Início do conteúdo

Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas


No dia 07 de fevereiro comemora-se o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, estabelecido pela Lei nº 11.696 de 2008. A data propõe uma reflexão sobre a realidade dos povos nativos, como a luta pelo direito à terra e contra a destruição da natureza, por questões de saúde e educação e pela validação dos conhecimentos culturais e tradicionais.

O IFRS busca apoiar esta luta a partir de suas políticas institucionais, sobretudo a Política de Ingresso Especial e Permanência do Estudante Indígena, que procura assegurar o direito à educação e fomentar a interculturalidade como prática pedagógica. A instituição atende a política de reserva de vagas para estudantes indígenas em seus processos seletivos discentes, conforme a Lei de Cotas (12.711/12), e realiza também um processo de ingresso especial para estudantes indígenas, com duas vagas extras em cada curso.

O Processo Seletivo especial este ano está chegando à terceira edição e vem contribuindo para aumentar o acesso de estudantes indígenas no IFRS. Antes do primeiro processo, em 2019, a instituição contabilizava seis estudantes indígenas. Atualmente, são 85 alunos pertencentes às etnias Kaingang, Kokama, Anhetenguá-Guarani e Mbyá-Guarani, que fazem cursos técnicos e superiores (sendo uma estudante em curso de pós-graduação) em 12 diferentes campi. Essa política de ação afirmativa permite um olhar diferenciado a esses candidatos, que, devido a diferenças culturais, escolarização e isolamento geográfico de suas comunidades, tendem a concorrer em desvantagem.

O IFRS conta ainda com a Assessoria de Relações Étnico-Raciais, que atua para fortalecer e gerenciar ações de promoção à igualdade, à inclusão e à diversidade de raça e etnia.

Saiba mais sobre a data: O 7 de fevereiro foi escolhido em virtude da memória do falecimento de Sepé Tiaraju, líder indígena que comandou os guaranis durante a Guerra Guaranítica, em 1756, travada contra portugueses e espanhóis. O conflito foi decorrente das alterações feitas pelo Tratado de Madri (1750), que impactavam diretamente na vida dos índios, sem que os mesmos tivessem sido consultados a respeito delas. Sepé é conhecido por sua marcante frase defensora dos direitos indígenas “Esta terra tem dono”.

 

Na imagem deste texto está o aluno do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Campus Viamão do IFRS Cláudio Gimenes da Silva, cacique da Terra Indígena do Cantagalo (Viamão). O estudante, que concluiu o curso Técnico em Cooperativismo do Campus Viamão do IFRS em dezembro de 2018, foi o primeiro aluno indígena do campus a receber um certificado e também o primeiro indígena matriculado em um curso de graduação na unidade. Foto de Alessandra Nevado – Comunicação do Campus Viamão.

Fim do conteúdo