Premiação
Dez trabalhos do campus são destaques do 10º Salão do IFRS: conheça cada um deles
Foram divulgados, em 1º de dezembro de 2025, os trabalhos destaques do 10º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e o Campus Osório figura na lista com quatro projetos de extensão, três de pesquisa, dois de ensino e um de pós-graduação.
O Salão é o maior evento do IFRS e reuniu cerca de 1.300 pessoas, entre estudantes e servidores, nos dias 18 e 19 de novembro, no Campus Bento Gonçalves. Compõe o Salão o 13º Seminário de Extensão (SEMEX), 14º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT), 12º Seminário de Educação Profissional e Tecnológica (SEMEPT) e 10º Seminário de Pós-Graduação (SPG). Os estudantes autores receberão certificado de destaque.
> Conheça os trabalhos em destaque do Campus Osório:
- “Turismo e desenvolvimento regional: caminhos rurais, vales e águas“
O projeto, vinculado à Incubadora de Redes, Empreendimentos Solidários e Inovações no Serviço Público, tem como foco principal o assessoramento técnico a empreendedores do turismo rural de base comunitária do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, além da promoção do desenvolvimento regional.
O turismo rural da região apresenta uma ampla variedade de experiências autênticas, contribuindo para a preservação do patrimônio cultural e natural, o desenvolvimento sustentável e para a permanência das populações locais em seus territórios.
Como resultados, desenvolveu-se oficinas de comunicação digital, assessorias na área de comunicação institucional, realizou-se o Planejamento estratégico da Associação Osório Rural, entre outras ações.
A equipe de trabalho do projeto é composta pelos professores Márcio Pozzer (Gestão Pública) e Adriana Pancotto (Administração), o tecnólogo em processos gerenciais Allan Alves de Souza, e os estudantes Erick Zanini, Rafael Teixeira e Ana Cláudia Trombetta, todos do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio.
- “Incubadora de redes do IFRS Campus Osório e a tríplice hélice como vetor de transformação social“
A Incubadora de Redes, Empreendimentos Solidários e Inovações no Serviço Público do IFRS – Campus Osório tem como objetivo estratégico atuar como vetor de desenvolvimento regional, promovendo a articulação entre poder público, arranjos produtivos, sociais e culturais locais e o Instituto Federal, a partir da lógica tríplice hélice.
Suas ações estão fundamentadas em metodologias de pré-incubação e incubação de iniciativas dos setores público e privado, com ênfase em ações alinhadas à economia solidária, promovendo inclusão, sustentabilidade e participação social, além de assessorias e consultorias à organizações do Litoral Norte.
Em 2025, a Incubadora desenvolveu, entre outras iniciativas, o planejamento estratégico do Conselho Municipal de Turismo de Osório, atividades de incubação com a Associação Osório Rural, assessoria à implementação da política Cidade das Crianças pela Prefeitura de Osório e assessoria à ONG Cata Vento.
Integraram a Incubadora, os professores Márcio R. O. Pozzer (Gestão Pública), Adriana Pancotto (Administração), José Maurício Silvestre (Economia), Roberta Neuhold (Sociologia), João Paulo Agostini (Administração), Carlos Socal (Direito), Aline de Bona (Matemática) e Roger Urdangarin (Informática), e o tecnólogo em processos gerenciais. Os estudantes que se envolveram diretamente nas ações desenvolvidas pela Incubadora foram: Rafael Teixeira (EMI-ADM), Erick Zanini (EMI-ADM), Andrei Teixeira (EMI-ADM), Letícia Szczepaniak (EMI-ADM), Ana Cláudia Trombetta (EMI-ADM), Isadora da Silveira (EMI-ADM), Fernando Santiago Becker (EMI-INFO), Lya Petersen (EMI-INFO) e Karen Yasin (Letras).
- “Judô – Equipe IFRS/Osório: formação integral e inclusão por meio da Arte Marcial”
A Equipe de Judô do IFRS – Campus Osório é uma ação educacional que tem como objetivo promover o esporte como instrumento de melhoria da qualidade de vida, de apoio à permanência e ao êxito estudantil, além de contribuir para o desenvolvimento pleno dos participantes. A iniciativa trabalha aspectos físicos, disciplinares, posturais e inclusivos.
São oferecidas quatro aulas semanais, cada uma com duração de 1h30, sendo duas no turno da manhã e duas à tarde. A metodologia inclui exercícios específicos, fundamentos técnicos, prática de luta (randori) e conteúdos teóricos relacionados à Filosofia, História e à convivência em sociedade.
O projeto é aberto à comunidade, de fluxo contínuo, gratuito e destinado a pessoas a partir de 14 anos. é coordenado pelo professor Felipe Parisoto.
No 10º Salão, o trabalho foi apresentado pelo bolsista João Arthur Luvielmo Foques, destacando o papel do judô como ferramenta de inclusão e justiça social na comunidade.
- “O corpo é uma festa: tecendo uma comunidade da cultura do movimento”
O projeto de extensão promoveu, ao longo de 2025, oficinas semanais que integraram crianças, jovens e idosos por meio de práticas corporais diversas. Os encontros estimularam movimento, convivência intergeracional e bem-estar, fortalecendo vínculos afetivos, autoestima, autonomia e a relação consciente com o corpo.
Através da participação em atividades diversificadas da cultura de movimento, os participantes, em torno de 15 pessoas da comunidade interna e externa, relataram melhora perceptível no bem-estar físico e emocional, maior disposição e satisfação após as atividades.
O projeto ampliou a presença da comunidade externa no campus e consolidou um ambiente acolhedor, inclusivo e colaborativo. A apresentação dos resultados em eventos reafirmou o impacto social da iniciativa e sua relevância para a formação humana e para o fortalecimento do vínculo da instituição com a comunidade.
As atividades foram conduzidas pela coordenadora do projeto, professora Mariana Afonso Ost, com apoio da bolsista, Marina Marques Edvalt, TURMA E CURSO, e da estudante voluntária, Antônia dos Santos Braz, TURMA E CURSO. Fizeram parte da equipe executora da ação a assistente social do campus, Camila Vessozi da Silva, e o professor de educação física, Marlon André da Silva.
- “BioIF KIDS: jogando e aprendendo sobre artrópodes“:
A iniciativa tem como objetivo desenvolver a versão kids do jogo “Que bicho é esse?”, criado em uma etapa anterior do projeto, tornando-o mais didático e acessível aos estudantes do ensino fundamental. O intuito do jogo é promover a aprendizagem significativa, gerando engajamento e democratizando conhecimentos sobre os artrópodes e sua conversação, além de contribuir para a formação do pensamento crítico desde os primeiros anos escolares.
O jogo foi aplicado a partir de uma sequência didática em quatro turmas, sendo duas do primeiro ano do ensino médio, uma do sexto e uma do sétimo ano do ensino fundamental. Na prática, os participantes demonstraram muito interesse pela temática e, com isso, foi alcaçado uma aprendizagem significativa sobre a diversidade de artrópodes, sua importância para o ecossistema e a preservação da biodiversidade. O projeto contribuiu para cinco dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.
O próximo passo é distribuir o jogo, juntamente com o original, para as escolas públicas da região. O projeto foi coordenado pela professora Lisiane Zanella, conduzido com as bolsistas Larissa Cardoso de Aguiar, que apresentou o trabalho no Salão, Cecília Ferreira Netto, e o estudante voluntário Henrique Reus Goulart da silva.
- “As dificuldades enfrentadas para a criação de dobraduras plugadas”
O projeto visa trabalhar as ideias do pensamento computacional abordando seus pilares através de dobraduras de papel para aplicar conteúdos matemáticos na sala de aula de maneira lúdica e divertida, fugindo do convencional. Busca também incluir digitalmente os alunos para democratizar o acesso à tecnologia de maneira pedagógica e consciente.
A estudante Roberta Fogaça Saraiva, da 302 Info é a bolsista do projeto, que conta com a co-autora Aline Goppinger, e tem orientação das professoras Aline de Bona e Anelise Kologeski.
- “Matemática, identidades dissidentes e os Institutos Federais: sentidos revelados em uma sequência didática”
O projeto tem o objetivo de estudar e explorar possibilidades de aproximar a educação matemática das questões de gênero e sexualidades e das pessoas LGBTQIAPN+. Com isso, busca-se contribuir para o fortalecimento de estudos e práticas matemáticas que aproximam a educação matemática de questões socioculturais.
Neste ano, os integrantes realizaram estudos teóricos, elaboraram propostas de atividades e realizaram aulas, oficinas e apresentações. O projeto tem como bolsista o licenciando do 8º semestre de matemática, Henrique da Silva de Andrades, coordenação da professora Kathlen Luana de Oliveira e coorientação da professora de matemática, Elisa Daminelli.
- “Tutoria entre turnos: apoio pedagógico e protagonismo estudantil no ensino de matemática“
O projeto constitui uma estratégia pedagógica que busca acolher e apoiar os estudantes ingressantes no Ensino Médio Integrado (EMI), sobretudo no primeiro ano, etapa em que historicamente se concentram os maiores índices de evasão e dificuldades de aprendizagem em matemática. A Tutoria entre Turnos se destaca por criar um espaço acessível, contínuo e colaborativo de acompanhamento pedagógico, fortalecendo a permanência e o êxito escolar.
Objetiva reforçar os processos de ensino e aprendizagem a partir da escuta ativa, do protagonismo estudantil e da valorização das trocas entre pares, oferecendo suporte às demandas
acadêmicas dos estudantes e incentivando práticas de colaboração e autonomia, por meio da organização de tarefas pendentes e esclarecimento de dúvidas, na resolução de atividades e revisão de conteúdos.
As ações são supervisionadas por docente e técnicos vinculados ao projeto, favorecendo um ambiente de aprendizado horizontal, acolhedor e respeitoso. Tem como tutora a estudante Valentina de Castro Stadulne, sob orientação do professor Luiz Fernando da Silva e do coordenador do projeto Antônio Sperandio, assistente de alunos.
- “Tutoria em sala de aula: apoio pedagógico em matemática no ensino médio integrado“
A Tutoria em Sala de Aula, desenvolvida no âmbito do IFHelp Matemática do Campus Osório, constitui uma estratégia de apoio pedagógico voltada aos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio Integrado, etapa historicamente marcada por defasagens de conteúdo e maior demanda por acompanhamento. Ao atuar diretamente no espaço da sala de aula, a ação possibilita suporte imediato às dificuldades, favorecendo um acompanhamento mais próximo, acessível e efetivo.
O tutor acompanha semanalmente o professor de Matemática durante as aulas, auxilia colegas na resolução de exercícios, esclarecimento de dúvidas, retomada de conteúdos básicos e participação nas atividades propostas. Todas as ações são orientadas e supervisionadas pelo docente responsável da disciplina.
A tutoria em sala de aula destaca-se como prática pedagógica eficaz e inovadora, contribuindo para a superação das dificuldades de aprendizagem e fortalecendo a permanência estudantil. Ao promover um ambiente mais acolhedor e colaborativo, a ação enriquece a formação acadêmica e pessoal dos jovens envolvidos, reafirmando o valor do protagonismo estudantil no processo educativo.
Atou como tutor o estudante Murilo Xavier, orientado pelo professor Luiz Fernando da Silva. o Projeto é cooredenado pelo assistente de alunos Antônio Sperandio.
- “Relato de experiência de monitoria em inclusão digital em aulas de inglês em escola estadual”
O trabalho apresenta um relato de experiência de monitoria do projeto de bolsa “Inclusão Digital do IFRS – Campus Osório”, que promoveu apoio e serviço à Escola Estadual General Osório. Esta iniciativa se deu em colaboração com o “Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência” (PIBID) de inglês, que identificou a necessidade de auxílio para o uso de tecnologias em sala de aula.
O autor e monitor da atividade é o estudante da Especialização em Educação Básica e Profissional do campus, Demétrio Ramos Viegas, com coautoria da professora Rafaela Fetzner Drey e coordenação do professor Roger Gonçalves Urdangarin.
O principal objetivo do trabalho foi oferecer aos estudantes a oportunidade de desenvolver habilidades básicas no manuseio de computadores e promover a autonomia no uso de ferramentas digitais (como e-mail institucional, Google Drive e Google Docs).
Os principais resultados foram a melhora significativa na autonomia dos alunos, que passaram a usar os dispositivos com mais confiança, e o fortalecimento da colaboração entre os colegas. O projeto reforça o impacto social de iniciativas que articulam educação e inclusão digital, possibilitando que as escolas sejam espaços de formação integral e de redução das desigualdades sociais.
> Confira mais informações sobre os trabalhos premiados:
>> Para saber mais sobre a décima edição do Salão do IFRS, acesse o site do evento
>>> Confira também o álbum do 10º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS









