Início do conteúdo

Mulheres na Ciência: as conquistas de duas estudantes


Durante o ano de 2018, que marca a primeira década da fundação da Rede Federal, o Campus Vacaria teve diversos êxitos a comemorar: iniciaram-se duas pós-graduações em nível de especialização; os estudantes conquistaram diversas medalhas, menções honrosas e troféus; ampliou-se o trabalho junto à comunidade em projetos e eventos. É por ações deste tipo que a instituição ganha cada vez mais reconhecimento em Vacaria e região.

Para os estudantes, cada conquista tem um significado especial e marcante em sua trajetória. É o caso das alunas do curso de Agronomia (convênio IFRS/UERGS), Ana Vitória Peper do Nascimento e Luane Vieira Figueiredo, que foram destaques no 3º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS. O evento teve o tema “Mulheres na Ciência” como destaque central. Na entrevista que segue, elas contam um pouco da relevância que isso teve para a trajetória acadêmica de cada uma.

 

Ana Vitória Peper do Nascimento, destaque no 5º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (SEMEPT)

 

 

Qual é o seu tema de pesquisa?

Ana: Organização de uma coleção didática de plantas e insetos.

Como começou a pesquisa? Como você se interessou por ela?

Ana: Quando eu entrei na Agronomia, eu saiba que a gente ia ter essa matéria, então eu pensei, vou buscar aprender pra ver lá na frente o que eu posso agregar junto. O professor me convidou para a bolsa, e eu acabei me interessando, mesmo, com o desenvolver do projeto.

Como foi o desenvolvimento do projeto?

Ana: Primeiramente, por ser um projeto de ensino, buscou a integração entre todos os cursos, com a ida a campo para a coleta de insetos, depois elas vinham para o laboratório e eu fazia todo o processo de armazenamento, secagem e a confecção da coleção em si.

O que significou para você o reconhecimento do trabalho?

Ana: Isso é uma coisa que a gente nem imagina, mesmo. A gente chegou lá, tinham mais ou menos uns 800 alunos e ainda ser reconhecida! O trabalho realmente valeu à pena! A gente se surpreende.

O que o Salão agrega além do conhecimento?

Ana: Pra mim agregou a vivência com os próprios estudantes do Campus. As pessoas às vezes se conhecem no corredor e lá a gente teve um maior apego, conversamos mais, trocamos mais ideias.

 

Luane Vieira Figueiredo, destaque na área de Meio Ambiente do 6º Seminário de Extensão do IFRS (SEMEX)

 

Qual é o seu tema de pesquisa?

Luane: O tema da pesquisa é Meio Ambiente, o projeto é intitulado como Alternativas para a restauração da vegetação nativa em áreas degradadas de agricultores familiares da Região dos Campos de Cima da Serra.

Como começou a pesquisa? Como você se interessou por ela?

Luane: Desde que comecei a graduação sempre fiquei na espera de algum trabalho de pesquisa que realmente me chamasse a atenção, quando recebi o e-mail com a proposta do projeto, logo me inscrevi. Ao ler mais sobre o projeto fiquei encantada com o tema, pois se tratava de algo muito importante para nossa região como também para todo o Brasil. Trabalhar com reflorestamento e novas possibilidades de reflorestar, se torna algo muito válido, pois a área ambiental no futuro será muito reconhecida e procurada. Acredito que cabe a nos futuros agrônomos ter essa visão de alerta, para que se possa ajudar os produtores em seus sistemas de produção de forma parceira com o meio ambiente.

Como foi o desenvolvimento do projeto?

Luane: O projeto foi desenvolvido em 4 produtores do nosso município, utilizando-se duas técnicas nucleadoras propostas por Ademir Reis, plantio de ilhas de alta diversidade e transposição de chuvas de sementes. Essas técnicas têm como objetivo promover sucessão, ampliando o fluxo de energia e aumentando a biodiversidade do local a ser restaurado. São técnicas econômicas e de fácil implantação, por conta disso visamos auxiliar os agricultores na preservação ambiental e restauração de áreas degradadas.

O que significou para você o reconhecimento do trabalho?

Luane: Por ser a primeira vez em que participo de um projeto de extensão fiquei muito feliz, motivada e com o sentimento de estar no caminho certo, pois a intenção era mostrar aos demais alunos e professores do IFRS a importância da preservação do Meio Ambiente e que existem diferentes formas de ajudar os agricultores na preservação e restauração de áreas degradadas. Para muitos pode parecer pouco, mas para um aluno universitário receber destaque em sua primeira participação, não tem preço. Quero aproveitar este momento para agradecer o meu orientador professor Vanderlei N. Koefender, o IFRS Campus Vacaria, os produtores e a todos que de alguma forma contribuíram para que o nosso trabalho fosse reconhecido.

O que o Salão agrega além do conhecimento?

Luane: Além do conhecimento e da troca de saberes entre trabalhos que estão sendo desenvolvidos, a participação no salão é uma oportunidade para integração com outros campi do IFRS, contribuindo com a socialização e fortalecimento nos âmbitos da pesquisa, da extensão e do ensino, entre alunos, professores e servidores.

Fim do conteúdo