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Estudantes potencializam discussões e propõem soluções para desafios regionais e globais em simulação da ONU na UFRGS
Diferentes instituições de ensino do estado reunidas para debater temas contemporâneos, históricos, nacionais ou globais e doze jovens protagonistas do ensino médio, com repertório amplo subsidiado pelos estudos desenvolvidos, sobretudo, através do projeto de ensino “IFMUNdi: Promovendo debates, produzindo conhecimento“. Assim se resumi a participação da delegação do Campus Osório na 14ª edição do UFRGSMUNDI, nos dias 18 e 19 de outubro de 2025.
O evento simula reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) e do legislativo brasileiro, tal qual o projeto promovido anualmente no campus, desde 2017, coordenado pela professora Roberta dos Reis Neuhold, de sociologia, com o apoio do docente André Fernandes de Caldas, de geografia.
Os participantes do campus, estudantes dos cursos técnicos de Administração e Informática, ficaram distribuídos em diferentes comitês representando Estados membros da ONU, integrantes de partidos políticos brasileiros e jornalistas.
A professora Roberta Neuhold explica que as simulações configuram espaços formativos potentes, nos quais os estudantes exercitam o debate público, a escuta e a construção coletiva de alternativas para desafios regionais e globais. “Nesse processo, aprendem também a lidar com críticas, a argumentar e contra-argumentar democraticamente com base em evidências, desenvolvendo autonomia intelectual e protagonismo político, aliados a uma postura solidária, cooperativa e alinhada com os direitos humanos“.
Ela ressalta a presença de três egressas do campus na equipe do UFRGSMUNDI, hoje estudantes da universidade dos cursos de Relações Internacionais, de Economia e no mestrado em Ciência Política – o que “evidencia a continuidade dessas formações críticas para além do ensino médio“, completa.
Algumas participações:
As estudantes Maria Eduarda Batistel da Silva Borba (202 INFO) e Ana Clara Ferreira Berneira (102 INFO) debateram o tema “Degradação Ambiental: o caso do Ártico” na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Anuma). Maria Eduarda, que atuou como mediadora, relata que “mesmo representando um país com pouco lugar de fala, auxiliou as demais delegações a manterem o foco na causa central das discussões: o meio ambiente em crise”. Já Ana Clara, representante da Índia, avalia: “É uma experiência transformadora que muda nossa forma de pensar e nos faz compreender outras visões de mundo. A Índia, mesmo não sendo um país ártico, esteve presente em muitos momentos do debate, mostrando que é possível se destacar mesmo em um ambiente que não lhe é favorável, com esforço e ambição”.
No comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Arthur Rorato Andreatta (102 ADM) representou a Malásia para discutir a educação feminina nos países islâmicos. Ele diz que “foi uma experiência única apoiar as ideias centrais até ir contra os ideais de sete países, aprendendo a formular e adaptar posicionamentos de acordo com o que o país precisava. Simplesmente fantástico”.
Na Organização Mundial da Saúde (OMS) como Rússia, Lívia Santiago de Souza (201 ADM) participou da sua segunda simulação. “Mais uma vez, pude representar uma delegação permanente. É muito gratificante, como aluna, ter acesso experiências que nunca imaginei poder ter e que espero que se repitam muitas vezes”.
Ana Cláudia Trombetta (102 ADM) e Elisa Boeira da Silva (202 INFO) representaram a imprensa internacional como jornalistas do jornal argentino O Clarín. As estudantes acompanharam os debates sobre o “Combate à Insegurança Energética na América Latina e Caribe”. Para Ana Cláudia, “a experiência de fazer parte da imprensa foi inesquecível, pois além de trazer um conhecimento único, possibilitou conhecer pessoas incríveis e um pouco da UFRGS”. Elisa complementa: “Foi uma ótima oportunidade de conhecer a profissão. Além de registrar os acontecimentos do debate, pude vivenciar toda a dedicação dos participantes e da comissão com o evento”.
