campus Veranópolis. Na sequência, os pró-reitores de Ensino, Fábio Marçal; Extensão, Marlova Benedetti; e Pesquisa, Flávia Twardowski, destacaram o quanto o evento é um momento de celebrar o que o IFRS tem de melhor. Eles também receberam o troféu “10 anos de Salão”, entregues pelo reitor Júlio Xandro Heck. O mesmo troféu foi dado na terça-feira aos precursores do evento e aos chefes de delegação do evento deste ano.
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Internacionalização, extensão e ensino
O segundo e último dia do Salão teve a realização dos Seminários de Internacionalização, de Extensão (Semex), e de Educação Profissional e Tecnológica (Semept) e também as sessões de pôsteres. Projetos desenvolvidos por estudantes em distintas áreas do conhecimento foram apresentados das 8h às 17h.
O Seminário de Internacionalização foi composto por trabalhos sobre o ensino de português para imigrantes e estrangeiros, mobilidade acadêmica e cultural, intercâmbio, inteligência artificial, dupla diplomação. Houve relatos, debates e trocas entre os participantes. Felipe Antônio Gugel cursa o oitavo semestre de Letras no Campus Bento Gonçalves e levou ao evento o “Programa PLA em Rede: desafios no ensino de Português para imigrantes”.
A iniciativa ofereceu um curso online a 42 pessoas de quatro nacionalidades, com conteúdos de português básico e intermediário em diferentes contextos sociais. Gugel avalia que a oportunidade de atuar no projeto agrega para ele de diferentes formas: enquanto pessoa, estudante de Letras e futuro professor: “Me prepara para trabalhar, conviver e respeitar uma diversidade de futuros alunos que vêm de realidades culturais e partes do mundo diferentes da minha”.
No Semex, boa parte dos trabalhos envolveram temáticas relacionadas à Educação e ao Meio Ambiente. A área de Comunicação teve oito trabalhos nos quais os temas versaram, principalmente, sobre a divulgação do IFRS para a comunidade. Estudantes falaram com propriedade de seus projetos e resultados obtidos. A bolsista Kayane da Silva dos Santos está no último ano do curso técnico integrado em Química, do Campus Feliz, e apresentou “O IFRS Campus Feliz é teu”, projeto que visa divulgar o processo seletivo discente.
Orgulhosa, conta que utiliza o próprio exemplo para incentivar outras pessoas a conhecerem o Instituto. “Quando recebemos estudantes ou vamos até as escolas, abordamos todos os aspectos: a pesquisa, o ensino e a educação, pois isso transforma jornadas.” Ela ainda destaca a relevância da instituição na sua vida e na coletividade. “Tive todo esse acesso. Sinto quase uma obrigação moral de continuar na educação, nos estudos e na pesquisa, pois o projeto estimula isso. Percebi que adoro pesquisar, porque sou apaixonada por analisar dados, ver como a educação transforma e a exclusão diminui quando a pessoa se envolve de fato, não apenas estudando, mas vivenciando todas as oportunidades”, analisa.
No Semept, os trabalhos evidenciaram a criatividade e o engajamento em repensar o ensino técnico e superior, com temas ligados a inovações pedagógicas, inclusão, diversidade, sustentabilidade associada ao protagonismo estudantil, entre outros. Em uma das salas de Ciências Exatas e da Terra, Ana Carolina Colling, estudante do terceiro ano do curso técnico integrado em Design, discorreu sobre a atividade de monitoria que desenvolve no Campus Erechim, chamada “Química em foco: monitoria, aprendizagem e investigação experimental”. Ela conta que a ideia sempre foi atrair mais alunos para as monitorias. “São momentos nos quais eles podem falar o que sentem, trazerem dúvidas, questionamentos, e isso ocorre na forma de uma abordagem colaborativa, para que os dois lados possam compreender melhor os conteúdos e também evoluir como discentes”.
Versátil, Ana participou também do Sict com o trabalho “Entre Ciência, Foguetes e Estrelas: despertando novas trajetórias pela Astronomia, Astrofísica e Astronáutica” e do Concurso Literário, no qual ficou em primeiro lugar com a crônica “A Tintura da Incerteza”. Sobre a experiência no Salão, é direta: “Eu acho muito extraordinária, porque a gente pode descobrir novos projetos, inclusive na primeira sessão que eu participei (Sict), só uma pesquisa não era sobre Meninas na Ciência, então isso foi bem importante para sabermos que tem mais pessoas trabalhando nas mesmas coisas que a gente, e assim compartilhar ideias”.
Segundo ano de pôsteres
Pelo segundo ano no Salão, as Sessão de Pôsteres reuniram projetos de ensino, pesquisa e extensão em um mesmo espaço e permitiram a divulgação e a troca de experiências entre os participantes. Os bolsistas dos projetos dialogaram com o público e com os avaliadores, compartilhando resultados e esclarecendo dúvidas, uma experiência que desenvolve habilidades e enriquece a formação.
É o caso da estudante Natiele Dos Santos Santos, aluna do terceiro ano do curso técnico em Áudio e Vídeo integrado ao ensino médio do Campus Alvorada. Ela apresentou em pôster o projeto “Movimenta Alvorada: onde a quadra vira espaço da comunidade”, que oferece atividades esportivas para moradores do município. Esse foi seu segundo ano no Salão e ela se percebeu mais tranquila e segura . “Neste ano, minha experiência está sendo muito boa. No ano passado foi a primeira vez e eu fiquei muito nervosa, travou total na hora da apresentação. Neste ano estou mais calma.”
Nesta edição do evento, foram mais de cem trabalhos apresentados em forma de pôsteres, em duas sessões realizadas nesta quarta-feira.
Sobre o Salão
O Salão é organizado pelas pró-reitorias de Extensão (Proex), de Ensino (Proen) e de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi), com o apoio dos comitês de cada área.
Confira mais informações no site salao.ifrs.edu.br e acompanhe também fotos e vídeos nas redes sociais @ifrsoficial.
Nos próximos dias será divulgado um álbum com fotos do evento. Siga acompanhando o site do IFRS e do Salão.
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